Como ocorre todos os finais de ano, desde que assumiu a presidência da
república, a presidenta Dilma Roussef anunciou o aumento do salário mínimo. A partir
de 1º de janeiro, com um percentual 6,78% sobre o atual valor que é de R$ 678,
ele passará para R$ 724, um fabuloso aumento de R$ 46,00.
Nada melhor começar um ano eleitoral com um aumentinho para os
brasileiros que ganham menos, pois que isso dá voto, não tenham a menor dúvida.
Não sou contra o aumento do mínimo, que, como já afirmei neste espaço,
acho uma merreca, um salário de fome, um salário que envergonha um país que
deseja estar entre os mais importantes do mundo. E não está mesmo! Sou daqueles
que entendem que o nosso mínimo deveria ser pelo menos três vezes maior, pois
como entender que um cidadão possa pagar aluguel de casa, fazer feira durante
um mês, pagar luz, água e o colégio das crianças com um salário tão baixo.
Sinceramente, não dá, e, eu queria ver um desses grandões do governo, ou
mesmo a Dona Dilma, fazer um teste durante pelo menos um mês e tentar viver com
um salário tão miserável como esse. Somente na cabeça dessas “inteligências”
que vêm governando o país, e, faz tempo, cabe tão frágil entendimento.
O pior de tudo não é esse aumento insignificante. Pior mesmo é a
situação em que, a cada aumento que é dado para quem ganha o mínimo, ficam
aqueles que se aposentaram com mais de um salário. Muitos, que se aposentaram
com dez mínimos não percebem nem mais a metade, pois os percentuais para eles sempre
foram inferiores, parecendo que o governo deseja mesmo é deixar, num futuro
próximo, um salário único para todos os brasileiros.
É uma vergonha e um desrespeito para com aqueles que contribuíram mais com
o objetivo de ter um salário justo na pior fase de suas vidas que é a velhice,
que chega acompanhada, geralmente, de sérios problemas de saúde. Esta é uma
vergonha que vem castigando os aposentados do nosso país, ano a ano, sem que
apareça um representante do povo que tome uma medida para corrigir esse
descalabro.
Os nossos legisladores, na câmara e senado não fazem nada. São incapazes
de derrubar um famigerado FATOR PREVIDENCIÁRIO, que foi implantado e, até agora,
somente fez empobrecer os aposentados, desde sua aprovação. Até o senador Paulo
Paim, que se apresentava com um “PAIM” (pai) dos aposentados já não defende tão
enfaticamente como antes. Um silêncio tumular tomou conta dessas duas casas
legislativas, cujos representantes foram eleitos para defender o povo, mas,
infelizmente, são incapazes de enfrentar o governo.
Salário mínimo: a mesma conversa de todo final de ano. Quem ganha o mínimo continua vivendo miseravelmente e quem percebe mais
de um salário vai ficando cada vez mais pobre. Precisamos, nós, o povo, mudar é
preciso. Sabe como? Através do voto.
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