17 de fevereiro de 2018

Eudes Moacir Toscano


O conheci em Campina Grande. Eu jovem, muito jovem, começando a carreira, e, ele também. Eudes começou sua trajetória em sua terra querida, Santa Rita. Naquele 11 de junho de 1960, ao lado de amigos como, Manoel Apolinário, Reginaldo, Aldo Ferreira e Antônio Veloso, aconteceu a sua primeira incursão como narrador, através de uma emissora local. Eudes narrou o clássico - e era clássico mesmo - pois os times jogavam bola, Usina São João e Onze Esporte Clube, no Batatão, como era conhecido o Estádio Flávio Ribeiro. Não lembro muito bem, mas, ele me falou, certa vez, que a transmissão foi pela Rádio Difusora, que terminou saindo do ar. A emissora, a exemplo de tantas outras que apareceram repentinamente na Terra dos Canaviais, por problemas de ordem legal junto ao órgão competente, o DENTEL, teve vida curta.  
Eudes Toscano, hoje
Não foi o caso do amigo Eudes, no que se refere à sua profissão. A sua vida profissional, foi longa, aliás é longa, continua firme e forte com o amigo Toscano sendo uma referência para todos nós, como bom profissional e como homem. É bom lembrar, que Eudes Toscano, antes disso, tentou o futebol profissional. Fez teste no Treze, e, foi aprovado, mas, alguns pormenores, fizeram com que não tivéssemos nos gramados, como grande atacante, o menino que brilhou na várzea, envergando as  camisas das principais equipes de Santa Rita.  

Mas, volto à Campina, quando nos conhecemos. A nossa primeira conversa, os nossos primeiros contatos profissionais, foram na Rádio Caturité, cujos estúdios estavam instalados na Peregrino de Carvalho, 331, segundo andar. Isso, nos últimos anos da década de 60. 

Nessa época, o diretor superintendente era o saudoso e querido José Stênio Lopes, que conheceu Eudes dos tempos do SENAI, centro de ensino profissionalizante, cuja solidez em termos ensino, hoje, deve-se muito ao profícuo trabalho desse grande cearense e também jornalista. O professor Stênio era fã do amigo Eudes, a quem ele chamava o menino de Santa Rita.
O jovem Eudes Toscano, durante a solenidade da inauguração das novas
instalações da Rádio Arapuan, quando adquirida pela família Ribeiro.
Na foto, pode-se anotar as imagens de Renato Ribeiro, Eudes (ao centro),
Metuzael Dias (comunicador) e o Diretor da Emissora, Otinaldo Lourenço 



Eudes Toscano chegou e conquistou os colegas da "Mais Querida" e o ouvintes. Era sangue novo, que chegava para formar uma das mais competentes equipes de esportes do rádio campinense e paraibano. 
Ao lado de Eudes, Edmilson Antônio (na época Juvenal), Ary Ribeiro, Magidiel Lopes, Alberto de Queiroz, Arlindo Nóbrega, Batista Wanderley, Chico Alemão, entre outros, formamos uma bela equipe. O velho Ivan Thomaz, ainda transmitiu algumas partidas nessa equipe.


Mas, Eudes seguiria outros caminhos. Deixou a Caturité, passou pela Arapuan, na famosa equipe de Otinaldo Lourenço e José Octávio de Arruda Mello, e, por fim a Rádio Tabajara. 
Eudes Toscano e os amigos Marcus Aurélio e Laerson de
Almeida

Nesta, quase todos conheceram conhecem sua história, na companhia de grandes nomes: Ivan Bezerra, Ivan Thomaz, Marcus Aurélio, Laerson de Almeida, Geraldo Cavalcanti, Wandal Dionísio, Ernany Norat, Maciano Soares, Wertton Soares, Hermes Taurino Lulinha Rodrigues, Lourimar Neto, Marcondes Brito, José Maria Fontinelli, e outros. 

Foram jornadas inesquecíveis, desse "Velho Capitão", em eventos marcantes para qualquer profissional; Copas América e do Nordeste, Copas do Mundo, entre elas a da Itália, em 1990, campeonatos nacionais, com destaque para a partida entre Flamengo e Botafogo, no dia 06 de março de 1980, no Maracanã, com o inesquecível resultado de 2 tentos a um para o nosso representante. Eudes, foi a voz marcante na narração desse jogo que ficará eternamente na lembrança dos paraibanos. Foram dois gritos de gols, que ecoarão para sempre em nossos ouvidos.

Por tudo isso, como não reverenciarmos esse radialista e jornalista paraibano, responsável por importantes momentos das narrações esportivas em nosso Estado? Como esquecer esse narrador de um jeito próprio de gritar o gol? Um narrador, que sempre vibrou nos momentos precisos do discurso narrativo, transmitindo o jogo e dando beleza ao espetáculo, sabendo que ao pé do rádio, ouvido colado, o torcedor não é apenas de uma só equipe. Poucos locutores esportivos entendem isso. Por entender esse pormenor, importante para quem transmite com isenção, Eudes, sempre foi um narrador de todas as torcidas, narrando e vibrando, igualmente, para onde for a bola. Para ele, o importante, sempre foi uma bonita narração. 

Eu tenho o prazer de privar de sua amizade e poder dizer, que começamos, praticamente, num mesmo período, onde se fazer rádio de qualidade, era uma obrigação. 




  

14 de fevereiro de 2018

Vigie seus pensamentos porque...


"Vigie seus pensamentos, eles tornam-se palavras.
Vigie suas palavras, elas tornam-se ações.
Vigie suas ações, elas tornam-se hábitos.
Vigie seus hábitos, eles formam seu caráter.
Vigie seu caráter, ele se torna seu destino".
Frank Outlaw
Muitos companheiros de nossa profissão, que se dizem jornalistas sérios, bem que poderiam fazer isso, para melhorar os seus desempenhos, até mesmo como pessoas. Lamentavelmente, passamos por um momento difícil. É claro, não apenas nessa nossa difícil profissão de formadores e informadores da opinião pública. As mudanças comportamentais da sociedade vêm contribuindo para esse mundo cheio de incertezas, de falta de respeito ao próximo e de destruição da família. Cabe a cada um de nós tentar mudar. Não é fácil, mas, as grandes vitórias sempre aconteceram e acontecerão, diante do enfrentamento das dificuldades. A história mostra-nos os grandes triunfos da humanidade, que sempre foram conquistados através de muito sofrimento.Precisamos, pois, enfrentar essas mazelas que buscam destruir os nossos ambientes, em todos os sentidos. Nós, jornalistas, que utilizamos as mais diversas mídias,que emitimos as nossas opiniões, apesar dos problemas que temos enfrentado, no que se refere a invasão de nossos espaços, podemos, unidos, proporcionar mudanças para um mundo melhor. Mas, precisamos nos unir, precisamos ser mais éticos, mais amigos e menos comprometidos. Jornalismo não é partido. Jornalista não deve ser partidário. Jornalista precisa orientar, informar e discutir com respeito para com as autoridades, os problemas sociais. Ainda acredito na palavra. Acredito, também, que existem homens de bem. Acredito, numa sociedade unida, que reivindique sem extremismos, que lute decentemente, e, sem mentiras, pelos seus direitos. Infelizmente, em nosso país, não estamos vendo isso. Vemos sim, uma país, burramente divido, com brasileiros brigando entre si, quando, juntos, seria muito melhor. Nós, jornalistas, precisamos, seriamente, pensar nisso tudo, com mais respeito, na hora de informar. Eu ainda acredito!
Gilson Souto Maior     

11 de fevereiro de 2018

Linguagem do Rádio



 

Vamos conhecer um pouco da linguagem de um veículo fenomenal que é o nosso rádio.

Vinheta - Spot -  Jingle


A vinheta em uma programação radiofônica serve para identificar um programa, uma emissora ou um locutor. Geralmente tem a duração entre 10 a 30 segundos, e tem como proposta uma música fácil de decorar e que seja repetida facilmente pelas pessoas.
Podemos classificá-la
em três tipos... 

Vinheta do Programa
Serve para identificar o programa que as pessoas estão ouvindo, geralmente ela vem no inicio e no final do programa e de cada bloco. Ele serve como uma moldura, para localizar o ouvinte onde inicia e onde acaba o programa.

Vinheta pessoal

Essa vinheta é o jargão de um locutor onde o ouvinte consegue identificar qual é o locutor do programa, esse tipo de vinheta acaba servindo para que o ouvinte consiga identificar o locutor e consequentemente qual a emissora e qual o programa.
R E S U M I N D O...
A vinheta serve como a identificação sonora, onde apenas o som, identifica para cada ouvinte qual a emissora, o programa e o locutor.
Spot...
O spot deriva-se do termo, Spot Advertising, que significa ponto de propaganda.
O surgimento desta peça radiofônica no rádio como produto publicitário deu-se em 1930, nos Estados Unidos, pela iniciativa de radialistas como Ida Bailey Allen, Aunt Sammy e Bett Crocker que, a fim de conquistarem patrocinadores para seus programas, criaram peças comerciais curtas e baratas.
O spot é uma peça publicitária ...
...que em sua mensagem transmite através da fala de um locutor uma dramatização uma mensagem comercial ou institucional.

Jingle por sua vez trabalha de forma artística, onde a própria musica é a mensagem, como exemplo clássico temos o jingle do guaraná Antártica.
“Está é a peça radiofônica publicitária que apareceu no cenário radiofônico mundial nos Estados Unidos, no inicio da década de 1930, caracteriza-se por uma melodia cantada, cuja letra deve refletir as qualidades de um produto que se quer comercializar.”
ASSIM, tanto o spot quanto o Jingle são peças publicitárias.
O que as diferencia é exatamente a maneira de como elas se utilizam da linguagem.
O spot trabalha com voz, música, efeitos sonoros e ruídos. Já o jingle trabalha com a mensagem pela música.
Sete características
Com estes elementos da linguagem, podemos desenvolver a mensagem radiofônica através de ...
sete características que ampliam o conceito de radiojornalismo.
O IMEDIATISMO...
...considerando a transmissão dos fatos no momento em que ocorrem...
Instantaneidade
Como a mensagem que precisa ser recebida no momento da emissão.

INTERATIVIDADE
Sendo a relação direta com a mensagem durante e após a sua emissão. 
A MOBILIDADE
Uma de suas principais característica
A mobilidade em que o rádio, por conta de um aparato tecnológico, pode sair de um lugar para outro, facilitando a emissão e recepção da mensagem. 

A ORALIDADE
Que desenvolve o conceito de que o rádio fala e, para recebimento da mensagem, basta OUVIR.
O ALCANCE... (a penetração)
Que permite ao veículo RÁDIO chegar aos mais diversos lugares, sendo que ao mesmo tempo pode estar presente o REGIONALISMO, INTEGRANDO O OUVINTE ATRAVÉS DE MENSAGENS LOCAIS.
Por fim:  A SENSORIALIDADE
 O rádio transmite sons, a imagem é você quem faz”.
O radio é mais emocional, pois cria um “diálogo” com o locutor e desperta a imaginação das pessoas, pela palavras e pela sonoplastia (música e efeitos sonoros).
A voz do locutor, a música e os efeitos sonoros podem estimular a emoção do ouvinte. 



7 de fevereiro de 2018

A REPÚBLICA DOS DESVALIDOS








Nonato Nunes - jornalista e escritor
Mais uma colaboração do amigo/irmão, Nonato Nunes, que enriquece este espaço, que estará sempre aberto para ele e, ainda, todos aqueles que assim desejarem. Gosto de postar nos meus espaço - Facebook, blog, etc., coisas boas e que acrescentam. Nisso, tenho amigos formidáveis. Obrigado Nonato! 

O título acima é de uma peça de teatro piauiense a qual trata, dentre outras coisas, da decadência da família tradicional e do inchaço das grandes cidades. Mas o título veio bem a calhar para uma cena que vi e que me fez voltar ao início dos anos 90, quando do dramático e impiedoso fechamento do jornal "O Momento". A cena a que me refiro tem a ver com um dos melhores profissionais que conheço, capacitado a exercer sua profissão - e com sucesso - em qualquer grande centro do país. Mas estava ali, fragilizado, chorando e sem ver perspectivas para a resolução do seu drama pessoal. Eu diria ser esse profissional - assim como tantos outros grandes talentos paraibanos que não se rendem à sedução de "padroeiros" - vítima de hienas que se refastelam com a carcaça de corpos em decomposição. São vermes que se alimentam de substâncias pútridas...
Só me resta lamentar...


Um abraço.
Nonato Nunes

MÁRIO FERNANDES...um nome da jovem guarda na Paraíba!

Na Livraria do Luiz, entre um cafezinho e outro, num bate papo, ou comentando um trabalho de pesquisadores, historiadores e poetas paraibanos, a felicidade de um encontro, que depois passou a ser quase constante.

Mário Fernandes, o baterista dos Gentlemans, Selenitas, 
Pedras  Rolantes e Eles, conjuntos que encantaram  a juventude
pessoense, hoje um contabilista, mas também contador de boas
histórias 
O personagem é Mário Fernandes, um homem das ciências contábeis, mas, também, um defensor da cultura do nosso Estado. Durante muitos anos defendeu a cultura musical de uma “época”, 60/70, a Jovem Guarda, linda, talvez, a mais bonita e rica da juventude de todos os tempos, até agora.
Um jovem, permitam-me afirmar, da minha faixa etária, com mais de sessenta, mas inteiro, com uma cabeleira muito bonita, branca totalmente, mas, por inteiro repito, sem nenhuma falha. A memória continua jovem (apesar dos seus 69) e o papo de um senhor, que hoje divide esses momentos, com o seu trabalho no escritório de contabilidade.
Lembro-me dele, desde a época de dois conjuntos famosos – The Gentlemans e Selenitas, os quais ele integrou, como um dos bateristas dos mais competentes.
Gentlemans, um dos melhores conjuntos de João Pessoa e da Paraíba,
na  época da Jovem Guarda. Integrantes: Mário Fernandes, Hugo
Guimarães (Huguinho), Célio (Celinho) e Givaldes Roque
A juventude de João Pessoa, principalmente, não se cansava de prestigiar e aplaudir esses dois grupos, que foram motivos de orgulho para os jovens do período, em que dançávamos e cantávamos, é certo, embalados pelo Beatles, Roling Stones, Creendence, Roberto Carlos e Erasmo, Vanusa, Jerry Adriani, mas, também, com os sucessos dos nossos valores, Gentlemans e Selenitas, esses conjuntos, dos nossos Mário Fernandes, grande baterista, ele, nos Selenitas e Gentlamans, ao lado dos irmãos Gilson e Geisa Reis, vindos de Campina Grande, onde atuaram na Rádio Borborema, na época de ouro do auditório da então emissora dos Diários Associados, Tarcísio, Júnior e Jarbas Mariz (isso, final dos anos 60 e começo de 78) e, Dandan e Huguinho Guimarães (guitarra) e Givaldes Roque (baixista), ainda no final dos anos 60 e metade dos anos 70.
 
Gilson Reis, Dandan, Tarcísio, Mario, Júnior e Jarbas Mariz, integram
Os Selenitas, que também balançou a Jovem Guarda paraíbana  
Mário Fernandes dividiu essas duas épocas nesses conjuntos, quando também brilhavam – e ele faz questão de ressaltar – conjuntos como o de Ogírio Cavavalcanti, de grandes nomes, entre eles, o próprio Ogírio e Gabmar Cavalcanti (seu irmão), Zé Maria (Violão), Giovanni (bateria), Arlindo e Golinha (Piston), Ronaldo Soares e Silvinha de Alencar (cantores), entre outros. “Como não lembrar ainda, os meninos de Monteiro, com o famoso “O Jovens”, integrado pelo Flávio José, atualmente um dos grandes nomes da música popular nordestina’ – arremata Mário Fernandes.
 Falando sobre o começo de tudo, ele evoca os anos em que estudou no Lins de Vasconcelos, que contava com a maioria dos integrantes desses conjuntos, nos quais atuou. Ele lembra, que desse importante momento, uma presença foi marcante na história da música paraibana. Estava surgindo o grande Zé Ramalho, um nome para ele dos mias do cancioneiro nordestino.
Os jovens Jarbas Mariz, Zé Ramalho e Huguinho (Hugo Guimarães)


“Ressalto, que meu primeiro momento na música foi no The Gentlemans, o qual deixei, em 1978, e participei da fundação dos Selenitas. Aliás, o conjunto “Pedras Rolantes”, foi o conjunto que encontrei, quando saí do Gentleman. O nome Pedras Rolantes mudou para Selenitas”.  Para o conjunto, Mário lembra que levou os amigos Gilson e Geisa Reis, que inclusive, residiram em sua casa. 

Recorda ainda, que o conjunto começou a parar, por conta das formaturas de muitos dos integrantes, e, consequentemente, a busca de outros espaços na vida, como novos profissionais. A morte da mãe do amigo Jarbas Mariz, também contribuiu para isso. “Ficamos muito tristes – ressalta Mário – pois éramos muito amigos. A Partida de Gilson e Geisa, para Rio de Janeiro, foi ainda um motivador do final do conjunto. Eles foram cantar no Rincão Gaúcho, para onde eu fui, também, tempos depois.”

Mário Fernandes faz questão de destacar presenças importantes, durante sua trajetória como músico. “Como esquecer Waltinho, um excelente acordeonista, do baterista Lelo, no Pedras Rolantes (já falecido), além de Givaldes, Zé Ramalho e Poti, no conjunto que tinha o nome de ELES? Todos eles, músicos de primeira linha – diz.”

Uma colocação do amigo Mário Fernandes, que me chamou a atenção. “Diferentemente dos músicos de hoje, amigo Gilson, nós não bebíamos durante toda um a apresentação ou festa. Normalmente, cumpríamos a obrigação profissional, cantando, animando a programação para a qual fomos contratados. Somente após, tomávamos nossa cervejinha (kkkk), quando, é claro, enchíamos a lata. Haja cerveja (boa gargalhada) !!!

Finalizando, Mário afirma ter saudades daqueles momentos, época de uma juventude sadia, de mais empolgação do que vícios, de mais amor pela música, pela arte e cultura, de mais respeito aos valores humanos. Hoje, quando quero lembrar aqueles tempos, saio com a esposa para encontrar os amigos, e, não me envergonho de pegar as baquetas e tocar o instrumento que mais gosto, a BATERIA, minha companheira de tantos anos, nos tempos dourados da Jovem Guarda.    

NOTA - Dois pauzinhos que servem para tocar instrumentos de percussão.   




6 de fevereiro de 2018

Glossário

Jargões Jornalísticos


Suíte

Continuação, seqüência. Desdobramento de uma notícia já publicada anteriormente com novas informações.
Seção
Parte de uma publicação onde se agrupam informações do mesmo gênero, ou sobre um mesmo tema.
Redação
(1) Conjunto de pessoas que redigem regularmente para um determinado periódico, editora, agência de notícias, estação de rádio ou TV, etc.
(2) Lugar onde trabalham os redatores.
Política Editorial
Conjunto de diretrizes que norteiam a definição de linhas editoriais em uma empresa de comunicação, caracterizando sua posição no contexto cultural e político.
Pirâmide invertida
Disposição das informações, por ordem decrescente de importância, em um texto jornalístico, ou seja, as informações mais atuais e importantes vêm na abertura do texto.
Pingue-pongue
Entrevista editada na forma de diálogo, com perguntas e respostas.
Perfil
Tipo de entrevista que utiliza aspectos biográficos e pessoais para mostrar ao público características, idéias, opiniões e traços do entrevistado.
Pasquim
Jornal insolente, injurioso, mordaz e satírico.
Pauta
(1) Agenda ou roteiro dos principais assuntos a serem abordados no noticiário.
(2) Planejamento esquematizado do assunto a ser coberto pela reportagem

5 de fevereiro de 2018

Meus tempos de publicidade

Uma mensagem comercial dos anos 80. Um comercial da empresa J. Lira Braga, representante da Chevrolet. Foi no lançamento do Monza, o carro da época!




4 de fevereiro de 2018

Fotojornalismo


Foram as revistas ilustradas as pioneiras no uso da fotografia. Nos jornais, no entanto, a fotografia passou por momentos conturbados ao longo do processo de implantação no Brasil. As dificuldades técnicas de impressão, a censura política, nos anos difíceis das ditaduras, no período Vargas e 1964. Nesses dois momentos da vida nacional, repórteres fotográficos fizessem uso das imagens como alternativas para retratar determinada situações, impossíveis de serem destacadas nos textos.
No período 1910/1920, durante a Primeira Guerra Mundial, foi significativa a atuação dos fotógrafos, em todos os países, com formação de equipes, para o registro desse momento.
A partir dos anos 20, do século passado, foram criados equipamentos que permitiram maior mobilidade aos fotógrafos. A partir de 1930 a fotografia ganhou mais velocidade na sua transmissão.
Mas, a partir de 1940 o fotógrafo passou a ser visto de forma diferenciada, assinando os seus trabalhos fotográficos. E, dez anos depois, a partir do início dos anos 50, as fotorreportagens, que antes somente encontravam espaço nas revistas semanais, ganharam força, reforçando os textos jornalísticos nas páginas dos jornais, não apenas em nosso país, mas, no mundo inteiro.
Com o fim do domínio militar no Brasil, nos anos 80, o jornalismo impresso passou a viver um novo momento, produzindo mais informações, não apenas com uma maior tranquilidade, mas, com uma qualidade de aprofundamento do seu material informativo. A ilustração fotográfica, certamente, deu mais beleza à produção jornalística e, as suas imagens, uma credibilidade ao que diziam os textos elaborados.
E vieram as inovações tecnológicas, com novas lentes, com as objetivas usadas no fotojornalismo, grande angular, normal e teleobjetivas, possibilitando, aos diversos gêneros do jornalismo, mais qualidade e quantidade de material.  

 Foram as revistas ilustradas as pioneiras no uso da fotografia. Nos jornais, no entanto, a fotografia passou por momentos conturbados ao longo do processo de implantação no Brasil. As dificuldades técnicas de impressão, a censura política, nos anos difíceis das ditaduras, no período Vargas e 1964. Nesses dois momentos da vida nacional, repórteres fotográficos fizessem uso das imagens como alternativas para retratar determinada situações, impossíveis de serem destacadas nos textos.
Numa simples foto, o retrato da violência humana
No período 1910/1920, durante a Primeira Guerra Mundial, foi significativa a atuação dos fotógrafos, em todos os países, com formação de equipes, para o registro desse momento.
A partir dos anos 20, do século passado, foram criados equipamentos que permitiram maior mobilidade aos fotógrafos. A partir de 1930 a fotografia ganhou mais velocidade na sua transmissão.
Mas, a partir de 1940 o fotógrafo passou a ser visto de forma diferenciada, assinando os seus trabalhos fotográficos. E, dez anos depois, a partir do início dos anos 50, as fotorreportagens, que antes somente encontravam espaço nas revistas semanais, ganharam força, reforçando os textos jornalísticos nas páginas dos jornais, não apenas em nosso país, mas, no mundo inteiro.
Com o fim do domínio militar no Brasil, nos anos 80, o jornalismo impresso passou a viver um novo momento, produzindo mais informações, não apenas com uma maior tranquilidade, mas, com uma qualidade de aprofundamento do seu material informativo. A ilustração fotográfica, certamente, deu mais beleza à produção jornalística e, as suas imagens, uma credibilidade ao que diziam os textos elaborados.
E vieram as inovações tecnológicas, com novas lentes, com as objetivas usadas no fotojornalismo, grande angular, normal e teleobjetivas, possibilitando, aos diversos gêneros do jornalismo, mais qualidade e quantidade de material.  

No fotojornalismo social fotografia sobre política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da sociedade. Essa qualidade de imagem você encontra hoje, nos bons trabalhos do fotojornalismos esportivo,  Cultural e policial.
A fotografia, atualmente, quando bem trabalhada por jornalista fotográfico cuidadoso, inteligente, proporciona a comlementação da mensagem de um bom texto. Às vezes é mais expressiva do que o príoprio texto. Num flagrante do dia a dia, numa reportagem esportiva, policial ou social, a fotografia tem um peso considerável, podendo, valorizar o trabalho realizado pelo profissional e pelo próprio jornal.
Com o encerramento das atividades de muitos impressos, pelo menos neste segmento, os espaço para o jornalismo fotográfico diminuiu bastante. Mas, graças ao crescimento das rede sociais, esse segmento ganha novas oportunidades, ganha um novo alento. As perspectivas de empregabilidade do setor, principalmente para os que não se acomodaram, dão ao fotógrafo e ao jornalismo fotográfico a convicção de que a profissão está viva. As ferramentas da Rede estão à disposição. Continuaremos, certamente, a contar, como já estamos contando, com a participação desse profissional, nos presenteando com importantes peças do bom fotojornalismo.     

No fotojornalismo social fotografia sobre política, de economia e negócios e as fotografias de fatos gerais dos acontecimentos da sociedade. Essa qualidade de imagem você encontra hoje, nos bons trabalhos do fotojornalismos esportivo,  Cultural e policial.
A fotografia, atualmente, quando bem trabalhada por jornalista fotográfico cuidadoso, inteligente, proporciona a comlementação da mensagem de um bom texto. Às vezes é mais expressiva do que o príoprio texto. Num flagrante do dia a dia, numa reportagem esportiva, policial ou social, a fotografia tem um peso considerável, podendo, valorizar o trabalho realizado pelo profissional e pelo próprio jornal.
Com o encerramento das atividades de muitos impressos, pelo menos neste segmento, os espaço para o jornalismo fotográfico diminuiu bastante. Mas, graças ao crescimento das rede sociais, esse segmento ganha novas oportunidades, ganha um novo alento. As perspectivas de empregabilidade do setor, principalmente para os que não se acomodaram, dão ao fotógrafo e ao jornalismo fotográfico a convicção de que a profissão está viva. As ferramentas da Rede estão à disposição. Continuaremos, certamente, a contar, como já estamos contando, com a participação desse profissional, nos presenteando com importantes peças do bom fotojornalismo.     



3 de fevereiro de 2018

Glossário


 Jargões Jornalísticos
Lead ou Lide

Abertura de texto jornalístico, na qual se apresenta sucintamente o assunto ou se destaca
fato essencial da história. O lide clássico é deve responder as seguintes perguntas: 
Quem? O quê? Quando? Como? Onde? Por quê?



Entrevista

Trabalho de apuração jornalística que pressupõe contato pessoal entre o repórter e uma ou mais pessoas que se disponham a prestar informações sobre um assunto. No jornalismo impresso, quando publicada na forma de perguntas e respostas é chamada de pingue-pongue.


Entrevista coletiva

Tipo de entrevista em que a personalidade atende a imprensa em conjunto, respondendo às perguntas dos repórteres de diversos veículos de comunicação.

Jabá
Forma abreviada de jabaculé. Corrupção no serviço de um profissional da comunicação. Pagamento “por fora.

Lauda
Atualmente corresponde a um texto de 1.400 caracteres com espaço. É o jargão jornalístico
 usado para definir a quantidade de texto a ser produzido na matéria/reportagem. 
Por exemplo, um texto de 2 laudas tem 2.800 caracteres com espaço. 
Antes da informatização das redações o termo expressava também a folha padronizada 
usada para datilografar as matérias (21 linhas X 70 toques).

Janela
Espaço aberto dentro de qualquer matéria ou elemento da página, emoldurado ou não por 
fios, para colocação de olho, retranca, ilustração, quadro etc.
Legenda
Texto breve que acompanha uma ilustração ou foto.
Manchete
Título principal, publicado com grande destaque. Indica o fato de maior importância na edição.

Newsletter
Boletim informativo periódico, com notícias ou mensagens de interesse especial para um público restrito.
Olho
O mesmo que antetítulo. Pequeno trecho destacado da matéria, diagramado em corpo maior e colocado em janelas.



Por hoje é só! Viu como a linguagem jornalística é interessante?


2 de fevereiro de 2018

Nunca aprendi a nadar

Antigo Açude, anos 50, quase sem nenhuma urbanização
O meu Açude Velho sempre me chamou a atenção. Um espelho d’água belíssimo, que marcou e continua marcando a vida de uma cidade, do seu povo, e de mim. Desde criança, que sua imagem me encanta.
Nos anos 40, ainda com ligação à lagoa dos Canários
Aliás, o velho açude, sempre mexeu com os meus olhos e com a minha imaginação. Foi e continua sendo responsável por duas coisas que ainda fustigam a minha mente. Uma, porque, mesmo tendo vivido tantos anos bem pertinho dele, acompanhado as brincadeiras da meninada mergulhando em suas águas, nunca aprendi a nadar. Ficava sempre à distância, vendo a algazarra da molecada. Minha mãe sempre repetia: “Não quero vê-lo perto do açude, pois é ‘perigoso!” É claro que eu atendia, e, obedecia.
Hoje, com os seus belos prédios
O outro motivo que me faz nunca esquecer o meu bonito Açude Velho foi a morte de um dos grandes amigos de infância, o colega de escola, o vizinho Clóvis, um dos meninos de Dona Zefinha e Seu Nanô, amigos da minha família.
Ele sabia nadar! Ninguém sabe o que aconteceu. O amigo saiu para ir até a barbearia do pai e não mais voltou para casa. Digo, voltou, mas morto!   “VOCÊ QUER IR COMIGO ATÉ A BARBEARIA DO MEU PAI?” Foi o que me perguntou Clóvis, ao passar em nossa residência, antes de mergulhar no açude e nunca mais voltar. Eu estava na sala, ao lado de mamãe. Não aceitei, pois esperava papai para o jantar. Mamãe também não iria deixar.
Às seis horas em ponto, todos estavam ao redor da mesa. Diferente de hoje, não é verdade? É, eu não fui! Meu amigo foi., sozinho... e morreu!
“Mamãe, eu deveria ter ido, pois, certamente, meu amigo não teria morrido” – disse. Mamãe Sophia prontamente me respondeu. “Filho, você não sabe nadar”. As lágrimas ainda hoje chegam aos meus olhos quando lembro aquele dia.
O sol repousando nas águas do Velho Açude, ao
entardecer

O Açude Velho continua lindo! Continua sendo um cartão postal da cidade. Diferentemente daquele tempo, quando a claridade era apenas pelos reflexos das noites de lua em suas águas, das poucas luzes dos postes ao seu redor, hoje, o bem urbanizado açude, com bonita iluminação e suntuosos edifícios residenciais, continua mexendo com os meus pensamentos. Ainda é parte integrante da minha vida. Eu só não me perdoo é o fato de nunca ter aprendido a nadar!