Deputado Bruno Cunha Lima (PSDB |
O deputado Bruno Cunha Lima (PSDB)
alertou hoje na Assembleia Legislativa que os paraibanos estão pagando uma das
tarifas mais caras de energia do País. E isso se deve ao reajuste da alíquota
do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre
as contas de energia na Paraíba, aplicado em 2013 pelo governador Ricardo
Coutinho para compensar perdas de arrecadação em meio as reduções de tarifas
anunciadas, naquele ano, pela presidente Dilma Rousseff.
“O Governo do Estado reajustou a
alíquota do ICMS nos tempos das vagas gordas, mas agora – que o rebanho está
raquítico – precisa fazer a alíquota voltar ao patamar normal”, explica Bruno
Cunha Lima, que emendou: “Essa decisão tem o poder de aliviar os bolsos dos
paraibanos em meio a onda de reajustes da energia que já ultrapassam, em alguns
casos, mais de 50%”.
O reajuste da alíquota passou a
vigorar a partir da sanção da Lei n.º 9.933/2012, reduzindo os impactos
positivos da redução da tarifa, aplicados pelo Governo Federal há dois anos.
Resultado: os consumidores da Paraíba só tiveram direito a metade do
barateamento real das contas de energia, autorizado naquele ano.
“Foi com esse apetite devastador que
o Governo socialista usurpou, em 2013, o direito dos consumidores da Paraíba de
usufruir a redução nas tarifas de energia, anunciada pela então candidata à
reeleição Dilma Rousseff, de 18% para os consumidores residenciais e em até 32%
para os industriais. O governador Ricardo Coutinho literalmente garfou aquela
redução. Ou pelo menos metade dela”, critica Bruno Cunha Lima.
Ele ainda criticou os critérios
adotados pelo governo estadual para conter as perdas de arrecadação. “O aumento
do ICMS na Paraíba penalizou de forma mais contundente as faixas de 51 a 100
kWh/mês e de 101 a 300 kWh/mês – onde estão a grande maioria dos consumidores
residenciais do Estado. Nestas faixas, a alíquota do ICMS subiu para 17 por
cento”.
O deputado fez comparativos,
ilustrando o perfil de consumo dos paraibanos: “Só para se ter ideia, o consumo
residencial médio de energia elétrica no Brasil é de aproximadamente 160
kWh/mês. Uma geladeira simples, de uma porta só, consome cerca de 25-30
kWh/mês. Uma geladeira com congelador separado, duas portas, consome cerca de
50-60 kWh/mês”.
Para o deputado, o peso do ICMS foi
maior sobre as contas dos mais pobres e, estranhamente, mais leve sobre as
tarifas dos grandes consumidores. “Trocando em miúdos: a decisão do governador
paraibano prejudicou as faixas média baixa e média de consumidores, penalizando
dessa forma os consumidores mais pobres em detrimento dos consumidores mais
ricos. Pois, estranhamente, na faixa acima de 300 kWh/mês, das classes mais
abastadas, não houve aumento da alíquota”.
Da tribuna da AL, o deputado pediu
que a alíquota fosse readequada a nova realidade do setor elétrico nacional.
“Os tempos mudaram. A redução virou reajuste. E as contas de energia não param
de subir. O governador Ricardo Coutinho deve – e precisa - afrouxar o nó que
asfixia os paraibanos neste 2015 de crise e arrocho”.
Adriana Bezerra
ASSESSORA
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