A maioria das pessoas não conhece a
razão do Natal, pois o que está na mente das pessoas é uma festa onde as
pessoas comem e bebem bastante, trocam presentes e por um tempo de vinte e
quatro horas – ou pelo menos na ceia – as diferenças somem. É a festa de um
velho barbudo, vestido com roupas bem inadequadas para o cenário tropical, que
entra em chaminés que aqui não existem e deixa presente para as crianças que
foram boazinhas durante o ano. O pior é pensar que muitos preferem esse conto
da carochinha ao invés da história real e verdadeira.
Pr. Gilson Souto Maior Junior - Igreja Batista do Estoril Bauru - SP |
E qual é a verdade? Não é outra senão
aquilo que está claramente descrito nas Escrituras: Jesus Cristo, o Messias
prometido de Deus, nasceu para morrer pelos pecadores. A evidência bíblica
aponta para esse fato inquestionável. Jesus não veio para ser “o mártir da
paz”, não nasceu para servir de um exemplo de altruísmo ou coisas desse tipo.
Essas configurações sobre a pessoa de Jesus não são apenas inapropriadas; são
na verdade uma afronta, pois diante da grandeza e da beleza do Filho de Deus,
essas coisas são mesquinhas e pobres.
A Escritura deixa claro que Jesus
nasceria de uma mulher (cf. Gênesis 3:15; Lucas 2:7; Gálatas 4:4; Apocalipse
12:5), que Ele seria da descendência de Abraão (cf. Gênesis 12:3; 18:18; Mateus
1:1; Lucas 3:34; Atos 3:25), de Isaque (cf. Gênesis 17:19; Mateus 1:2) e de
Jacó (cf. Números 24:17; Mateus 1:2; Lucas 3:34). Jesus seria descendente de
Judá (cf. Gênesis 49:10; Mateus 1:2,3; Lucas 3:33), o que nos mostra que Ele
seria descendente da promessa abraâmica e do povo eleito de Deus. Sendo Jesus
da tribo de Judá, a promessa era que Ele sairia da descendência de Davi, sendo
Seu legítimo herdeiro (cf. 2Samuel 7:13; Isaías 9:7; 11:1-5; Mateus 1:1). A
Bíblia dá com exatidão o local de seu nascimento, 700 anos antes através do
profeta Miquéias (cf. Miquéias 5:2; Mateus 2:1; Lucas 2:4-7). A Escritura fala
de que Seu nascimento seria em tempos difíceis (cf. Daniel 9:25; Lucas 2:1-7),
que nasceria de uma virgem (cf. Isaías 7:14; Mateus 1:18; Lucas 1:26-35), que
as crianças em Belém seriam mortas (cf. Jeremias 31:15; Mateus 2:16), que sua
família fugiria para o Egito (cf. Oséias 11:1; Mateus 2:14,15) e que após Seu
retorno desenvolveria o ministério na Galiléia (cf. Isaías 9:1,2; Mateus
4:12-16).
Mas alguém poderia me questionar
dizendo: “O cumprimento das profecias em Jesus foi uma coincidência, obra do
acaso”. Talvez pudéssemos dizer isso de algum personagem histórico, mas como
você consegue colocar sessenta e uma (61) profecias messiânicas numa única
pessoa com precisão? Não há nenhuma pessoa, viva ou morta, que consiga a metade
disso. Peter Stone no seu livro Science speaks (Ciência fala)
mostra através de cálculos probabilísticos que seria impossível as profecias
ocorrerem apenas como um acaso. Ele disse que se pegasse apenas oito profecias
e calculasse a chance de algum homem ter vivido até o presente, cumprindo essas
oito profecias, o resultado seria 1 em 1017; isso é um em 100
quatrilhões! Stone diz que seria o mesmo que pegar uma moeda de um dólar e as
colocar sobre o estado do Texas; elas cobririam o estado inteiro com uma camada
de 60 cm de espessura. A conclusão é: Ou essas profecias foram recebidas por
inspiração de Deus ou os profetas apenas escreveram como acharam que deveria
ser. Nesse caso, os profetas tinham somente uma chance em 1017 de
ver essas profecias sendo cumpridas em Cristo. As oito profecias, cumpridas em
Cristo, trazem uma exatidão praticamente absoluta (STONE, 1963, p.100-107).
Então, por que Ele nasceu? Ouçamos o
próprio Senhor Jesus dizer a razão de Sua vinda: “Porque o Filho do homem
veio salvar o que se havia perdido” (Mateus 18:11). Ele também deixou claro
que o “[...] Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para
servir e para dar a vida em resgate de muitos” (Mateus 20:28; cf. Marcos
10:45; Lucas 9:55). Sim, Jesus Cristo veio para morrer pelos pecadores e
levá-los até o Pai: “Então Jesus falou em alta voz: Quem crê em mim não crê
apenas em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê, vê aquele que me
enviou. Eu vim como luz ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não
permaneça nas trevas” (João 12:44-46).
Portanto, essa é a boa notícia do
Natal! Deus teve compaixão dos pecadores condenados ao inferno e nos enviou –
gratuitamente – Seu precioso Filho que, assumindo nossa humanidade, sem pecado
morreu em nosso favor, cumprindo as exigências de Deus quanto ao pecado e
provendo a todo aquele que Nele crê a graça e o perdão dos pecados. O melhor é
que Cristo não morreu em vão, pois ressuscitou e vive ao lado do Pai para ser
nosso intercessor e advogado.
Como nos diz o apóstolo Pedro: “Mas
fostes resgatados pelo precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem
mancha, o sangue de Cristo, conhecido já antes da fundação do mundo, mas
manifestado no fim dos tempos em vosso favor. Por intermédio dele credes em
Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de modo que vossa fé
e esperança estejam em Deus” (1Pedro 1:19-21).
Um abraço fraterno e uma ótima semana
em Cristo, a razão do Natal.
Pr. Gilson Jr.
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