Anchieta Filho, 30 anos de Jovem Pan |
Anchieta Filho, meu
conterrâneo de Campina Grande, nascido em março de 1966, aliás, o mesmo mês em
que eu nasci, foi um dos mais inteligentes colegas com quem trabalhei. Nos
conhecemos na TV o Norte, em João Pessoa, na época pertencente aos Diários
Associados, hoje TV Manaíra, do Sistema Opinião de Comunicação. Ele irmão de
José Nêumanne Pinto, consagrado jornalista brasileiro, com quem tive
oportunidade de trabalhar na Rádio Caturité. Eu começ
ando a carreira, na
emissora da Diocese de Campina (comecei, aos 17 anos, em 1965). Anchieta, ainda
não havia nascido.
Mas, o Zé, já estava lá,
menino assim como eu. Eu apresentador da rádio e Nêumanne, com a turma do Cine
Clube de Campina Grande, apresentando todos os sábados, quando Aldo Porto, não
podia apresentar, o ‘Sétima Arte’, um programa de cinema líder de audiência. Ao
nosso lado, Luiz Custódio, Bráulio Tavares, e os irmãos gêmeos Rômulo e Romero
Azevedo, filhos de Dona Wanda.
Fiz esse arrodeio,
somente para organizar os meus pensamentos e poder lembrar o irmão mais velho
do Anchieta. Danado é que, somente
muitos anos depois, fui conhecer o filho caçula de seu Anchieta Pinto, um
sertanejo dos bons, que residiu em Campina Grande e trouxe ao mundo dois seres
maravilhosos, que seriam, como são, meus amigos, Nêumanne e Anchieta.
José Nêumanne Pinto |
A minha amizade com
Anchieta começou mais precisamente nos anos 80. O escutei nas Rádios Arapuan AM
e FM, quando dos seus primeiros passos, ou como queiram, as suas primeiras
falas, por sinal com uma voz já bonita e bem colocada, desde novinho. Depois,
foi a vez de escutá-lo na rádio do Governo, a velha Tabajara, a primeira da
Paraíba. É foi na velha TABA, a qual eu seria presidente, no governo Burity II,
entre 1987/1889, onde Anchieta teve sua carteira assinada pela primeira vez.
Não encontrei com ele por lá, mas, na TV O Norte.
Nela trabalhamos juntos, eu
apresentando o jornal O Norte, todas as noites, ao lado de Anchieta, Beth
Menezes e Sílvio Carlos (o velho Bico), além de
outros nomes que eu desejo acrescentar, como: Babí Neves, Heranir Fernandes,
Denise Vilar, Maria Reis, Haroldo Reis, Jonas Batista, Ana Márcia, Nelma
Figueiredo, Gilson Renato, Pedro Ramalho, Selma Vidal, Ivo Marques e Abelardo
Jurema.
Formamos uma bela equipe.
Anchieta, diariamente, apresentava também o jornal da manhã, a primeira edição
do Norte na TV. Anchieta, não me falou, mas, tenho a impressão de sua passagem
pela Rádio Sanhauá. Ele vai me confirmar ou não, quando nos encontrarmos.
Eu e Beth Menezes, trabalhamos com Anchieta na primeira equipe da TV O NORTE, hoje TV MANAÍRA |
Um bom apresentador, mas,
também, um belo redator, com um texto maravilhoso. É assim o Anchieta! Eu tive o prazer de fazer a leitura de muitas
matérias dos bem elaborados
textos do amigo querido, cujo valor, foi também
reconhecido pelos amigos de São Paulo, inicialmente da Jovem Pan. Exatamente! Isso
aqui se tornou pequeno para ele, que se mandou para São Paulo.
Apontado,
pelo mano Nêumanne, ele foi presença durante quase trinta anos nessa que é uma
das mais importantes emissoras de São Paulo e do Brasil. Chegou por lá e
abafou! Aprovado nos testes, Anchieta se destacou
na Rádio Jovem Pan, onde trabalhou entre 1990 e 2015, se não me falha a memória.
Começou como repórter, de trânsito na cidade, de estradas,
aeroporto, até alcançar a posição de chefe de redação do famoso Jornal da Manhã,
onde pode acompanhar as mais importantes transformações ocorridas no rádio e no
jornalismo do nosso país. Foi uma voz marcante no informativo, todas as manhãs.
O escutava todos os dias, através da Correio AM, 1.230 Khz, afiliada da Jovem
PAN, anos atrás, quando eu integrava a equipe local de esportes, transmitindo
futebol com o querido João Camurça.
No “Jornal da Manhã (segunda a sexta, da 06:00 às 09:00h), esse conterrâneo bom de
microfone, estava lá! Ao seu lado, grandes expoentes do jornalismo radiofônico
nacional: Denise Campos de Toledo, Oliveira Andrade, Joseval Peixoto, Franco
Neto e Fernando Zamith, Milton Jung, Roberto
Muller, Leonardo Muller, Antônio Freitas e José Luiz Menegalli. Nomes
brilhantes, mas, para nós, paraibanos não tão importantes como o nosso
Anchieta, um paraibano que saiu daqui para vencer em São Paulo, como fez o seu
irmão Zé Nêumanne! Sinto um orgulho danado desse menino de Campina!
O querido
paraibano Anchieta Filho, por sua competência, ganhou vários prêmios, entre
eles, o de melhor repórter
de rádio em São Paulo, num trabalho organizado pelo Sindicato dos Jornalistas,
em 1994 e o troféu Keiko Ogura, prêmio criado pela artista plástica Mari Kanae.
Segundo Anchieta, o prêmio era concedido com o objetivo de premiar os
radialistas de maior confiabilidade da população de São Paulo. Foi ainda
vencedor do Prêmio Febraban de Jornalismo, com uma série de reportagens sobre
os reflexos do real na economia brasileira. Um jornalista de conhecimento
amplo, de uma visão geral das coisas do dia a dia. Um jornalista de verdade!
Anchieta Filho, uma voz paraibana, hoje tão
identificada com o povo paulista, se constitui um motivo de orgulho para nós
paraibanos. Foram quase 30 anos brilhando na PAN, no Sistema Brasileiro de
Televisão, e, nos últimos meses, no time de âncoras da programação conjunta das
rádios Nacional de Brasília (AM 980 Khz) e Nacional do Rio de Janeiro (AM 1.130
Khz). Anchieta Filho, natural de Campina Grande, é um paraibano SIM SENHOR! Um
nome de destaque no cenário jornalístico do Brasil, para orgulho de todos nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário