13 de novembro de 2014

UMA RESPOSTA A UM ATEU SINCERO.

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Pr. Gilson Souto Maior Jr - Igreja Batista do Estoril - Bauru-SP

Semana passada (09/11/2014) escrevi uma pastoral – “Você precisa de Deus” – onde coloquei de forma direta uma crítica àqueles que tentam desqualificar a questão do Sagrado e do Divino na existência humana. Meu objetivo era mostrar a clareza da limitação humana e a necessidade do Ser Supremo na existência.
Como de costume, muitos acabam compartilhando meus textos. Num desses textos compartilhados por um irmão da Igreja, alguém fez um comentário que reproduzo agora: “Muito me admira alguém como você publicar um texto desse. Cristãos sempre reclamam de perseguição e preconceito. No entanto publicam um texto rotulando pejorativamente os Ateus, dizendo que são seres orgulhosos, cheios de si e um pouco "esnobes". Assim como existem cristãos homofóbicos e intolerantes existem Ateus que admiram a vida é conseguem tangenciar a escala das coisas do universo. Eu prefiro minhas explicações com bases lógicas, você prefere as suas ancoradas em um ser supremo. O que não devemos é propaganda contra convicções alheias. Principalmente uma que é o meio mais Pacífico de entender o mundo natural e suas belezas. Você jamais verá um Ateu fazendo um atentado terrorista ou declarando guerra por que alguém discorda dele em como o mundo foi formado. Triste ver que pessoas ilustradas como você ainda carregam esse tipo de ranço ideológico” (Resposta de Alguém sincero). Diante de tal reação não poderia deixar de responder com a mesma sinceridade.
O autor da resposta disse que nós cristãos reclamamos de perseguição e preconceito. Não reclamamos, apenas dizemos o que é fato inquestionável. Em todo o mundo os cristãos são perseguidos e sofrem preconceito; no Ocidente através da indiferença e de leis que tentam nos calar quanto à expressão de nossa fé e de nossas convicções; no Oriente, através de regimes totalitários e de grupos extremistas. Os dados foram colhidos pelo International Institute of Religious Freedom (Instituto Internacional de Liberdade Religiosa), que conta com a atuação de profissionais em diferentes países do mundo. A maior fonte de perseguição à Igreja em 2013 foi o extremismo islâmico. Dos 50 países listados na Classificação da Perseguição Religiosa, 36 deles apresentaram essa tendência, principalmente na África. Seria possível dizer que a Classificação de 2014 mostra que a perseguição aos cristãos está se tornando mais intensa em mais países, espalhando-se pelo continente africano. Os dez países mais hostis aos cristãos tratam-se de nações que passam por sérios problemas em seu governo: Somália, Síria, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Iêmen. Junto a eles, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Maldivas e Irã completam a primeira dezena de países em que ser cristão é, praticamente, uma prova de resistência.
O autor diz que falamos de forma pejorativa sobre os ateus. Nego isso veemente; o orgulho ateu é uma característica desse movimento, principalmente porque se fundamenta numa ideia aparentemente racionalista e científica. Qualquer coisa que não se enquadre nas perspectivas ateístas é jogada fora e menosprezado. Por exemplo, os ateus oferecem quatro razões para a não existência de Deus: 1) a existência do mal; 2) a aparente falta de propósito da vida; 3) ocorrências aleatórias no universo; 4) a primeira lei da termodinâmica, segundo a qual “energia não pode nem ser criada nem destruída” como evidência de que o universo é eterno, e logo, não precisa de um Criador.
Sobre a questão um (1) o que podemos dizer é que o pensamento ateu é circular. C.S. Lewis, um ex-ateu, disse que, para saber que há injustiça no mundo, é preciso haver um padrão de justiça. Eliminar Deus efetivamente por causa do mal é postular um padrão moral supremo para declara que Deus é mau. Não há como existir uma lei moral suprema sem um Provedor supremo da lei moral. Quanto a aparente falta de propósito (2), precisamos dizer que, ao supor que a vida não tem um propósito, faz do ateu um juiz presunçoso e prematuro. Como se pode saber que não há um propósito supremo no universo? Só porque o ateu não sabe qual seja esse propósito? Isso não significa que Deus não exista. Acerca do suposto caráter aleatório do universo (3) não refuta Deus. Algumas casualidades são apenas aparentes, não reais. Quando o DNA foi descoberto, muitos pensavam que ele se dividia aleatoriamente. Agora, os cientistas conhecem o incrível e complexo padrão envolvido na divisão da molécula de hélix dupla. Até as casualidades têm um propósito inteligente. As moléculas de dióxido de carbono são exaladas aleatoriamente com o oxigênio, mas com um bom propósito. Se não fosse assim inalaríamos os mesmos gases venenosos que exalamos. E os ateus geralmente citam – de modo incorreto – a primeira lei científica da termodinâmica (4). A ciência como ciência não trabalha com afirmações de pode ou não pode; a ciência operacional lida com aquilo que é ou não é, baseada na observação. A 1ª lei não trata absolutamente nada sobre a origem ou a destruição de energia, mas apenas de uma observação sobre a presença contínua de energia no cosmo. Ela não pode ser usada para dizer que não existe um Criador.
E finalmente, a relação entre cristãos homofóbicos e intolerantes e ateus que conseguem tangenciar a escala de coisas do universo, não significa coisa alguma. O ser humano em si (religioso ou não) sofre com a corrupção de sua natureza humana. Homofobia, intolerância, orgulho, prepotência e qualquer outra atitude pecaminosa são realizados pelo ser humano, não importa seu credo ou sua descrença. Quando cristãos são intolerantes e fazem o que a Escritura não diz, pecam tanto quanto um ateu com sua arrogância científica.
Os ateus deveriam ser muito cuidadosos ao falar de atrocidades e guerras, acusando o cristianismo ou a religião, como fonte dessas coisas. A ideologia comunista tem em suas raízes um viés totalitário e terrorista. Marx (1818-1883) e Engels (1820-1895) em Agosto de 1843 escreveram um tratado Sobre a questão judia, em que dizem: “Com efeito: Nos períodos em que o Estado político enquanto tal nasce violentamente da sociedade civil, quando a autoemancipação humana aspira por realizar-se sob a forma da autoemancipação política, o Estado pode e deve seguir em frente até à abolição da religião, até à aniquilação da religião, porém assim o faz apenas na medida em que avança até à supressão da propriedade privada, até ao máximo, até à confiscação, até ao imposto progressivo, tal como vai adiante até à supressão da vida, até à guilhotina” (Berlim : Dietz, Vol. 1, pp. 357, 367). Na antiga União Soviética igrejas e monastérios foram destruídos. Entre 1917 a 1969 cerca de 40 mil igrejas na Europa Oriental, 7 mil templos no Tibete, 440 templos budistas na Coréia do Norte e 220 templos no Vietnã foram destruídos. A ideologia ateísta levou a uma perseguição ao cristianismo e a toda e qualquer manifestação religiosa.
A pessoa que escreveu contra a postagem feita na rede foi sincero. Não o conheço, mas admiro sua coragem em expressar suas opiniões, embora não concorde com ela. Entretanto, creio que ele tenha esse direito de ver a vida sem um Ser Supremo; ele acha que suas convicções são pacíficas na compreensão do mundo natural. Entretanto, se ele é fruto do acaso e contempla o mundo natural e suas belezas, será que nunca lhe passou na mente que toda a criação necessita de um Criador? Qual a diferença entre crer no “Big-Bang” ou no Eterno? Precisamos de fé tanto num quanto noutro; mas a fé baseada num Criador inteligente, sábio e pessoal confere à existência uma condição muito mais racional do que meramente acreditar que tudo surgiu de uma explosão e que formou uma beleza e complexidade admiráveis. Crer em Deus não é uma ficção; é crer na única Razão verdadeira!

O insensato diz no seu coração: Deus não existe [...]” (Salmo 14:1a)
Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Salmo 19:1)
Pela fé, entendemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de modo que o visível não foi feito do que se vê” (Hebreus 11:3)

Tenha uma boa semana em Cristo
Fraternalmente, Pr. Gilson Jr.


Produção de novos medicamentos é tema de palestra do 21º Encontro de Iniciação Científica da UEPB

A descoberta de novos medicamentos para a cura de diversas doenças movimentou as discursões no último dia do 21º Encontro de Iniciação Científica da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). O professor Leoberto Costa Tavares, da Universidade de São Paulo, uma das autoridades do país na área, proferiu a palestra "Planejamento e Desenvolvimento de Novos Fármacos".

O evento, prestigiado por professores, graduandos da área de saúde, e estudantes do Mestrado em Ciência Farmacêutica da UEPB, foi realizado no na manhã desta quarta-feira (12), no Auditório II do Centro de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó.

Segundo o especialista, há no Brasil atualmente grupos de pesquisa em novos fármacos que já possuem produção significativa. O tema, no entanto, ainda é recente no país. As pesquisas estão focadas em novos medicamentos usados para doenças de chagas e malária. Outras classes terapêuticas também são alvos de pesquisas, a exemplo dos anti-inflamatórios.

Em sua explanação, Leoberto Costa abordou os novos métodos usados no desenvolvimento de novos fármacos. Ele também discorreu sobre a história dos fármacos no Brasil, suas perspectivas e a situação atual. Conforme explicou, os fármacos são substâncias usadas para o tratamento das doenças, podendo aliviar os sintomas, abrandar a dor, prevenir ou curar as doenças e até salvar vidas.

O professor também destacou de forma elogiosa a iniciativa da UEPB de realizar um evento de ponta na área de iniciação científica. Ele afirmou que o futuro da ciência e da pesquisa está depositado nos novos estudantes, principalmente os que já tomaram gosto pela pesquisa. “O Brasil ainda está formando o seu parque de ciência e tecnologia. Por isso, é muito importante um evento como esse”, disse.

Coordenador do Mestrado na área, o professor Bolivar de Maceno, afirmou que a palestra do especialista foi enriquecedora, uma vez que mostrou aos futuros profissionais da área o processo de desenvolvimento dos fármacos e como esses novos medicamentos podem ser incorporados ao tratamento de doenças. 



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