Passou a Copa do Mundo
e, mais uma vez ficou claro que não sabemos perder e somos falastrões,
verdadeiros campeões do negativismo e somente encontramos defeitos no que
possuímos.
Nenhum selecionado, até
hoje, apesar do fracasso da nossa participação na competição futebolística
encerrada, tem o nosso número de títulos mundiais. Para alguns comentaristas,
aliás, para a maioria deles, estamos sem craques, sem treinadores e, somente
capacitados são os de fora, notadamente os europeus.
Reconhecemos, e, não de
hoje, que a incompetência dos dirigentes do futebol nacional é uma verdade.
Desde o tempo de CBD, e eu era menino, a figura do dirigente João Havelange já
era contestada. Mesmo assim, esse cidadão chegou a ser dirigente da FIFA. Após
certo tempo, passou a ser uma figura criticada e, temos que admitir, sempre foi
um “sabido demais”, como se diz na gíria popular. Mas, não podemos negar, que
os dirigentes de hoje dessa verdadeira madrasta do futebol mundial, continuam
fazendo bobagens e sendo criticados. O Ricardo Teixeira também foi e, os
atuais, continuam no mesmo ritmo de incompetência.
No cenário local –
Paraíba – sempre fui testemunha, quando ainda era criança e nos últimos anos
como jornalista, que a imprensa nunca morreu de amores pelos dirigentes da FPF,
desde Genival Leal de Menezes, passando por Juracy Pedro Gomes até Dona
Rosilene, que terminou sendo destituída do cargo para dar lugar aos integrantes
de uma famosa junta, mais clubística do que de verdadeiros dirigentes, que ainda
nada fez pelo nosso futebol, em termos é bom que se diga de organização. As
bobagens e o apoio aberto à determinada agremiação são patentes, para um clube
que, nos últimos anos vem bem e não precisaria desse escancarado patrocínio.
Mas, voltando à nossa seleção,
após essas considerações temos que repetir que jogadores de qualidade existem.
Eles despontam naturalmente, não são fabricados por treinadores, nem por
dirigentes de clubes ou entidades.
Pelé, Gerson, Rivelino,
Garricha, Jairzinho, Djalma Santos, Dida, Vavá e tantos outros não foram
fabricados em laboratórios. Precisamos dar condições de treinamentos aos
atletas num clube? Precisamos, é claro! Para isso, no entanto, necessitamos de
planejamento, pois organização nunca fez mal a ninguém. Foi o que faltou para
os nossos meninos. Faltou-lhes mais tempo para treinamentos, quer técnico, quer
físico. Esses dois fatores dariam, naturalmente, maior rendimento coletivo
dentro de campo, não necessariamente o título, pois esse é uma contingência do
jogo. Não foi Felipão que SOUBE TREINAR. Na verdade, para sermos justos, os
jogadores selecionados chegaram tardiamente para o trabalho de preparação,
motivo maior para o desastre do rendimento coletivo.
A seleção da Alemanha
campeã e, com justiça, representa o resultado de um trabalho de vários anos,
inclusive de resultados negativos, como por exemplo, uma pífia participação,
com esses mesmos jogadores e treinador na última EUROCOPA, QUANDO FOI
DESCLASSIFICADA ficando na última colocação.
Por fim, esses
jogadores brasileiros desta Copa, são os mesmos que passaram por uma categoria
de base da CBF, e, chegaram ao time titular com méritos, tanto que, foram
contratados em sua maioria pelo futebol europeu. Desaprenderam? Somente jogam
lá nos seus times? Claro que não. Faltou-lhes humildade e mais cuidado nos
treinamentos, o que sobrou claramente na outras equipes, até na Argentina, que
mesmo não jogando o seu melhor futebol contou com jogadores mais preparados e
com vontade de jogar.
Não venham, pois, com
esse conversa mole de treinadores de fora, de que estamos defasados,
ultrapassados e sem craques. Estamos sem organização e planejamento pela
incompetência de nossos dirigentes. E, temos também que acabar com essa bobagem
de utilizar na maioria das convocações jogadores que atuam fora. Precisamos
valorizar os que atuam aqui, aqueles que estamos vendo jogar e, treiná-los e
prepara-los melhor. O resto é conversa de alguns idiotas que usam microfone e
escrevem para qualquer que seja o meio pensando que são treinadores e que somente
a coisa anda certa na casa do vizinho. Precisamos saber perder.
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