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Pr. Gilson Souto Maior Jr - Igreja Batista do Estoril - Bauru-SP |
Semana passada (09/11/2014) escrevi uma pastoral – “Você precisa de
Deus” – onde coloquei de forma direta uma crítica àqueles que tentam
desqualificar a questão do Sagrado e do Divino na existência humana. Meu
objetivo era mostrar a clareza da limitação humana e a necessidade do Ser
Supremo na existência.
Como de costume, muitos acabam compartilhando meus textos. Num desses
textos compartilhados por um irmão da Igreja, alguém fez um comentário que
reproduzo agora: “Muito me admira alguém como você publicar um texto
desse. Cristãos sempre reclamam de perseguição e preconceito. No entanto
publicam um texto rotulando pejorativamente os Ateus, dizendo que são seres
orgulhosos, cheios de si e um pouco "esnobes". Assim como
existem cristãos homofóbicos e intolerantes existem Ateus que admiram a vida é
conseguem tangenciar a escala das coisas do universo. Eu prefiro minhas
explicações com bases lógicas, você prefere as suas ancoradas em um ser
supremo. O que não devemos é propaganda contra convicções alheias. Principalmente
uma que é o meio mais Pacífico de entender o mundo natural e suas belezas. Você
jamais verá um Ateu fazendo um atentado terrorista ou declarando guerra por que
alguém discorda dele em como o mundo foi formado. Triste ver que pessoas
ilustradas como você ainda carregam esse tipo de ranço ideológico” (Resposta de
Alguém sincero). Diante de tal reação não poderia deixar de responder com a
mesma sinceridade.
O autor da resposta disse que nós cristãos reclamamos de perseguição e
preconceito. Não reclamamos, apenas dizemos o que é fato inquestionável. Em
todo o mundo os cristãos são perseguidos e sofrem preconceito; no Ocidente
através da indiferença e de leis que tentam nos calar quanto à expressão de
nossa fé e de nossas convicções; no Oriente, através de regimes totalitários e
de grupos extremistas. Os dados foram colhidos pelo International
Institute of Religious Freedom (Instituto Internacional de Liberdade
Religiosa), que conta com a atuação de profissionais em diferentes países do
mundo. A maior fonte de perseguição à Igreja em 2013 foi o extremismo
islâmico. Dos 50 países listados na Classificação da Perseguição Religiosa, 36
deles apresentaram essa tendência, principalmente na África. Seria possível
dizer que a Classificação de 2014 mostra que a perseguição aos cristãos está se
tornando mais intensa em mais países, espalhando-se pelo continente africano. Os
dez países mais hostis aos cristãos tratam-se de nações que passam por sérios
problemas em seu governo: Somália, Síria, Iraque, Afeganistão, Paquistão e
Iêmen. Junto a eles, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Maldivas e Irã completam
a primeira dezena de países em que ser cristão é, praticamente, uma prova de
resistência.
O autor diz que falamos de forma pejorativa sobre os ateus. Nego isso
veemente; o orgulho ateu é uma característica desse movimento, principalmente
porque se fundamenta numa ideia aparentemente racionalista e científica.
Qualquer coisa que não se enquadre nas perspectivas ateístas é jogada fora e
menosprezado. Por exemplo, os ateus oferecem quatro razões para a não
existência de Deus: 1) a existência do mal; 2) a aparente falta de propósito da
vida; 3) ocorrências aleatórias no universo; 4) a primeira lei da
termodinâmica, segundo a qual “energia não pode nem ser criada nem destruída”
como evidência de que o universo é eterno, e logo, não precisa de um Criador.
Sobre a questão um (1) o que podemos dizer é que o pensamento ateu é
circular. C.S. Lewis, um ex-ateu, disse que, para saber que há injustiça no
mundo, é preciso haver um padrão de justiça. Eliminar Deus efetivamente por
causa do mal é postular um padrão moral supremo para declara que Deus é mau.
Não há como existir uma lei moral suprema sem um Provedor supremo da lei moral.
Quanto a aparente falta de propósito (2), precisamos dizer que, ao supor que a
vida não tem um propósito, faz do ateu um juiz presunçoso e prematuro. Como se
pode saber que não há um propósito supremo no universo? Só porque o ateu não
sabe qual seja esse propósito? Isso não significa que Deus não exista. Acerca
do suposto caráter aleatório do universo (3) não refuta Deus. Algumas
casualidades são apenas aparentes, não reais. Quando o DNA foi descoberto,
muitos pensavam que ele se dividia aleatoriamente. Agora, os cientistas
conhecem o incrível e complexo padrão envolvido na divisão da molécula de hélix
dupla. Até as casualidades têm um propósito inteligente. As moléculas de
dióxido de carbono são exaladas aleatoriamente com o oxigênio, mas com um bom
propósito. Se não fosse assim inalaríamos os mesmos gases venenosos que
exalamos. E os ateus geralmente citam – de modo incorreto – a primeira lei
científica da termodinâmica (4). A ciência como ciência não trabalha com
afirmações de pode ou não pode; a ciência
operacional lida com aquilo que é ou não é,
baseada na observação. A 1ª lei não trata absolutamente nada sobre a origem ou
a destruição de energia, mas apenas de uma observação sobre a presença contínua
de energia no cosmo. Ela não pode ser usada para dizer que não existe um
Criador.
E finalmente, a relação entre cristãos homofóbicos e intolerantes e
ateus que conseguem tangenciar a escala de coisas do universo, não significa
coisa alguma. O ser humano em si (religioso ou não) sofre com a corrupção de
sua natureza humana. Homofobia, intolerância, orgulho, prepotência e qualquer
outra atitude pecaminosa são realizados pelo ser humano, não importa seu credo
ou sua descrença. Quando cristãos são intolerantes e fazem o que a Escritura
não diz, pecam tanto quanto um ateu com sua arrogância científica.
Os ateus deveriam ser muito cuidadosos ao falar de atrocidades e
guerras, acusando o cristianismo ou a religião, como fonte dessas coisas. A
ideologia comunista tem em suas raízes um viés totalitário e terrorista. Marx
(1818-1883) e Engels (1820-1895) em Agosto de 1843 escreveram um tratado Sobre
a questão judia, em que dizem: “Com efeito: Nos períodos em que o Estado
político enquanto tal nasce violentamente da sociedade civil, quando a
autoemancipação humana aspira por realizar-se sob a forma da autoemancipação
política, o Estado pode e deve seguir em frente até à abolição da
religião, até à aniquilação da religião, porém assim o faz apenas na
medida em que avança até à supressão da propriedade privada, até ao máximo, até
à confiscação, até ao imposto progressivo, tal como vai adiante até à
supressão da vida, até à guilhotina” (Berlim : Dietz, Vol. 1, pp. 357, 367). Na
antiga União Soviética igrejas e monastérios foram destruídos. Entre 1917 a
1969 cerca de 40 mil igrejas na Europa Oriental, 7 mil templos no Tibete, 440 templos
budistas na Coréia do Norte e 220 templos no Vietnã foram destruídos. A
ideologia ateísta levou a uma perseguição ao cristianismo e a toda e qualquer
manifestação religiosa.
A pessoa que escreveu contra a postagem feita na rede foi sincero. Não o
conheço, mas admiro sua coragem em expressar suas opiniões, embora não concorde
com ela. Entretanto, creio que ele tenha esse direito de ver a vida sem um Ser
Supremo; ele acha que suas convicções são pacíficas na compreensão do mundo
natural. Entretanto, se ele é fruto do acaso e contempla o mundo natural e suas
belezas, será que nunca lhe passou na mente que toda a criação necessita de um
Criador? Qual a diferença entre crer no “Big-Bang” ou no Eterno? Precisamos de
fé tanto num quanto noutro; mas a fé baseada num Criador inteligente, sábio e
pessoal confere à existência uma condição muito mais racional do que meramente
acreditar que tudo surgiu de uma explosão e que formou uma beleza e
complexidade admiráveis. Crer em Deus não é uma ficção; é crer na única Razão
verdadeira!
“O insensato diz no seu coração:
Deus não existe [...]” (Salmo 14:1a)
“Os céus proclamam a glória de Deus,
e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Salmo 19:1)
“Pela fé, entendemos que o universo
foi criado pela palavra de Deus, de modo que o visível não foi feito do que se
vê” (Hebreus 11:3)
Tenha uma boa semana em Cristo
Fraternalmente, Pr. Gilson Jr.
Produção de novos medicamentos é tema de palestra do 21º Encontro de
Iniciação Científica da UEPB
A descoberta de novos
medicamentos para a cura de diversas doenças movimentou as discursões no último
dia do 21º Encontro de Iniciação Científica da Universidade Estadual da Paraíba
(UEPB). O professor Leoberto Costa Tavares, da Universidade de São Paulo, uma
das autoridades do país na área, proferiu a palestra "Planejamento e
Desenvolvimento de Novos Fármacos".
O evento, prestigiado por
professores, graduandos da área de saúde, e estudantes do Mestrado em Ciência
Farmacêutica da UEPB, foi realizado no na manhã desta quarta-feira (12), no
Auditório II do Centro de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó.
Segundo o especialista, há no
Brasil atualmente grupos de pesquisa em novos fármacos que já possuem produção
significativa. O tema, no entanto, ainda é recente no país. As pesquisas estão
focadas em novos medicamentos usados para doenças de chagas e malária. Outras
classes terapêuticas também são alvos de pesquisas, a exemplo dos
anti-inflamatórios.
Em sua explanação, Leoberto
Costa abordou os novos métodos usados no desenvolvimento de novos fármacos. Ele
também discorreu sobre a história dos fármacos no Brasil, suas perspectivas e a
situação atual. Conforme explicou, os fármacos são substâncias usadas para o
tratamento das doenças, podendo aliviar os sintomas, abrandar a dor, prevenir
ou curar as doenças e até salvar vidas.
O professor também destacou de
forma elogiosa a iniciativa da UEPB de realizar um evento de ponta na área de
iniciação científica. Ele afirmou que o futuro da ciência e da pesquisa está
depositado nos novos estudantes, principalmente os que já tomaram gosto pela
pesquisa. “O Brasil ainda está formando o seu parque de ciência e tecnologia.
Por isso, é muito importante um evento como esse”, disse.
Coordenador do Mestrado na
área, o professor Bolivar de Maceno, afirmou que a palestra do especialista foi
enriquecedora, uma vez que mostrou aos futuros profissionais da área o processo
de desenvolvimento dos fármacos e como esses novos medicamentos podem ser
incorporados ao tratamento de doenças.