Outro critério utilizado foi o diálogo
estabelecido entre criador, obra, público e contexto no qual todos estão
inseridos. Segundo o professor Rufino, as artes visuais prestam um
serviço ao cidadão quando ela contribui na formação de um senso crítico.
“A produção de um artista precisa transcender o nosso olhar, provocar
questionamentos e nos despir de ideias pré-concebidas. Aí sim, estamos
diante de uma ação verdadeiramente transformadora”, salienta. O trabalho
de curadoria também contou com o apoio das Secretarias Estaduais de
Cultura e outras entidades da Região Nordeste voltadas ao setor.
Segundo o representante da Funarte
Nordeste, Naldinho Freire, a realização da mostra serve para reforçar a
eficácia da articulação no segmento das artes visuais. “Quando queremos
saber o que está correndo por fora do circuito, recorremos a outros
autores e nomes importantes de cada região, para que nos ponham a par
das novidades. Quando a classe se apoia numa postura colaborativa e
integrada às outras esferas, todos saem ganhando. Foi assim que
conseguimos encontrar boas surpresas que agradarão ao público e
conquistarão novos espaços”, explica Naldinho.
Para José Rufino, os três pilares que
fortalecem a produção contemporânea são: contatos, referências
artísticas e conceituais, além de uma produção constante. Estes fatores
contribuem para que novas obras cheguem aos olhares dos curadores. “As
criações precisam circular, por que arte é movimento. Neste aspecto, o
Nordeste segue a sua trajetória em alta velocidade. O que estamos
trazendo é uma chance para o público não perder de vista o que está
sendo produzido atualmente”, conclui.
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