31 de janeiro de 2018

Severino Quirino: grande nome da comunicação paraibana






Conheci Severino Quirino no rádio, com quem convivi durante muitos anos, mesmo antes de ter assinado contrato com os Diários Associados, no início dos anos 70. Desde os meus primeiros passos na imprensa campinense, já na Rádio Caturité, onde comecei em 1965, encontrava sempre o saudoso Quirino, na atividade jornalística no rádio. Ele pela Rádio Borborema, enquanto eu, meninão, começando pela minha sempre querida Rádio Caturité. Participamos de solenidades, as mais diversas, no dia a dia da cidade, como mestres de cerimonias. 
Numa solenidade do Super Mercado Serve Bem, da família Loureiro
- foto do Blog Retalhos Históricos de Campina Grande -

Depois, já Diários Associados, os nossos encontros eram mais frequentes, não apenas na Rádio Borborema, mas, também, nas reuniões semanais do Rotary Clube de Campina Grande, que se reunia na Cabana do Possidônio, Rua 13 de Maio, onde além de integrante do clube de serviços, Quirino comandava cerimoniais as programações, com leituras e atas da entidade. 


Foram períodos com oportunidades importantes para o meu aprendizado na condução de programações solenes, onde sempre o observei a sua atuação nos eventos, e a postura correta de mestre de cerimonias. Certamente, ele foi o meu ídolo nesse metier. Confesso, que aprendi muito com Severino Quirino, a arte de conduzir uma solenidade, a forma correta de formação de uma mesa, sempre com a observância exigida, e vendo a necessidade, e isso, ele me alertava, de obediência da ordem de precedência para execução dessa tarefa, da necessidade e formas de como registrar presenças, etc. Não apenas isso, os conhecimentos do jornalismo radiofônico dele foram fundamentais na formação de inúmeros radialistas campinenses, entre os quais me incluo.

Anos depois, nas aulas de Assessoria de Comunicação, já como professor e jornalista diplomado e pós-graduado, na UEPB, pude transferir o que aprendi com Severino Quirino e, na própria universidade, aos meus alunos. E tive o prazer de citá-lo em sala de aula e lembrar a sua vasta experiência neste segmento da comunicação.

Severino Quirino de Farias, seu nome por inteiro, também viveu um tempo no rádio patoense, precisamente na Rádio Espinharas, a primeira emissora de radiodifusão do Sertão. Após quatro anos fora do ar, na década de 1950 – ela foi inaugurada no dia 1º de agosto de 1950 – a emissora Pioneira da região (relato isso no livro Rádio – História e Radiojornalismo–2015 – Editoa A União), recebeu o apoio dos Diários Associados, através de seu dirigente maior, Assis Chateaubrind Bandeira de Mello. Muito amigo de Drault Ernany, que adquiriu a emissora ao seu primeiro dono, o político Pereira Lira, nomes importantes foram cedidos por Chatô para o retorno da emissora patoense, entre os quais, Severino Quirino.

Joselito Lucena, também passou pela
Rádio Espinharas
Com ele, trabalharam, afora a prata da casa formada por Ramalho Silva, Luiz Pereira (que anos depois trabalharia na Borborema), Fildany Gouveia, Orlando Xavier, Edleuson Franco, Virgílio Trindade, Batista Leitão, entre outros, Joel Carlos e Joselito Lucena, também recrutados em Campina Grande. Foi possível com uma equipe de bons valores, fazer a Espinharas voltar com uma grande equipe, destacando-se no cenário regional.

Severino Quirino, dos cedidos pelos Associados, foi quem mais tempo passou em Patos. Casou com Socorro, colega de trabalho e retornando depois à Campina Grande. Com ela formou uma família bonita, de gente inteligente, entre os quais eu lembro, um dos seus filhos, o Professor-Mestre Maio Spellman Quirino de Farias, com atuação na UniNassau.    
Severino Quirino, diante das câmeras da TV
Borborema, no ano de 1964 
Quirino, um dos mais educados radialistas que eu conheci, brilhou durante muitos anos no rádio campinense. Fez muitas amizades e, por sua simplicidade e coração imenso, conquistou uma cidade inteira. Tinha muitos admiradores. Campina jamais o esquecerá. Viveu Campina Grande intensamente. Era um trezeano de coração, mas um grande desportista. Foi um radialista que participou de importantes momentos da radiodifusão e da vida campinense.
 Passou pelos quadros da TV Borborema nos seus primeiros momentos, como noticiarista. Um bom noticiarista, acrescente-se. Na URNE/UEPB, graduou-se em Direito. Aposentou-se como Procurador do Estado.
Severino Quirino de Farias faleceu no dia 02 de janeiro de 2003. Foi sem dúvidas um dos mais destacados nomes da comunicação paraibana. 

Glossário do Jornalismo

Jargões...Vamos conhecer um pouco dos termos utulizados no dia a dia do jornalismo impresso?

Agência de notícias
Empresa que elabora e fornece matérias jornalísticas, por meios rápidos de transmissão
para seus assinantes. Pode ser de âmbito local, nacional ou internacional. 
Transmite regularmente e de forma ininterrupta a seus associados o noticiário geral ou 
especializado, fornecendo informações “por atacado”. 

Almanaque
Obra de periodicidade geralmente anual, constituída de textos de cunho informativo 
recreativo.
Também pode ser uma edição especial de uma revista, publicada esporadicamente 
ou com periodicidade anual, em formato maior, com matérias especiais e maior número de 
páginas.

Articulista
Profissional que, periodicamente, escreve artigos assinados para jornais e revistas, onde
opina pessoalmente sobre fatos relevantes. Pode ou não fazer parte do quadro funcional.

Artigo
Texto jornalístico interpretativo e opinativo que desenvolve uma ideia ou comenta um assunto a partir de uma determinada fundamentação.

Assinatura
Nome do autor da matéria.

Barriga
Notícia inverídica publicada na imprensa, geralmente com grande alarde e sem má-fé, na tentativa de furar os concorrentes. Causa grande desgaste e descrédito ao veículo de imprensa e ao repórter. Hoje, quando não é verdadeira...é Fake News.

Boletim
Publicação periódica que se destina à divulgação de atos oficiais e governamentais, de atividades de órgãos privados etc. Difere do jornal e da revista pelo formato (menor), estilo redacional (não necessariamente jornalístico) e produção gráfica (pode até ser xerocado).

Boneco
Esquema de paginação e diagramação. Projeto gráfico de jornal, revista, livro ou qualquer outro trabalho de gráfico. Funciona como um leiaute e orienta o paginador ou diagramador.

Briefing
Instruções e diretrizes transmitidas, de forma resumida, pela chefia (de uma agência de
propaganda, birô, jornal, emissora etc) aos responsáveis pela execução de um trabalho 
(como uma cobertura jornalística).

Capitular
Letra em destaque no início do texto.

Calhau
Notícia, artigo, matéria de menor importância ou anúncio de permuta que, na falta de coisa 
melhor, serve para encher espaços vazios (buracos) por falta de material editorial ou erro 
de cálculo na diagramação.

Cartola

Palavra ou expressão que define o tema da matéria. Geralmente antecede o título. 


Cascata
Redação inconsistente, longa e pobre de conteúdo.

Chamada
Pequeno título e/ou resumo de uma matéria, publicado geralmente na primeira página de 
jornal ou na capa de uma revista, com o objetivo de atrair o leitor e remetê-lo à matéria 
completa nas páginas internas.

Charge
Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma 
caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A 
palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de 
alguém ou de algo para torná-lo burlesco.

Cartoon
Palavra de origem inglesa, difere da Charge, pois retrata situações mais corriqueiras do 
dia-a-dia da sociedade.

Checar
Confirmar uma notícia ou qualquer informação apurada, antes de publicá-la.

Cobertura 
Trabalho de apuração de um fato no local de sua ocorrência para transformá-lo em notícia. 
Pode ser individual ou em equipe.

Colunista

Jornalista ou escritor que redige em jornal ou revista. Conforme o gênero da coluna, ele 
pode ser um cronista, um comentarista, um crítico etc.


Conselho Editorial
Grupo de profissionais ligados a uma editora ou publicação, que se reúnem ou são 
consultados com o objetivo de definir uma linha editorial e acompanhar seu
desenvolvimento. 

Copidesque
Do original copy desk, que designa a mesa onde são colocadas as matérias para revisão.É 
o trabalho de revisão do texto, da redação final para a publicação de um texto escrito.

Por hoje é só. Amanhã, novos nomes e seus significados na linguagem jornalística.





30 de janeiro de 2018

TV BRASIL PARECE MAIS UMA ESTATAL CUBANA

'OPINIÃO'
Nonato Nunes

A abalizada opinião de um dos mais consagrados nomes do jornalismo paraibano 
Jornalista Nonato Nunes
Quem assiste à TV Brasil fica com a impressão de que todo o seu corpo diretivo é cubano ou venezuelano. Por que digo isso? Porque tenho prestado atenção nos filmes exibidos na TV Brasil, e digo, sem medo de errar, que de cada dez, ao menos sete ou oito dessas películas têm conteúdo ideológico de Esquerda. Há alguns dias foram exibidos filmes comemorativos pela passagem dos 100 anos da "Revolução Soviética". 
São filmes que, na sua grande maioria, são produzidos por cubanos, mexicanos, venezuelanos, nicaraguenses, argentinos, uruguaios etc.. A TV Brasil deixa transparecer que existe, sim, um claro projeto de divulgação e disseminação da ideologia comunista na América Latina sob o pretexto de prestigiarem os filmes produzidos do México para baixo. O projeto, na sua essência, tem como pano de fundo a disseminação da ideologia comunista, tendo no cinema sua plataforma de exibição e no espectador o seu objetivo final.

Na madrugada de ontem para hoje assisti ao filme "Princesas Rojas", uma produção costarriquenho-venezuelana. Princesas...é dirigido pela venezuelana Laura Astorga, castrista e comunista. O filme conta a história de uma família de nicaraguenses envolvida em operações clandestinas em favor dos comunistas em plena revolução sandinista (Nicarágua, 1980). E quem sofre com isso? Ora, as duas filhas do casal. A mulher, porém, decide abandonar o movimento, deixa as duas filhas com o pai e foge para Miami (EUA).

No mais é ver o filme (pode ser baixado do You Tube).para tirar suas próprias conclusões.

Um abraço.

29 de janeiro de 2018

Eraldo Silva foi um nome de destaque na radiofonia campinense





Jovem radialista Eraldo Silva
Eraldo Silva começou a sua vida nos meios de comunicação na cidade de Campina Grande, no dia 1º de julho de 1977, precisamente na Rádio Caturité, uma emissora, que tem sido ao longo de sua história, uma grande escola na preparação de bons profissionais. 
Na rádio da Diocese campinense, o amigo Eraldo Silva permaneceu até março de 1984. Mas, foi um afastamento que durou pouco tempo, pois o querido radialista retornou em 1985, após rápida passagem pela então Rádio Sociedade da Paraíba (hoje Rádio Cariri FM). O encerramento do novo contrato com a Caturité, somente ocorreu 1993. Mesmo assim, seu caso de amor com a emissora dos Padre continuou, com Eraldo permanecendo na rádio, por mais dois anos, sem vínculo contratual. Num horário locado, ele participou de um programa jornalístico na companhia de Joãozito Silva, outro bom valor do rádio campinense.     
Eraldo Silva, com formação em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo, pela Universidade Estadual da Paraíba, ainda atuou na Rádio Correio FM, em Campina Grande, juntamente com os experientes profissionais Napoleão de Castro e Marcos Alfredo.   
O querido Eraldo, não esquece os programas por ele comandado na Rádio Caturité de Campina Grande, que já existiam na grade de programação da estação, com audiências enormes, na cidade e região, como, “Caturité Faz Amigos”, programa criado por Evandro Barros, nos anos 60, “Bom dia Campina Grande”, “Convocação Geral” e o mais antigo de todos, “Postal Sonoro”, ainda hoje com uma audiência incrível, principalmente na área rural.
O seu carinho pelos amigos que o ajudaram na profissão é enorme. Ele ressalta o apoio recebido por José Eugênio, Humberto de Campos, Severino Félix, Massilon Gonzaga, Clóvis de Melo, Diógenes Queiroz e o professor José Cursino de Siqueira, a quem faz questão de chamar carinhosamente “meu querido professor Siqueira”.

“Outras pessoas também foram fundamentais na minha carreira, como o saudoso Inácio Jorge, então diretor comercial da rádio, e de operadores como Genival Fernandes, Beto Farias, Marinaldo Morais e Severino Gomes (Sansão)” – afirma Eraldo.
Eraldo Silva, ainda trabalhou como repórter do Jornal da Paraíba, de 1995 a 1998 e de 2001 a 2002. Passou pelo rádio cearense, na cidade Iguatu, nas Rádios Jornal Centro-Sul e Iracema (Rádio Cidade).
Eraldo Silva, hoje, atua na área de comunicação
da saúde, no Rio 
Atualmente reside no Rio, onde chegou em 2003. Foi assessor de imprensa na campanha da juíza Denise Frossard e do então candidato a vereador Juedir Teixeira, professor da Universidade Veiga de Almeida, e representante do Sindilojas, no Rio de Janeiro.

Passou cerca de cinco anos como locutor-apresentador da então Rádio Estação Sat, que não mais existe. Hoje é servidor público, concursado, na área de saúde no município do Rio de Janeiro. É um grande profissional, e, foi durante o tempo o tempo em que atuou na cidade de Campina Grande, principalmente, muito querido pelos amigos, ouvintes e leitores.       

28 de janeiro de 2018

História

Os problemas brasileiros vêm de longe. Ao pesquisarmos podemos nos deparar com os problemas nacionais, que vêm desde as caravelas portuguesas. Desde a chegada de “Santa Maria, Pinta e Nina”, já se pintava o sete e desenhava-se o oito nesta querida terra. Trocado em miúdos, já se roubava, se falava da ausência de escolas para estudar e fazer – um simples curso fundamental - acessível, apenas em alguns centros maiores, Recife, por exemplo. 



Já se brigava pelo PODER. Na metade do século XIX, eram fortes as pressões contra a monarquia, com a palavra renovadora dos republicanos.



No setor educacional, na região Nordeste, para se cursar Direito, recorria-se ao Recife. 
Assim, por exemplo, fez o paraibano Irinêo Joffily, natural de Campina Grande, em 1862, quando matriculou-se na capital do vizinho estado, após estudar interno em Cajazeiras, no colégio do Padre Rolim, Campina e o Estado não ofereciam o curso superior. Pertinho de passar a ser cidade – o que aconteceu em 1864 – Campina contava com pouco mais de 14 mil habitantes, dos quais, três mil eram escravos. Irinêo, foi avô do importante político do nosso Estado, José Joffily, autor de inúmeros livros, dentre eles ‘ENTRE A MONARQUIA E A REPÚBLICA’.
Nesse período, Felizardo Toscano de Brito, na nossa capital, cidade da Parahyba, defendia os conterrâneos negros com campanhas antiescravistas, em 1859, se utilizando dos jornais da época. Em contrapartida, o poder econômico, através da firma Mello & Cia, aliada a outras tantas da capital paraibana, davam continuidade ao nojento comércio de exportação de negros escravos para outras regiões do país, que davam ênfase ao cultivo do Café. Quando da abolição da escravatura, toda a província do Estado da Parahyba do Norte contava com 9.400 escravos.

Ainda no livro, José Joffily, destaca que o seu avô, quando então acadêmico de direito, resolveu mudar de nome, em 7 de março de 1864, para Irinêo Joffily. Na verdade seu nome de batismo era Irinêo Ceciliano Pereira da Costa. Incluiu, pois, o Joffily. Dois anos depois, no ano de sua formatura, ele fundou, no âmbito da Faculdade de Direito, o jornal Acadêmico Parahybano.




Mesmo com a responsabilidade e correia dos estudos, o estudante Irinêo Joffily, não deixou de se posicionar favorável a independência do país, numa luta enorme contra os desmandos da monarquia. No Acadêmico Parahybano, ele, então republicano, manifestou, ainda, a presença da hegemonia portuguesa, apenas em Pernambuco, num artigo denominado “Necessidade de uma associação comercial na praça da Parahyba”. Já naquele tempo, concentravam-se no Recife, todas as importações do Nordeste. Um filme que continuamos a assistir, hoje. Compare-se porto de Cabedelo X Porto de Suape.
Conde D'Eu

D. Isabel Cristina 
                           

Dom Pedro II
Entre 1864 a 1866, ocorreu muita resistência ao chamado mandonismo de Portugal, nos segmentos comercial, social e cultural, a começar pelas manifestações da herdeira do TRONO, D. Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, que Isabel casou com um estrangeiro, Louis Philippe Marie Ferdinand Gaston (Luís Filipe Maria Fernando Gastão, Conde d'Eu)

Ela, no seu periódico A MARQUEZA DO NORTE, um jornal feminino-político, editado no Recife foi radicalmente contra o imperador. ‘OS DOIS GOVERNOS, DO BRASIL E DE PORTUGAL, QUE SÃO UMA E A MESMA COUSA’ – ‘A CORTE DO RIO DE JANEIRO ESTAÁ CONVERTIDA NUMA COMPLETA LISBOA’ – ‘OS NEGÓCIOS BANCÁRIOS E AS EMERGÊNCIAS DO PAÍS, O IMPERADOR SÓ CONFIA AOS PORTUGUESES’ – E num dos trechos do nº 3 do seu jornal, datado de 12.01.1867 – a Marqueza, dispara:

‘ENFIM! ... O BRASIL CHEGOU À ÚLTIMA DEGRADAÇÃO NO REINADO DO SR. D. PEDRO II. SE OS NOSSOS VIZINHOS DA AMÉRICA DO NORTEM NÃO NOS VALEREM, ESTENDENDO-NOS A MÃO COMO HÁ POUCO FIZERAM COM O MÉXICO, A NOSSA ESCRAVIDÃO SERÁ PERPÉTUA’.
Pelo que se pode observar, o Brasil é uma confusão desde muito tempo.

    


27 de janeiro de 2018

Carlos Antônio: o comunicador show da Rádio Tabajara, com o “Show das Treze”


Quando fui presidente da Rádio Tabajara, a primeira da Paraíba, nos últimos anos da década de 80,  tive oportunidade de conhecer mais de perto muitas pessoas. Credito até o sucesso do meu trabalho à frente da querida emissora de rádio, aos bons profissionais que estiveram comigo, num dos maiores desafios da minha vida: dirigir uma empresa de comunicação tão importante. E, foram muitos os amigos que conquistei. Desde Dona Toinha, a amiga que me servia café o dia todo, até os nomes de destaque dos trabalhos de redação e de locução. Carlos Antônio foi um desses presentes que fizeram parte do meu dia a dia na querida emissora estatal.
Na foto, o jovem Carlos Antônio
Um grande profissional! Mais que isso. Um homem de bem, um excelente pai, certamente um bom esposo, além de um amigo sincero, correto e muito companheiro. Ainda hoje, quando encontro com o seu filho Werter, também um homem de comunicação, mas nas áreas de marketing e publicidade, não me furtando de perguntar: “COMO VAI O PAPAI”?
O sempre elegante radialista, Carlos
Antônio, um dos maiores
comunicadores da Paraíba

Carlos Antônio no seu ‘SHOW DAS TREZE’ era audiência garantida, não somente pelo belo programa, pelo excelente roteiro musical, todos os dias, de segunda a sexta, mas, por aspectos os quais considero importantes ao homem de comunicação, a empatia para com o ouvinte, a comunicação fácil e o respeito com o ouvinte. Tudo isso, o meu querido Carlos Antônio, o locutor das 13 letras, das 13 horas, do programa das 13 letras, fazia como poucos. Educado, de voz bonita e bem colocada, muito amável e carinhoso com todos, esse querido amigo, certamente, não foi apenas um excelente comunicador da estação, mas, um amigo de uma cidade inteira, que o admirava e o prestigiava com uma enorme audiência. Audiência que me deixa muito feliz, principalmente, quando chegava às minhas mãos, os resultados das pesquisas do IBOPE.

Com ele, Carlos Antônio, e tantos outros comunicadores, cujos os nomes aqui declinarei noutras oportunidades, fizemos, certamente, na nossa época, de 1987 a 1989, no Governo Burity II, um belo e inesquecível trabalho.

Da minha parte, ganhei um grande amigo, a quem reverencio até hoje, e, com ele, ao lado dos demais colegas de trabalho, que fizemos na Tabajara, ganhamos uma família, que vive e viverá, eternamente, no meu coração.   

26 de janeiro de 2018

REDES SOCIAIS ROMPEM O PACTO COMUNICATIVO


Jornalista Nonato Nunes
A palavra pacto está para os agrupamentos humanos assim como o oxigênio está para a vida na terra. As sociedades se sustentam graças ao estabelecimento de certas regras as quais têm por objetivo primordial a funcionalidade do conjunto societário em bases harmônicas visando ao bem-estar comum. Mas em alguns casos ocorre o rompimento por razões as mais diversas. Em 1776, nos Estados Unidos, houve a ruptura do pacto colonial quando as forças nativas se voltaram contra o poder da metrópole. Em 1789, na França, ocorreu o rompimento do pacto social, e todo um país se voltou contra as instituições que, por séculos, subestimaram a capacidade de reação do povo oprimido. No México, em 1910, a ruptura desse pacto teve por causa um conjunto de fatores bastante difusos: opressão, repressão e injustiça social. Depois vieram Guatemala, Cuba. Nicarágua e El Salvador.
No Brasil, vimos, nos últimos anos, o rompimento de um pacto que diríamos tácito entre os meios de comunicação de massa e o cidadão. Essa ruptura se fez, notadamente, nas relações entre o telespectador e as grandes redes de televisão do país. Como o processo se deu de maneira bastante veloz, seu impacto só fora percebido por poucos observadores. Mas o fato é que as redes sociais funcionaram como um meio pelo qual a mensagem se difundiu com uma velocidade espantosa e jamais vista. Ligando elos de uma cadeia comunicativa permanentemente interligada, as redes sociais tornaram o receptor completamente independente quanto à informação. Antes essa mesma informação era elaborada em salas fechadas, climatizadas e trabalhadas no sentido de atender a interesses empresariais e/ou a agentes ideológicos os quais podiam manipular a informação e divulgá-la com conteúdo viciado. Na outra ponta dessa cadeia estava o telespectador (no caso da televisão). Este recebia a informação e não tinha como checar sua veracidade, pois não havia interatividade entre o emissor e o receptor.
As redes sociais, desta forma, não apenas democratizaram os meios de comunicação como puseram em xeque o verdadeiro papel dos meios de comunicação de massa, os únicos com os quais o cidadão pôde contar até hoje. Essa ruptura surge agora e se configura como a última fronteira entre os meios de comunicação de massa e o cidadão, ávido por informações com credibilidade e independente dos “laboratórios de manipulação”. As grandes redes de televisão, que por anos a fio estabeleceram os seus próprios critérios de informação, agora se veem diante de uma espécie de ameaça real contra o seu reinado, que, no Brasil, começou em 1950 com o paraibano Assis Chateaubriand.
O impacto dessa revolução ainda não foi absorvido por completo pela população brasileira. No momento atual o que se nota é uma espécie de atordoamento por parte da população e até mesmo pelos próprios manifestantes. Mas o processo é contínuo e sequenciado. Logo estará completamente absorvido pela sociedade brasileira, pois, já não será mais uma novidade. Mas o recado foi dado a todos, e no caso específico dos meios de comunicação, as grandes redes de televisão do país terão de se adaptar a essa nova realidade que teve início com um simples clique e ganhou as ruas. Com as redes sociais o cidadão é o “dono do seu próprio nariz”.
Agora é aguardar a sequência dos fatos.

Um abraço!


19 de janeiro de 2018

Internet e a Comunicação

Jornalista Gilson Souto Maior
A linguagem, como tentativa de comunicar-se com seus semelhantes foi a primeira grande revolução no campo da comunicação, na luta da humanidade em busca de sua sobrevivência. Isso, permitiu ao homem as com dições necessárias à transmissão do conhecimento.  Os séculos se seguiram e surgiram as codificações linguísticas, com símbolos, e, por fim a chegada dos alfabetos. Isso posto, tem início desta forma, como hoje conhecemos a civilização.
Chega a escrita, permitindo a chegada do conhecimento, independente do emissora, possibilitando o seu recebimento, por quem pudesse decifrá-la, para complemento da mensagem. A escrita desenvolveu ciência. Criaram-se raízes mais diversas do conhecimento da ciência. Desenvolveu-se a civilização, permitindo a organização do pensamento, da inteligência e da cultura, nos séculos que se passaram, até hoje. Veio a cultura, desenvolvimento da sociedade e vida social.
Para alguns, a chegada de escrita foi tão impactante na vida do homem, que determinou o fim do que conhecemos como pré-história e início da história, a qual chamamos de civilização, desenvolvida pela invenção dessa maravilhosa ESCRITA.
E, agora, todas essas mudanças foram marcantes, também, nas últimas décadas do século vinte. A chegada da Internet foi responsável por este reboliço tecnológico que vem mexendo com a sociedade. Uma ferramenta de comunicação, que pode ser considerada a mais completa tecnologia humana até hoje.

Leptop e celulares, comuns em qualquer ambiente
A interatividade e velocidade de informações que a Internet, através de suas ferramentas nos oferece, dia a dia, a todos instante, são aspectos que nos fazem pensar como será o nosso amanhã. Uma coisa é certa, o mundo já não é mais o mesmo. A sociedade é mais bem informada e de forma mais rápida, incrivelmente mais veloz.

O que espanta a todos, não é o que essa tecnologia, infiltrada em todas as camadas sociais, nos computadores, tabletes e smartfones, nos oferecerá amanhã. Sabemos, perfeitamente, que não haverá retorno, e que, as novidades, futuras são imprevisíveis. O comportamento das sociedades, sim, preocupa mais, haja vista, as significativas mudanças já sentidas por conta do uso demasiado das novidades tecnológicas, quase um vício, por parte de adultos e crianças.

Modernos smartfones tomam conta dos ambientes
Mudaram os hábitos das pessoas. Os diálogos foram substituídos pela máquina. Hoje, em qualquer ambiente, difícil é ver um grupo por inteiro a conversar. Os modernos celulares, verdadeiros computadores, substituem os diálogos e as conversas em separado, separam as pessoas e a comunicação entre pessoas, no olho a olhos já não é tão presente. Até as nossas crianças, nos surpreendem com esta tecnologia. Em casa mesmo, somos, muitas vezes, descuidados, com o uso excessivo dos celulares e computadores por parte dos nossos filhos. Internet e Comunicação, inseparáveis, importante, mas, não sendo bem usada como deve ser. Até os adultos, que hoje não pode mais prescindir dessa união, muitas vezes a utiliza de forma errada. Precisamos ter muito cuidado, pois o seu uso errado tem criado muitos problemas para a atual civilização.    

18 de janeiro de 2018

Amigos dos primeiros momentos profissionais




 Amigos dos primeiros momentos profissionais

Gilson Souto Maior, nos estúdios da 
Rádio Caturité, no final dos anos 60 
Jamais esquecerei os meus primeiros passos no jornalismo. Inicialmente foi o rádio, um veículo extraordinário, uma grande escola, grandes amigos, muitas experiências adquiridas. Tudo começou em junho de 1965.
Foi na Rádio Caturité a primeira casa: Rua Peregrino de Carvalho, 331, segundo andar. Quando lembro esse endereço, parece que um filme sobre a minha vida, ficou gravado, definitivamente, na minha memória.
A rua que eu não esqueço, o posto de enfermagem de Manoel Joaquim Barbosa, Alonso Sapateiro, em frente, a casa de arquitetura antiga, mas, muito bonita, até hoje, que pertencia ao Dr. Gregório. Lembro dele, do seu jeito bem sério, e o cuidado que ele tinha com os nossos dentes. A mão, era pesada, mas eficiente, no trato com a dentadura do jovem locutor. “Os dentes são responsáveis pela boa dicção, meu filho” – dizia o famoso odontólogo da época, ressaltando que eu tinha uma boa qualidade vocal. É claro, que ficava vaidoso com as afirmações do Dr. Gregório.


Deodato Borges
Não esqueço, também, a Feirinha, na pracinha sem nome, mas, com o tempo, batizada pelo povo na sua livre e sábia decisão, como Praça da Feirinha de Frutas. Tudo isso, jamais saiu da minha cabeça. São imagens que fizeram parte do meu filme de vida, na minha juventude. Como esquecê-las. Como não lembrar personagens da rua. Seu Alonso, Jussara, Humberto (da família Agra), o saudoso enfermeiro do povo, Manoel Barbosa, Dona Nevinha, a enfermeira, depois vereadora, e os meninos desse casal querido, Ruy, Ranieri, Robson, Vânia, Rômulo, e, não sei se esqueci alguns ou alguns. A família era grande. Trabalhei com um deles, Rômulo, hoje, fazendo jornalismo no Maranhão.

Severino Félix

Mas, na Rádio, no meu período de aprendizado até mudar para os Associados, foram muitas amizades conquistadas. Muitos foram os amigos e professores no dia a dia da vida. Uma vida profissional, com gente que muito me ensinou e orientou; Edmilson Antônio, Evandro Barros, Gil Gonçalves, Kalil Félix (um maranhense muito querido), Dayse Silveira, Severino Félix (Biu), Magidiel Lopes, Severino Gomes (Sansão), Jurandir Araújo, Giovani Diniz, Francisco Félix, Antônio Cardoso, Antônio Costa, José Tenório, Antônio Elefante, Paulo David, as secretárias Nadir e Lizete, Deodato Borges, Carmem Cícera, Dora Guimarães, Joacir de Oliveira (na época bem menino), Luimar Resende, Macdowell Holanda, Bartolomeu Cavalcanti e Enildo Siqueira.
Spencer Hartman (falecido)
Com essa turma boa, fiz futebol, radioteatro, programas humorísticos, fui redator e noticiarista, além de um dos mais escutados disque-jóqueis da cidade de Campina Grande. Pelo menos, assim confirmavam as pesquisas da época.  
  
Depois, com o crescimento da emissora, cuja programação encantava toda a cidade, foram contratados outros nomes, que vieram a somar na qualidade da emissora da Diocese. 

Historiador Jurandir Araújo
Giovanni Diniz (faleceu em 2015)
Com a saída do Superintendente Ronaldo, um funcionário do Banco do Nordeste, responsável pela minha contratação, esse novo momento da “Mais Querida”, como era conhecida a Caturité, o novo diretor da emissora, professor José Stênio Lopes, não mediu esforços para contratar novos valores. Vieram do Recife, de uma vez só, Gilberto Carvalho, um belo noticiarista, Wilson Ribeiro, grande animador de estúdio, um senhor disque-jóquei, e Sérgio Reis, funcionário do Banco do Brasil, muito amigo do Luismar Resende. Esses nomes passaram por prefixos famosos; Rádios Clube de Pernambuco, Olinda (Racife/Olinda) e Uirapuru (Fortaleza).
Professor José Stênio Lopes

O mesmo caminho do professor Stênio, foi seguido pelo seu sucessor, professor José Cursino de Siqueira, também, um grande superintendente e administrador da Caturité. Eles, Stênio e Siqueira, foram como dois pais para mim. Devo muito de minhas conquistas na profissão a esses amigos, corretos e orientadores.





Foi um momento rico o meu início de carreira e todos os anos que marcaram o começo da minha vida profissional. A passagem pela querida Rádio Caturité, fortaleceu a minha caminhada, dando-me respaldo para importantes conquistas, as quais, espero, posteriormente, poder contar para vocês. O meu abraço! 

Edmilson Antônio 
                 
Ary Ribeiro
Clóvis de Melo