28 de agosto de 2014

...E se foi mais um amigo e se foi o Flama!

E são tantos os que já se foram, que entristece profundamente os nossos corações quando mais um entra nessa lista que, naturalmente, cresce, de vez em quando, por mais que não queiramos. É o nascer, crescer e o morrer da vida. Encontrávamos-nos em São Paulo para conhecer mais um neto, precisamente mais uma neta, a Sophia.
Neste momento de alegria, num dia 25 de agosto, recebemos a mensagem do amigo Stefano Wanderley. Uma tristeza foi possível perceber na postagem do amigo: “SOUBE DO DEODATO?” Não diga que... “Foi, morreu”, completou o amigo, não deixando que completássemos o pensamento.
A morte de Deodato, por mais que respeitemos a lei natural da vida, não deixa de ser uma perda enorme para a mídia paraibana, notadamente para os que com ele atuaram. Perdemos não um simples jornalista, um dos mais consagrados e experientes homens de rádio e um homem que brincava deliciosa e encantadoramente com os quadrinhos, com o desenhar fácil, hoje seguido magistralmente pelo seu filho, o Mike Deodato, um paraibano internacionalmente conhecido. Perdemos um professor e um amigo, que nunca se furtou em ensinar o que sabia. Nós fomos um de seus companheiros e sempre alunos, desde o início da nossa trajetória na Rádio Caturité, na querida Campina Grande, em 1965.
Com ele, não temos receio em dizer aprendemos a fazer tudo em rádio, até mesmo radioteatro, nas “Aventuras do FLAMA”, por exemplo, nós, o sempre vilão, o bandidão do seriado e, ele, como produtor o mocinho, muito querido pela garotada, O FLAMA. Para os que não acompanharam esse trabalho foi um seriado apresentado durante muitos anos nas rádios Borborema, Caturité e a Alto Piranhas de Cajazeiras.
Que saudade amigo Deo! Apesar de sempre inimigos no seriado quer como “CICATRIZ OU O MOSTRO DE FERRO”, recebíamos de você um tratamento de filho e uma confiança de quem para o amigo era um profissional em quem poderia confiar. Como era bom ter a sua confiança! Caminhamos tão juntos profissionalmente, que ocupamos os mesmos cargos um do outro, simultaneamente. Assim foi na Rádio Caturité, Rádio e TV Borborema, onde fomos diretores e, também, como presidente da velha e querida Tabajara, a primeira emissora da Paraíba.
Quanta saudade tantos outros amigos queridos deverão estar sentindo neste momento - e que passaram pela experiência de também terem convivido com você. O Ari Rodrigues, Benjamim Blay, que não sei onde se encontra, Walmir Chaves, que hoje reside em Barcelona na Espanha, além de um incontável número de bons profissionais que ainda atuam por este mundo afora.
Mas, temos certeza, que, nesse momento, você querido, deve estar feliz, satisfeito pelo dever cumprido, sendo recepcionado por diversos amigos que já não estão conosco, mas, no aguardo dos que futuramente, pelos desígnios de DEUS também seguirão este caminho.  

Para quem nos ensinou a fazer as novelas tão escutadas nos tempos bons do  RÁDIO de outrora, resta-nos dar continuidade aos seus ensinamentos e, se não fazendo o radioteatro que agora inexiste nas emissoras, mostrarmos aos novos radialistas a importância e força que esse veículo ainda tem neste palco imenso da vida. “E se foi mais um amigo e se foi o Flama!”

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