Projeto desenvolvido no Campus de Catolé do Rocha pretende gerar cadeia produtiva de pinhão manso e girassol
O Câmpus V da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Catolé do Rocha, está desenvolvendo experiências de campo que visam melhorar a qualidade de plantas capazes de gerar uma cadeia produtiva na região. As experiências práticas realizadas dentro do “câmpus fazenda” têm procurado encontrar formas de impulsionar a economia do Sertão paraibano. Atualmente está em fase de experimento um trabalho que visa descobrir o potencial econômico do pinhão manso.
Iniciado no começo deste ano, o projeto está sendo desenvolvido graças a uma parceria que a UEPB firmou com a Embrapa Algodão. Para isso, cinco procedências de pinhão manso foram inicialmente plantadas na área. As sementes cultivadas já floresceram e hoje a área ocupada por pinhão conta com cerca de 100 plantas. O professor Josemir Maia, responsável pela pesquisa, conta que inicialmente será produzido um banco de germoplasma, que são unidades conservadoras de material genético da planta.
Ele explica que a Embrapa Algodão dispõe de uma coleção de sementes de diversas procedências que estão envelhecendo e precisam ser renovadas a cada ano. Para que sempre existam sementes novas, a empresa recorreu ao potencial do Câmpus IV da UEPB, garantindo, assim, a produção de novas plantas a serem utilizadas em futuras pesquisas.
A partir deste ponto, a UEPB tem a pretensão de aproveitar o experimento para realizar projetos de iniciação científica, fazendo testes em diversas áreas. O professor releva que o foco é extrair o óleo da planta para a produção de biodiesel. “Estamos trabalhando para gerar economia com esta planta”, destacou o professor, acrescentando que o pinhão manso tem uma grande diversidade de produtos, podendo ser utilizado para formar toda uma cadeia produtiva, como a fabricação de tortas para ração animal e até atividades medicinais, anti-inflamatórias e anticancerígenas. Como são plantas perenes, que sobrevivem em período de longa estiagem, as plantas podem ser cultivadas durante todo o ano.
Girassol adaptado ao ambiente do semiárido
O Câmpus de Catolé do Rocha também está desenvolvendo uma pesquisa que visa adaptar o girassol ao ambiente do semiárido paraibano. Sob a responsabilidade do professor Josemir Maia, a pesquisa, realizada graças uma parceria firmada entre a UEPB e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), já começa a dar resultados. Professores e estudantes realizaram um ensaio inicial com 10 genótipos de girassol (composição genética da planta), recomendados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, pela UFRN e pela Embrapa Algodão.
Inicialmente eles plantaram as espécies de girassol e, com a perspectiva de ver a planta se transformar em uma grande fonte de renda para a região, aprofundaram as pesquisas, estudando a fisiologia da planta. Para isso, os pesquisadores pegaram os cinco genótipos mais produtivos do ensaio anterior e replantaram para confirmar a potencialidade da espécie.
O objetivo é explorar o potencial da planta como forma de impulsionar a economia da região sertaneja, já que Catolé do Rocha tem especialidade nos campos da agricultura e da pecuária. O girassol, conforme destacou o professor, é uma fonte muito grande de proteínas, podendo ser usado para extrair mel e para a produção de torta e outros produtos. A própria folha e o caule da planta também podem ser usados para a produção de ração animal, fortalecendo a pecuária da região.
A pesquisa também está sendo desenvolvida no sentido de realizar a extração do óleo de girassol, que pode gerar inclusive interesse da indústria de biodiesel. “Nesse sentido, a Universidade pode, no futuro, firmar parceria com uma refinaria de petróleo que funciona em Mossoró (RN). Mesmo a produção de girassol sendo pequena na região, ela pode dá origem a toda uma cadeia produtiva”, observou o professor.
Além do professor Josemir Maia, estão envolvidos no projeto o professor Edivan Silva Nanes Junior, diretor do Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA); a professora Elaine Gonçalves e estudantes do Câmpus IV.
Abril Verde: Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas promove atividades de promoção à saúde do trabalhador
Durante todo o mês de abril, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) estará promovendo a campanha “Abril Verde”, que visa desenvolver uma série de atividades vinculadas à saúde do trabalhador na Instituição. Ao longo das ações aplicadas no Câmpus de Bodocongó, em Campina Grande, os servidores terão acesso a vários momentos onde a qualidade de vida dos trabalhadores será o foco principal.
Serão desenvolvidas atividades como a apresentação do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais no Departamento de Química da UEPB; treinamentos para entrega de Equipamento de Proteção Individual (EPI) em diversos setores da Instituição; além do encaminhamento ao Conselho Universitário (Consuni) da proposta de criação do procedimento interno de acidentes de trabalho.
A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas também confirmou que serão promovidos diversos eventos juntamente com o Centro Regional em Saúde do Trabalhador (CEREST), em Campina Grande e ao Comitê Permanente Regional sobre condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção (CPR – CG). Nesses momentos serão discutidas medidas de prevenção de acidentes assim como a melhoria das condições de trabalho.
A realização e participação da UEPB no “Abril Verde” foram motivadas devido à celebração do Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, que acontece no dia 28 de abril e cada ano, em alusão uma tragédia ocorrida no ano de 1969, nos Estados Unidos, que resultou na morte de 78 trabalhadores. Ao longo de todo o mês o Museu do Artista Popular da Paraíba (MAPP), entrada principal e o prédio da Administração Central estarão iluminados na cor verde em alusão à data.
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