25 de janeiro de 2015

QUE É O ISLÃ? HÁ ALGO EM COMUM COM O CRISTIANISMO? (parte 2)

Pr. Gilson Souto Maior Junior
Igreja Batista do Estoril - Bauru - SP

O islã é legalista? Sim, pois é levando a cabo a tradição e a lei que os muçulmanos creem que são salvos. Maomé é o exemplo a ser seguido, segundo dizem os teólogos islamitas; segundo esses teólogos as palavras de Maomé, tanto dentro como fora do Alcorão são tidas como Palavra de Deus. Eles possuem a Suna (lit. “trilha batida”), ou seja, o exemplo de vida de Maomé; e eles possuem o Hadit (lit.Tradição), ou seja, aquilo que Maomé teria dito ou feito, mas que não se encontra no Alcorão.


A verdade é que o ensino bíblico mostra claramente a ineficácia legalista. Paulo escreve: “Porque, se foi justificado pelas obras, Abraão tem do que se gloriar, mas não diante de Deus” (Romanos 4:2; cf. 4:6). Ora, se Abraão foi justificado pela fé muito antes de lei, então o ensino de Maomé é tão legalista aos praticados pelos fariseus e publicanos.
Para o islã Maomé é o modelo? Sim, e isso está no Alcorão (33:21), sendo o único homem capaz de interpretar as palavras. Desde cedo Maomé ligou seu nome ao de Allah, convocando as pessoas a segui-lo, pois quem o fizesse seria amado por Deus (3:31,32). O próprio Maomé chega a dizer que se alguém o seguisse, essa pessoa teria o perdão dos pecados.
Essa é uma das contradições do islã, pois o que Maomé prometeu é algo que somente Jesus podia prometer (cf. Mateus 9:6; 1João 1:9). Como Maomé teve uma compreensão equivocada da obra de Cristo, ele acabou negando a expiação na cruz e que o Senhor era o Filho de Deus.
Somente Jesus Cristo é o exemplo que devemos seguir. Ele mesmo falou aos Seus discípulos no Cenáculo: “Pois eu vos dei exemplo, para que façais também o mesmo” (João 13:15). O apóstolo Pedro também afirma aos crentes na Ásia: “Para isso fostes chamados, pois Cristo também sofreu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais os seus passos” (1Pedro 2:21). Ter na vida qualquer outro exemplo que não o Senhor Jesus é cair no engano.
Qual a diferença entre Jesus e Maomé? O Senhor Jesus cumpriu as profecias do Antigo Testamento de forma clara e inconfundível. Das sessenta e uma (61) profecias messiânicas encontradas no Antigo Testamento, se pegássemos apenas oito delas, a probabilidade de um homem cumprir essas oito seria de 1 em 1017; isso é um em 100 quatrilhões. Não há nenhuma pessoa, viva ou morta, que consiga isso. A conclusão é: Ou essas profecias foram recebidas por inspiração de Deus ou os profetas apenas escreveram como acharam que deveria ser. Nesse caso, os profetas tinham somente uma chance em 1017 de ver essas profecias sendo cumpridas em Cristo. As oito profecias, cumpridas em Cristo, trazem uma exatidão praticamente absoluta (STONE, 1963, p.100-107).
Já as revelações de Maomé são no mínimo estranhas. Fazendo uma pesquisa nas fontes islâmicas podemos chegar a uma conclusão bem interessante. Primeiro, ele disse ter sido “sufocado por um anjo” por três vezes, o que nos parece algo anormal, um tipo de aprendizado coagido e sem nenhuma ligação a um Deus misericordioso e gracioso. O próprio Maomé questionou a origem divina da experiência e no início pensou estar sendo enganado por um demônio, pois ele tinha medo de ser atormentado pelos demônios.
A descrição feita por Haykal sobre uma dessas “revelações” recebidas por Maomé é semelhante a experiência dos médiuns: “Maomé não havia se movido de seu lugar quando a revelação veio a ele acompanhada das convulsões costumeiras. Ele ficou estendido nas suas roupas e um travesseiro foi colocado sob sua cabeça” (HAYKAL, p. 337). Ainda segundo esse autor islâmico, Maomé tinha “revelações” ocultas com contato com os mortos (HAYKAL, p. 231, 495). Outra diferença fundamental era que, após cada uma das revelações ele ficava longos períodos de silêncio, de forma que entrou em desespero, sentindo-se abandonador Deus e chegando a pensar no suicídio. Mas, certamente e a mais desafiadora diferença é que Maomé disse que, certa vez pensou que Deus lhe tinha revelado a verdade, mas depois mudou afirmando que Satanás é que havia colocado em seus lábios os versos.
A Bíblia diz que Satanás é o “pai da mentira” (João 8:44), que ele pode se transformar em anjo de luz para enganar (2Coríntios 11:14). Infelizmente temos que levar em consideração a mentira humana como uma possibilidade. Os muçulmanos precisam considerar a possibilidade de que Satanás tenha iludido e enganado seu profeta.
Enquanto a Bíblia é a revelação direta de Deus aos homens, o Alcorão teve como fonte de sua “revelação” influências humanas: “A imaginação do árabe é forte por natureza. Por viver sob a abóbada do céu e deslocar-se constantemente à procura de pastos ou comércio, e por ser constantemente forçado a extremos e até mentiras que a vida comercial geralmente acarreta, o árabe é dado ao exercício de sua imaginação e a cultiva continuamente para o bem ou para o mal, para a paz ou para a guerra” (HAYKAL, p. 319).

Jesus Cristo é certamente o Filho de Deus, o cumprimento cabal de todas as profecias do Antigo Testamento, sem pecado e sem mancha em Seu caráter santo e justo. Ele mesmo declarou ser aquilo que os profetas predisseram e não apenas afirmou ser o Filho de Deus, mas também ser a própria manifestação do Deus Eterno (cf. Êxodo 3:14 com João 8:58; Isaías 44:6 com João 17:5; Salmo 18:2 e 95:1 com 1Coríntios 10:4; 1Pedro 2:6-8). Maomé tem um caráter que deixa muito a desejar em relação à sua reivindicação; comparado ao caráter impecável de Cristo, Maomé torna-se insignificante.

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