O conheci em Campina Grande. Eu jovem, muito jovem, começando a carreira, e, ele também. Eudes começou sua trajetória em sua terra querida, Santa Rita. Naquele 11 de junho de 1960, ao lado de amigos como, Manoel Apolinário, Reginaldo, Aldo Ferreira e Antônio Veloso, aconteceu a sua primeira incursão como narrador, através de uma emissora local. Eudes narrou o clássico - e era clássico mesmo - pois os times jogavam bola, Usina São João e Onze Esporte Clube, no Batatão, como era conhecido o Estádio Flávio Ribeiro. Não lembro muito bem, mas, ele me falou, certa vez, que a transmissão foi pela Rádio Difusora, que terminou saindo do ar. A emissora, a exemplo de tantas outras que apareceram repentinamente na Terra dos Canaviais, por problemas de ordem legal junto ao órgão competente, o DENTEL, teve vida curta.
Eudes Toscano, hoje |
Não foi o caso do amigo Eudes, no que se refere à sua profissão. A sua vida profissional, foi longa, aliás é longa, continua firme e forte com o amigo Toscano sendo uma referência para todos nós, como bom profissional e como homem. É bom lembrar, que Eudes Toscano, antes disso, tentou o futebol profissional. Fez teste no Treze, e, foi aprovado, mas, alguns pormenores, fizeram com que não tivéssemos nos gramados, como grande atacante, o menino que brilhou na várzea, envergando as camisas das principais equipes de Santa Rita.
Mas, volto à Campina, quando nos conhecemos. A nossa primeira conversa, os nossos primeiros contatos profissionais, foram na Rádio Caturité, cujos estúdios estavam instalados na Peregrino de Carvalho, 331, segundo andar. Isso, nos últimos anos da década de 60.
Nessa época, o diretor superintendente era o saudoso e querido José Stênio Lopes, que conheceu Eudes dos tempos do SENAI, centro de ensino profissionalizante, cuja solidez em termos ensino, hoje, deve-se muito ao profícuo trabalho desse grande cearense e também jornalista. O professor Stênio era fã do amigo Eudes, a quem ele chamava o menino de Santa Rita.
Eudes Toscano chegou e conquistou os colegas da "Mais Querida" e o ouvintes. Era sangue novo, que chegava para formar uma das mais competentes equipes de esportes do rádio campinense e paraibano.
Ao lado de Eudes, Edmilson Antônio (na época Juvenal), Ary Ribeiro, Magidiel Lopes, Alberto de Queiroz, Arlindo Nóbrega, Batista Wanderley, Chico Alemão, entre outros, formamos uma bela equipe. O velho Ivan Thomaz, ainda transmitiu algumas partidas nessa equipe.
Ao lado de Eudes, Edmilson Antônio (na época Juvenal), Ary Ribeiro, Magidiel Lopes, Alberto de Queiroz, Arlindo Nóbrega, Batista Wanderley, Chico Alemão, entre outros, formamos uma bela equipe. O velho Ivan Thomaz, ainda transmitiu algumas partidas nessa equipe.
Mas, Eudes seguiria outros caminhos. Deixou a Caturité, passou pela Arapuan, na famosa equipe de Otinaldo Lourenço e José Octávio de Arruda Mello, e, por fim a Rádio Tabajara.
Eudes Toscano e os amigos Marcus Aurélio e Laerson de Almeida |
Nesta, quase todos conheceram conhecem sua história, na companhia de grandes nomes: Ivan Bezerra, Ivan Thomaz, Marcus Aurélio, Laerson de Almeida, Geraldo Cavalcanti, Wandal Dionísio, Ernany Norat, Maciano Soares, Wertton Soares, Hermes Taurino Lulinha Rodrigues, Lourimar Neto, Marcondes Brito, José Maria Fontinelli, e outros.
Foram jornadas inesquecíveis, desse "Velho Capitão", em eventos marcantes para qualquer profissional; Copas América e do Nordeste, Copas do Mundo, entre elas a da Itália, em 1990, campeonatos nacionais, com destaque para a partida entre Flamengo e Botafogo, no dia 06 de março de 1980, no Maracanã, com o inesquecível resultado de 2 tentos a um para o nosso representante. Eudes, foi a voz marcante na narração desse jogo que ficará eternamente na lembrança dos paraibanos. Foram dois gritos de gols, que ecoarão para sempre em nossos ouvidos.
Por tudo isso, como não reverenciarmos esse radialista e jornalista paraibano, responsável por importantes momentos das narrações esportivas em nosso Estado? Como esquecer esse narrador de um jeito próprio de gritar o gol? Um narrador, que sempre vibrou nos momentos precisos do discurso narrativo, transmitindo o jogo e dando beleza ao espetáculo, sabendo que ao pé do rádio, ouvido colado, o torcedor não é apenas de uma só equipe. Poucos locutores esportivos entendem isso. Por entender esse pormenor, importante para quem transmite com isenção, Eudes, sempre foi um narrador de todas as torcidas, narrando e vibrando, igualmente, para onde for a bola. Para ele, o importante, sempre foi uma bonita narração.
Eu tenho o prazer de privar de sua amizade e poder dizer, que começamos, praticamente, num mesmo período, onde se fazer rádio de qualidade, era uma obrigação.
Eu tenho o prazer de privar de sua amizade e poder dizer, que começamos, praticamente, num mesmo período, onde se fazer rádio de qualidade, era uma obrigação.
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