ONG ‘Seguridade, Justiça e Paz’ aponta João Pessoa como a cidade mais
violenta do País
O deputado federal Wilson Folho (PTB) utilizou a tribuna da
Câmara dos Deputados para cobrar providências dos governos federal e
estadual, bem como da Prefeitura Municipal de João Pessoa, no sentido
de desenvolver ações para combater os altos índices de violência
detectados na Paraíba e, em especial, na Capital.
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Deputado Federal Wilson Filho |
O parlamentar
destacou também que atualmente João Pessoa é considerada a cidade mais
violenta do País, segundo dados da ONG ‘Seguridade, Justiça e Paz’, que
tem o reconhecimento na ONU.
“Eu lamento muito a situação em que hoje se encontra a cidade de João
Pessoa. Eu lamento muito a situação da segurança no nosso Estado. Sei
que constitucionalmente a responsabilidade é do Estado, a segurança
fica sob responsabilidade do Estado, mas nós não podemos deixar de
ressaltar que a responsabilidade ética e moral é do prefeito, do
governador e da presidente da República. É necessário haver união de
responsabilidades para que os Estados possam vencer esses problemas”,
destacou o parlamentar.
De acordo com o deputado Wilson Filho, um estudo realizado por uma
organização não governamental mexicana chamada ‘Seguridade, Justiça e
Paz’, reconhecida pela ONU, em 2013, constatou que João Pessoa era a
terceira cidade mais violenta do Brasil. Agora, estudo dessa ONG revelou
que a cidade de João Pessoa é a mais violenta do País.
“Se isso não é um dado oficial do Ministério da Justiça, pelo menos
reconhecemos que é um dado preocupante demais. É um dado impactante
para uma cidade que já foi tida como a mais tranquila do Brasil, a
cidade mais linda do Brasil, uma cidade belíssima, que agora fica
prejudicada principalmente com as imagens negativas da Capital da
Paraíba vindo à tona. E a atual gestão tem feito muito pouco para
minimizar tudo isso”, afirmou Wilson Filho.
O estudo realizado ONG ‘Seguridade, Justiça e Paz’ mostra que João
Pessoa possui o maior índice de homicídios por habitantes, situando-se
no primeiro lugar do ranking das cidades mais violentas do País. Em uma
escala mundial, a Capital já é considerada a quarta cidade mais
violenta do mundo. Os dados dizem que 620 pessoas foram vítimas de
homicídios dolosos na capital da Paraíba. Ou seja, para cada grupo de
cem mil habitantes, 79 pessoas foram assassinadas.
“Essa é a realidade da nossa Capital. E eu peço que os responsáveis,
junto com a bancada federal paraibana, o prefeito da capital, João
Pessoa, Luciano Cartaxo, e o governador do Estado, Ricardo Coutinho,
possam tomar a responsabilidade para si e trabalhar para resolver o
problema”, disse o deputado.
Seca – Durante pronunciamento, o parlamentar também fez
referência a escassez dos recursos hídricos e cobrou mais investimentos
para combater a seca que prejudica o Estado e afeta diretamente na vida
de todos os paraibanos. Wilson Filho disse que o Nordeste não venceu a
seca ainda. Segundo ele, muita gente pensa que, só porque está chovendo
em alguns pontos da região, a seca passou. “Essa é uma seca verde.
Choveu, mas não fez água. Por exemplo, o açude de Coremas, que já foi o
maior reservatório do Nordeste, está no pior e mais baixo nível de água
sua história. Na Paraíba, um grande número de açudes e reservatórios de
água, talvez a totalidade, está com menos de 15% de nível de água”.
Com base nas constatações sobre os reservatórios de água,
principalmente na Paraíba, o deputado cobrou mais apoio ao Governo
Federal e dos Ministérios. De acordo com o parlamentar, na próxima
semana, a bancada federal paraibana estará reunida com os ministros da
Integração Nacional, da Agricultura e também com a direção da Conab
para apresentar a realidade da falta d’água na Paraíba.
“Vamos trabalhar para vencer esse tema. Vamos trabalhar para diminuir
essas dificuldades, porque os paraibanos, na verdade, todos os
nordestinos também precisam ter dignidade, também precisam ter
respeito. Com apoio do Governo Federal, nós iremos tentar vencer não a
seca, mas as consequências da seca. Afinal, não é porque a região está
em seca que obrigatoriamente a população tem que passar por falta de
água, falta de comida e pelas dificuldades atuais”, afirmou o deputado
paraibano.
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