23 de julho de 2013

Essa minha turma de radiojornalismo

Confesso que ensinar foi a melhor coisa que eu encontrei na vida em termos de trabalho. Nem mesmo o rádio, a televisão e o jornal - o jornalismo como um todo - me empolgam tanto com estar em sala de aula, poder, não digo ensinar (quem sou eu), um pouco do que aprendi nos meus quase 50 anos de atuação nos meios de comunicação.
Como disse, conforta-me estar semanalmente, duas vezes por semana, na sala de aula ou nos laboratórios do Curso de Comunicação com os meus meninos e meninas que buscam aprender as técnicas jornalísticas.
Recentemente, numa das  aulas práticas vi a vontade deles em aprender a fazer rádio. Como é lindo observar não apenas o empenho no fazer, no produzir, mas, principalmente, no aprender todas as técnicas que fazem desse veículo rádio um meio de comunicação extraordinário.
É gostoso descobrir as aptidões de cada futuro homem ou mulher de comunicação. É aquele (a) que se revela excelente redator, outro com um jeito enorme para pautar notícias, conhecer e descobrir quais as fontes, outros com ideias sobre produção, outros, ainda, apaixonados pelo microfone e, outros mais, surpreendendo com uma bonita voz, ou quando não empolgando pelo falar e improvisar com facilidade.
São aspectos que nos deixam felizes e certos de que, essa juventude, tem muito a oferecer no amanhã do jornalismo, contrariando alguns colegas de que esses meninos precisam se dedicar mais aos estudos. Aceitamos em parte as críticas que possam ser feitas à juventude de hoje, mas, não podemos deixar  de entender, que eles vivem um mundo diferente do nosso, onde as facilidades de comunicação, onde os avanços da tecnologia lhes oferecem perspectivas bem estranhas ao nosso tempo, tanto que nós, os mais velhos, fomos obrigados a mudar os nossos comportamentos, as nossas atitudes, as nossas compreensões para somente assim poder acompanhá-los. Aqueles que não agiram assim estão fora do tempo. Precisamos acompanhar esses meninos e meninas, pois eles vivem um momento diferenciado. Precisamos, sim, unir as nossas experiências às facilidades e novas ideias que norteiam essas novas cabeças. 
O mundo mudou e, nós, não podemos parar. Precisamos seguir e acompanhar as mudanças. Necessitamos entender melhor os jovens de hoje, para também sermos entendidos. O que estou vendo na minha jovem turma de rádio me deixa feliz e convicto de que, apesar das dificuldades e carências do ensino universitário, essa juventude merece receber o melhor daquilo que aprendemos e, além do mais, o nosso carinho e compreensão, pois somente assim estaremos lhes proporcionando um futuro melhor, para um mundo melhor.
À essa minha turma de radiojornalismo, que tem sido partícipe desses meus momentos alegres que a sala de aula me proporciona, os meus parabéns pelo que estão me presenteando em termos de retorno por tudo aquilo que aprendi e que faço com muito amor no meu querido curso de comunicação.   


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