15 de março de 2013

Saudades da Rádio Caturité


Na Rádio Caturité de Campina Grande, em 1965, o início da minha atividade jornalística. Foi um momento importante para mim, pois no departamento de jornalismo da emissora campinense, com o apoio de excelentes profissionais pude preparar-me para um ofício difícil. “Difícil, divertido e pouco rentável”, me afirmou certa vez o meu saudoso colega Edmilson Antonio, diretor que me recebeu de braços abertos e acreditou nas minhas tendências para o trabalho jornalístico.
Prédio sede da Rádio Caturité de Campina Grande, na Rua João Pessoa \  
Gratificante poder iniciar no rádio ao lado de nomes como Kalil Félix, Mac Dowel Hollanda, Wilson Ribeiro, Sérgio Reis, Luismar Resende, Evandro Barros, Enildo Siqueira, Deodato Borges, Carmem Cícera, Dora Guimarães, José Tenório, Gilberto Carvalho, Magidiel Lopes, Clóvis de Melo, Ary Ribeiro, Severino Félix, Eudes Toscano, Alberto de Queiroz e tantos outros nomes, que formaram uma das maiores equipes do radio de nosso estado. Nesse período de 1965 a 1970, quando saí para os Diários Associados, dois nomes não poderiam ser esquecidos, José Stênio Lopes e José Cursino de Siqueira, que desenvolveram administrações extremamente operosas à frente da Caturité.
Stênio Lopes, mesmo dividindo o seu tempo, de diretor da emissora e diretor regional do SENAI, notabilizou-se pelo carinho e zelo para com a equipe de radialistas, pelas contratações de bons profissionais, pagamento de salários acima do que era oferecido pela concorrência e uma luta, permanente pelas primeiras colocações nas pesquisas, que na época já eram feitas pelo IBOPE, mais acreditado do que hoje. Fez uma rádio de respeito e com qualidade em termos de programação, formando uma equipe que marcou época na radiofonia do nosso estado. E foi seguido nesse seu desejo de fazer um bom rádio pelo competente José Cursino de Siqueira, que manteve, também, uma equipe de primeira linha, além de ter procurado, permanentemente, oferecer ao público um trabalho jornalístico sério e ético.
Tenho saudades da minha Caturité, das crônicas de Stênio Lopes e Cursino de Siqueira, lidas diariamente por mim ao meio dia. E como esquecer os programas humorísticos e as novelas (As Aventuras do Flama, Teatro do Outro Mundo, etc ) produzidos por Deodato Borges.Tenho saudades desse rádio feito com carinho, bem produzido, bem mais profissional e sem tanto comprometimento político como estamos vendo, principalmente na Paraíba.  



5 comentários:

  1. Lembro bem do Sr Gilson Souto. Dono de uma voz que só ele tem. A interpretação da Ave Maria é algo que marcou e marca até os dia atuais.

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  2. Queria saber qual a data em que foi levada ao ar, a Ave Maria na voz do fenômeno Gilson Souto Maior.

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  3. Resido em J. Pessoa, mas sempre que posso, às 18hs, sintonizo pela internet a Rádio Caturité, para ouvir a Ave Maria. Acredito ser a mais bonita do Brasil!

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