13 de abril de 2018

SER JORNALISTA!


Ser Jornalista!

Gilson Souto Maior 

“Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte’’. A afirmação é de Gabriel Garcia Márquez, escritor, jornalista, editor, ativista e político. Considerado um dos autores mais importantes do século XX. Nasceu em 1927, tendo falecido em 2014.
É, sem dúvida, um ofício incompreensível, até mesmo para alguns que estão no batente, que, esquecidos do que aprenderam nos bancos universitários, ou mesmo na prática, no dia a dia, não entenderam, na verdade, a sua importância. Não apenas de informar, mas, ainda, de formar a opinião pública. Estão fazendo isso?

Gilson Souto Maior, ao lado de uma das primeiras câmeras,
utilizadas pela TV Borborema, em 1964. Ainda em 1970, ele
trabalhou diante dessa câmera valvulada, também utikizada
nos primeiros anos da TV TUPI-SP 
Na revista, no rádio ou televisão, na mídia impressa ou digital, nas assessorias, na publicidade e propaganda, nas múltiplas funções exercidas pelo jornalista, como seria importante vê-lo atuar com imparcialidade, seriedade, respeito ao seu público, ser ético. Para muitos, e, na verdade, hoje, uma maioria, o que vemos? Infelizmente, vemos jornalistas, quando, não amedrontados por quem tem dinheiro e força política, por esses, são comprados, manipulados, usados, corrompidos. Os verdadeiros jornalistas, que não se sujeitam a certos tipos de falcatruas e de recebimentos graciosos de salários, somente para bajular, não têm vez, são descartados.
Lamentavelmente, verdade, atualmente, é coisa feia, em desuso! Hoje, tenho medo desses chamados poderosos, pois a prevalência deles neste momento difícil da vida brasileira, mesmo mentindo para o povo, parece-me, como bem afirma Friedrich Nietzsche, que ‘OS ERROS DE GRANDES “HOMENS” ... são mais fecundos que as verdades de pequenos’. Neste momento, verdadeiramente, sinto-me pequeno.
Mas, quero continuar pequeno, mas quero poder andar de cabeça erguida, com os meus se orgulhando de mim, com os meus amigos, verdadeiros colegas, acreditando nas minhas atitudes e, agindo como diz George Bernard Shaw – ‘A MINHA FORMA DE BRINCAR É DIZER A VERDADE. É A BRINCADEIRA MAIS ENGRAÇADA DO MUNDO’.      
Apesar de tudo, tenho orgulho da minha profissão. Ser jornalista é motivo de orgulho para mim. Somente diria para finalizar aos meus amigos de profissão, uma pequena frase, que eu li e não me lembro, “NUNCA PERCA SEUS VALORES ÉTICOS PARA OBTER VALORES FINANCEIROS. 


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