A direção do Museu de
Arte Popular da Paraíba (MAPP), em Campina Grande, informa que o espaço está funcionando em horário
especial para visitação pública durante o mês de janeiro. Quem quiser visitar o
MAPP e conhecer um pouco mais da cultura nordestina tem à sua disposição os
horários das 13h às 19h, de segunda a sexta-feira, e das 14h às 18h, aos
sábados e domingos.
O
MAPP, conhecido como “Museu dos Três Pandeiros”, conta com rico acervo entre
peças e materiais que contemplam as áreas da música, literatura e xilogravura,
além do artesanato. A estrutura dedicada à música presta uma homenagem a
Jackson do Pandeiro, com fotos, objetos e materiais audiovisuais. Nesta parte,
os visitantes podem ter acesso a artigos utilizados pelo artista, a exemplo de
um pandeiro, violão e reco-reco que pertenceram ao músico. No espaço também há
painéis com referências a outros importantes músicos paraibanos, como Sivuca e
Marinês, além de registro de mais de 300 nomes de artistas.
No
acervo musical do MAPP estão catalogadas ainda 5 mil músicas, das quais 420
apenas de Jackson do Pandeiro, disponíveis para audição do público por meio de
computadores e fones de ouvido instalados no local. O MAPP possui uma sala
multimídia, reservada à audição de toda a obra disponível e também para a
visualização de imagens relacionadas aos artistas.
O
espaço do artesanato traz uma síntese desta arte paraibana, com centenas de
peças das mais variadas tipologias, como renda, cerâmica e madeira. Nesta
estrutura, o público tem a oportunidade de ver peças em madeira, couro, barro
tecido, ferro e cerâmica, dentre outras matérias-primas. Há produtos
confeccionados pelo Galpão das Louceiras de Serra do Talhado, pela Associação
dos Artesãos do Cariri Ocidental (ARCA), além de trabalhos de artistas como
Chico Ferreira, Nenê Cavalcanti, Maria dos Mares e Tota.
No açude Velho, em Campina Grande, o Museu dos Três Pandeiros,uma das últimas criações do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, é administrado pela UEPB
No
ambiente da Literatura, está exposto tudo aquilo que está relacionado com o
romance e a cantoria, as formas impressas e as expressões cantadas e faladas,
como o repente, o coco, as cantigas e, principalmente, o cordel. Nesta área, o
museu tem à disposição o acervo da Biblioteca Átila Almeida da UEPB, que detém
a maior coleção de cordel da América Latina, com mais de 17 mil exemplares.
Um
cordel de 1904, de autoria do mais importante nome da literatura popular de
todos os tempos, Leandro Gomes de Barros, integra o acervo literário. O folheto
é uma das preciosidades que pertencem ao acervo da Biblioteca Átila Almeida. O
espaço da Literatura é dedicado, em grande parte, ao cordel e funciona como uma
espécie de mostruário deste acervo. Nele haverá exposições de ciclos temáticos
do cordel.
À
disposição do público estão centenas de folhetos, além de xilogravuras, peças
cunhadas em madeira usadas para ilustrar as capas dos cordéis. Funciona no
local uma Oficina de Cordel e Xilogravura denominada “Oficina Manoel Monteiro”,
na qual será ensinada a arte de talhar desenhos na madeira e as regras de
composição poética do cordel. Produções de importantes editoras como a Lira
Nordestina e a Estrela da Poesia estão expostas. Há também cordéis da Península
Ibérica, alguns escritos em espanhol, outro em inglês.
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