O deputado estadual,
Dinaldinho Wanderley (PSDB), defende que a Frente Parlamentar da Água,
criada pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), colabore com a
elaboração de um plano concreto de convivência com a seca, ouvindo
especialistas e a população. “Temos que levar a nossa colaboração e o
Executivo precisa trabalhar com planejamento e se antecipar aos efeitos
da seca. Possuímos mecanismos para detectar com muita antecedência
quando teremos os períodos de estiagem. Por que não nos antecipamos ao
invés de correr atrás do prejuízo?”, questionou.
O parlamentar Dinaldinho Wanderley, que é sertanejo, integra a Frente
Parlamentar da Água. Ela é composta pelos seguintes deputados: Jeová
Campos (PT), José Aldemir (PEN), Janduhy Carneiro (PTN), Ricardo Barbosa
(PSB), Buba Germano (PSB) e Anísio Maia (PT). “Cabe a nós discutir a
temática e apontar soluções para esse problema que interfere tanto na
vida do nosso povo”, disse.
Em sua fala, o parlamentar destacou que foi preciso uma pequena seca no
Sudeste para que se visse que o Sertão tem seca todos os anos. Ele
falou ainda sobre o açude de Coremas que abastece boa parte dos
municípios sertanejos e já está próximo de chegar ao seu volume morte.
“Precisamos de um plano de gerenciamento de recursos hídricos”, afirmou
o parlamentar, acrescentando que está muito feliz em integrar a Frente
Parlamentar da Água.
Dinaldinho lembrou que a ALPB vem desenvolvendo um árduo trabalho para
chamar atenção para a problemática da seca, paralização das obras da
transposição e economia da água. “Na legislatura passada os deputados
apresentaram uma emenda coletiva para ações de convivência com a seca,
mas vimos pouca coisa sendo posta em prática. Esperamos mais
sensibilidade do Executivo para o sofrimento da nossa gente”, falou o parlamentar.
O Nordeste brasileiro, segundo apontou o deputado, é vítima de
constantes secas. Por causa da seca do ano passado, reservatórios de
água ficaram com o nível bem abaixo do normal (cerca de 90% menos água)
e alguns até mesmo chegaram a secar. A agricultura saiu prejudicada e
rebanhos inteiros foram dizimados. A seca, principalmente no nordeste
brasileiro vem castigando a população por muito tempo, tudo isso devido
ser uma região onde as chuvas não são frequentes.
“Precisamos ouvir os especialistas, mas sabemos que para minimizar os
efeitos e possibilita a convivência com a seca precisamos de ações
prioritárias, que são: Construções de cisternas, açudes e barragens;
Investimentos em infraestrutura na região; Distribuição de água através
de carros-pipa em épocas de estiagem (situações de emergência);
Implantação de um sistema de desenvolvimento sustentável na região,
para que as pessoas não necessitem sempre de ações assistencialistas do
governo; e Incentivo público à agricultura adaptada ao clima e solo da
região”
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