26 de dezembro de 2014

Querem mesmo acabar com o jornalismo impresso?



Ao que parece querem mesmo acabar com o jornalismo impresso. A cada dia, sem explicações plausíveis, fecham jornais nesse país, e, a explicação é de que que os mesmo estão dando prejuízo. Quando não encerram definitivamente as suas atividades, como ocorreu aqui na Paraíba, quando de uma só vez pararam as máquinas do Diário da Borborema, em Campina Grande, e, aqui em João Pessoa do centenário jornal O Norte, começo a ficar preocupado com os meus amigos de batente jornalístico.

Preocupado sim, pois nos chegam a informações de Brasília, a nossa capital federal, onde se sabe que o dinheiro corre mais facilmente do que aqui. Leiam a notícia abaixo e vejam que a minha preocupação faz sentido.    

Correio Braziliense demite cinco profissionais na redação e deve fazer novas demissões


A cúpula do jornal “Correio Braziliense” fez uma série de demissões, mas não apenas na redação. Nesta foram afastados o subeditor de Opinião, Adriano Lafetá; o correspondente em São Paulo, Felipe Sefrin; o editor de Suplementos, Renato Ferraz (trabalhou 22 anos no jornal); o fotógrafo Gilberto Alves e a diagramadora Suely Carvalho. Comenta-se, na redação, que novas demissões devem ser feitas nos primeiros meses de 2015. Entre cinco e dez profissionais devem ser afastados, pois o jornal planeja trabalhar com uma equipe mais compacta e, ao mesmo tempo, “mais produtiva”. Os setores comercial, administrativo e transporte tiveram o maior número de demitidos. Porém, como nas áreas os salários são apontados como mais baixos, possivelmente não ocorrerão novos afastamentos.
Os dirigentes da empresa sugerem, segundo o Portal dos Jornalistas, que os cortes não foram suficientes. O “programa” de demissões, apelidado na redação de “Mãos de Tesoura”, vai continuar. “O corte total de despesas deve ter chegado a 15%, ajuste que, segundo fonte da empresa, ainda não coloca as despesas do jornal no limite necessário para a operação, devido à queda de faturamento”, diz o portal.
Jornalistas dizem, contrapondo à tese da empresa, que, se as retiradas de alguns dirigentes fossem cortadas em pelo menos 10%, não seria preciso fazer nenhum ajuste mais radical. Alguns dirigentes, segundo profissionais da empresa, “retiram” mais de 100 mil reais por mês.

Diante desse quadro, onde um dos mais famosos jornais deste país começa a demitir, é para se deixar as barbas de molho. Preocupo-me, pois o número de desempregados na mídia brasileira é enorme. São muito companheiros, que após anos de atuação na imprensa, principalmente os que se prenderam apenas às sala de redação, não buscando outras alternativas de vida, estão enfrentando momentos difíceis. Isto deve servir de alerta para os que estão ainda no batente, pois a coisa está mais para urubu do que para colibri.
Uma coisa afirmo sem medo de errar: os problemas econômicos existem, mas, principalmente em nosso país, a incompetência administrativa e de planejamento, são os aspectos mais claros nos gestores, também da iniciativa privada. 
Não venham afirmar que a Internet,através dos blogs e sites (ou sítios como queiram), é responsável por tal situação. Falta mesmo é competência, pois a fatia publicitária nas redes sociais ainda é insignificante ( quem tem site por exemplo sabe disso) não sendo capaz de gerar muitos empregos. Além do mais, o que é preciso é não ficar trabalhando com medo de blogs, sites, etc. Vivemos um momento novo e as mídia tradicionais precisam é fazer melhor jornalismo, com a segmentação de assuntos que interessem verdadeiramente ao povo. Fazer e fazer bem feito, deve ser a preocupação de cada um. E ponto final!!! O jornalismo que se faz nas redes sociais, onde todo mundo é jornalista, é muito ruim. É claro, que não incluo todos, pois os bons mesmo, SÃO JORNALISTAS.

Correio Braziliense demitindo é, na verdade, para deixar todo mundo preocupado.  Querem mesmo acabar com o jornalismo impresso?

      

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