Com um mundo de
treinador jogar futebol no Brasil não é nada fácil. É um país de apaixonados
por esse esporte e onde todo torcedor se considera um técnico, quando não um
grande conhecedor dessa paixão nacional. Com isso, haja crítica sobre jogadores
e seleção.
Eu, pelo menos, aceito
paixão exagerada do torcedor, mas, nunca, de analista esportivo. Aquele que tem
a obrigação de comentar sem torcer, sem distorcer, digo melhor, pois este termo
talvez se encaixe com mais propriedade quanto ao comportamento de certos
profissionais que comentam o futebol. E são muitos os enganadores.
Brasil e Itália: jogo bem disputado, como sempre tem acontecido quando se encontram |
Acompanhar um jogo da
seleção brasileira, por exemplo, é algo irritante, notadamente pela televisão,
quando você está vendo o desenrolar de um jogo e o comentarista diz o que o
telespectador não está vendo.
Acompanhei a partida
entre, Brasil e Itália e, fiquei impressionado com os comentários sobre
determinados jogadores, especialmente das observações sobre o atacante
paraibano Hulk. O Neymar, não foi esse primor, aparecendo muito bem apenas nos
lances dos gols e nada e mais. Nem por isso, podemos crucificá-lo, mesmo que
ele tenha tido fracos desempenhos em jogos anteriores do selecionado. Quanto ao
Hulk, não é de agora que tenho observado um notório desejo de alguns cronistas
do eixo Rio-São Paulo em substituir o jogador nordestino por outro daquelas
bandas. É discriminação mesmo. É difícil para um atleta de futebol de a nossa
região vencer nesses centros esportivos. O Hulk que se cuide!
Mas, o que se sente é
uma crônica esportiva comprometida, ainda vivendo de saudades dos ultrapassados
“Ronaldinho e Kaká” e insistindo em achar que Fred, já cansado, será o mesmo
como atacante na Copa do Mundo.
Sobre isso, não tenho
receio em fazer tal afirmação, pois não é de agora que acompanho o futebol, podendo
falar com uma autoridade de quase cinquenta anos de profissão, não suportando,
portanto, ter que suportar as bobagens de alguns “CRONICOS” dessa nossa
televisão.
Sobre o jogo mais
precisamente, quem o acompanhou pode observar, que o Brasil e Itália
apresentaram altos e baixos, numa alternância de jogadas boas e ruins.
Ainda assim, o
rendimento do Brasil foi de regular para bom, chegando a impressionar durante
alguns momentos do jogo, mesmo levando-se em consideração alguns desfalques
(Tiago e Marcelo) e ser uma equipe em formação, diante de uma seleção italiana
que vem jogando na Copa Europeia, já com um conjunto definido, onde os atletas
jogam juntos há certo tempo. Diria até e acredito que você deve concordar
comigo, no tocante ao resultado final.
O placar foi justo
pelas falhas dos dois times. Mais do que virtudes. Repito o que disse
anteriormente: durante todo o jogo houve uma alternância de comportamento
técnico das seleções, com o Brasil aproveitando momentos ruins do adversário,
fazendo gols justamente num período em que as maiores oportunidades, mas, não
aproveitadas, foram da Itália. Isto foi no primeiro tempo. Na segunda etapa,
uma Itália que surpreendeu e conseguiu o empate nos primeiros minutos, com uma
acomodação das duas seleções após o empate Azurra.
Mas, num cômputo geral
foi um bom jogo, onde o Brasil nos deu a esperança de melhores apresentações nas
próximas partidas.
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