27 de dezembro de 2013

Salário mínimo: a mesma conversa de todo final de ano

Como ocorre todos os finais de ano, desde que assumiu a presidência da república, a presidenta Dilma Roussef  anunciou o aumento do salário mínimo. A partir de 1º de janeiro, com um percentual 6,78% sobre o atual valor que é de R$ 678, ele passará para R$ 724, um fabuloso aumento de R$ 46,00.
Nada melhor começar um ano eleitoral com um aumentinho para os brasileiros que ganham menos, pois que isso dá voto, não tenham a menor dúvida.
Não sou contra o aumento do mínimo, que, como já afirmei neste espaço, acho uma merreca, um salário de fome, um salário que envergonha um país que deseja estar entre os mais importantes do mundo. E não está mesmo! Sou daqueles que entendem que o nosso mínimo deveria ser pelo menos três vezes maior, pois como entender que um cidadão possa pagar aluguel de casa, fazer feira durante um mês, pagar luz, água e o colégio das crianças com um salário tão baixo.
Sinceramente, não dá, e, eu queria ver um desses grandões do governo, ou mesmo a Dona Dilma, fazer um teste durante pelo menos um mês e tentar viver com um salário tão miserável como esse. Somente na cabeça dessas “inteligências” que vêm governando o país, e, faz tempo, cabe tão frágil entendimento.
O pior de tudo não é esse aumento insignificante. Pior mesmo é a situação em que, a cada aumento que é dado para quem ganha o mínimo, ficam aqueles que se aposentaram com mais de um salário. Muitos, que se aposentaram com dez mínimos não percebem nem mais a metade, pois os percentuais para eles sempre foram inferiores, parecendo que o governo deseja mesmo é deixar, num futuro próximo, um salário único para todos os brasileiros.
É uma vergonha e um desrespeito para com aqueles que contribuíram mais com o objetivo de ter um salário justo na pior fase de suas vidas que é a velhice, que chega acompanhada, geralmente, de sérios problemas de saúde. Esta é uma vergonha que vem castigando os aposentados do nosso país, ano a ano, sem que apareça um representante do povo que tome uma medida para corrigir esse descalabro.        
Os nossos legisladores, na câmara e senado não fazem nada. São incapazes de derrubar um famigerado FATOR PREVIDENCIÁRIO, que foi implantado e, até agora, somente fez empobrecer os aposentados, desde sua aprovação. Até o senador Paulo Paim, que se apresentava com um “PAIM” (pai) dos aposentados já não defende tão enfaticamente como antes. Um silêncio tumular tomou conta dessas duas casas legislativas, cujos representantes foram eleitos para defender o povo, mas, infelizmente, são incapazes de enfrentar o governo.
Salário mínimo: a mesma conversa de  todo final de ano. Quem ganha o mínimo continua vivendo miseravelmente e quem percebe mais de um salário vai ficando cada vez mais pobre. Precisamos, nós, o povo, mudar é preciso. Sabe como? Através do voto.



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