A bancada de
oposição na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) se solidarizou com os
profissionais da educação da capital, que estão em greve por tempo
indeterminado desde o dia 16 de março.O vereador Raoni Mendes (PDT), líder da
bancada, esteve presente em reunião da categoria nesta segunda-feira (23), na
Federação Espírita da Paraíba (FEPB).
Os vereadores Raoni
Mendes e Lucas de Brito (Democratas), que formam a bancada na Casa, se
solidarizaram com os professores das escolas municipais pela falta de
diálogo por parte do Executivo com a categoria, que decidiu durante assembleia
manter a paralisação.
"Nos reunimos
e propomos a solidariedade aos profissionais por causa da intransigência do
prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), de querer impor a categoria a
responsabilidade da greve. Tenho acompanhado de perto a luta desses trabalhadores
e nos disponibilizamos a ajudar para que eles tenham os seus direitos
respeitados por esta gestão", disse Raoni.
Ainda segundo
Raoni, pela manhã, a secretária de Educação do Município, Edilma Ferreira da
Costa, pressionou os diretores para abrirem as escolas juntamente com os
prestadores de serviços e os novos concursados, sob a ameaça do fato de a
maioria está em estágio probatório.
O parlamentar
criticou também a postura do prefeito, que surpreendeu os professores com uma
ação declaratória de ilegalidade do movimento junto ao Tribunal de Justiça da
Paraíba (TJPB). A Prefeitura pediu, liminarmente, a suspensão da greve e no
mérito, a ilegalidade da paralisação, com consequente retorno dos profissionais
à atividade, sob pena de imputação de multa diária de 50 mil reais ao Sindicato
dos Trabalhadores em Educação de João Pessoa (Sintem) e 2 mil reais aos seus
diretores, anotação de faltas e desconto nos salários.
Sobre a greve - Em reunião
com os grevistas, o prefeito Luciano Cartaxo ofereceu uma proposta de aumento
de 3%, considerada por eles abaixo do esperado, pois reivindicam um reajuste de
16%. Diferente de outros municípios paraibanos, com
menor população, onde as prefeituras concederam reajuste de 13,01%, repassando
o aumento proposto pelo Ministério da Educação - MEC.
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