9 de maio de 2014

Nordeste de Artes Visuais” está em exposição no Museu Assis Chateaubriand até o dia 19 de maio

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A descoberta de novos talentos e a busca pelo caráter questionador das expressões artísticas são o mote da “Mostra Nordeste de Artes Visuais”, que está em cartaz até o dia 19 de maio, no Museu Assis Chateaubriand (MAC) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande. A exposição tem acesso gratuito e conta com a curadoria do professor José Rufino. A iniciativa tem o objetivo de incentivar a circulação de produções e aumentar o intercâmbio cultural entre artistas, público e entidades voltadas ao setor.
De acordo com José Rufino, o elo entre os nomes selecionados para a mostra é um paradoxo artístico. Eles possuem em comum o fato de serem nordestinos, ao mesmo tempo em que suas produções não se limitam às questões regionais. “A mostra possui um direcionamento semelhante ao ambiente globalizado em que vivemos. Comparando com as décadas anteriores, possuímos um cenário mais prolífico graças à tecnologia atual, que permitiu uma maior interação entre artistas, público e pesquisadores”, destaca.
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Outro critério utilizado foi o diálogo estabelecido entre criador, obra, público e contexto no qual todos estão inseridos. Segundo o professor Rufino, as artes visuais prestam um serviço ao cidadão quando ela contribui na formação de um senso crítico. “A produção de um artista precisa transcender o nosso olhar, provocar questionamentos e nos despir de ideias pré-concebidas. Aí sim, estamos diante de uma ação verdadeiramente transformadora”, salienta. O trabalho de curadoria também contou com o apoio das Secretarias Estaduais de Cultura e outras entidades da Região Nordeste voltadas ao setor.
Segundo o representante da Funarte Nordeste, Naldinho Freire, a realização da mostra serve para reforçar a eficácia da articulação no segmento das artes visuais. “Quando queremos saber o que está correndo por fora do circuito, recorremos a outros autores e nomes importantes de cada região, para que nos ponham a par das novidades. Quando a classe se apoia numa postura colaborativa e integrada às outras esferas, todos saem ganhando. Foi assim que conseguimos encontrar boas surpresas que agradarão ao público e conquistarão novos espaços”, explica Naldinho.
Para José Rufino, os três pilares que fortalecem a produção contemporânea são: contatos, referências artísticas e conceituais, além de uma produção constante. Estes fatores contribuem para que novas obras cheguem aos olhares dos curadores. “As criações precisam circular, por que arte é movimento. Neste aspecto, o Nordeste segue a sua trajetória em alta velocidade. O que estamos trazendo é uma chance para o público não perder de vista o que está sendo produzido atualmente”, conclui.

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