Ricardo Marcelo em defesa dos produtores rurais |
A
Assembleia Legislativa da Paraíba vai interceder aos senadores e deputados que
analisam vetos da Presidência da República a vários artigos da MP 610/2013, que
que prevê socorro aos atingidos pela seca. Diante de prejuízos para 450 mil
produtores rurais do Nordeste, o Poder Legislativo da Paraíba está em busca de
uma solução para o impasse junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional.
O
presidente da ALPB, deputado Ricardo Marcelo (PEN), enviou correspondência a
todos os parlamentares (senadores e deputados) que integram a comissão mista
encarregada de analisar a MP. No documento, há uma exposição de conquistas dos
produtores rurais nordestinos com o texto aprovado no Congresso e as perdas
substanciais que os vetos produzem nas famílias do semiárido.
A ALPB,
através da Frente Parlamentar da Seca – presidida pelo deputado Assis Quintans
(Democratas) -, deve visitar todos os parlamentares que integram a Comissão
nesta terça-feira. A intenção é fazer uma exposição mais detalhada dos
problemas ocasionados pelos vetos apostos pela presidente Dilma Rousseff ao
texto.
Segundo o
deputado Assis Quintans, o esforço da ALPB é fazer com que os senadores e
deputados entendam que nenhum produtor quer o perdão das dívidas. O que os
atingidos pela seca querem é a renegociação para o pagamento dentro das
condições de quem só acumula perdas com a estiagem. “Nossa intenção é
renegociar dívidas para o pagamento. Nunca o perdão das dívidas”, enfatiza.
Assis
Quintas deve fazer uma peregrinação aos gabinetes para a exposição e a busca de
entendimento para a derrubada dos vetos que engessaram o alcance da chamada MP
da Seca. O parlamentar paraibano destacou ainda que, diante da situação
aterradora da falta de chuva suficiente para a produção agrícola, é a
Assembleia da Paraíba a única a contribuir com a discussão de alternativas para
resolver o problema.
No
documento encaminhado aos parlamentares, o presidente da ALPB expõe que sem os
artigos rejeitados pela Presidência da República a MP 610 “não trará nenhum
benefício substancial que resolva definitivamente o gravíssimo problema do
endividamento que atormenta mais de 450 mil produtores rurais que vivem no
semiárido”.
MP prevê
regras da renegociação
A Medida
Provisória 610/2013, que ficou conhecida como MP da Seca, foi aprovado em
10 de julho passado pela Comissão Mista do Congresso Nacional, e epois
transformada em lei após sanção presidencial. O texto permitia a todos do
semiárido da região da Sudene a concessão de desconto para pagamento de dívidas
rurais de valor original até R$ 100 mil, até dezembro de 2014.
A Medida
ampliava ainda a renegociação de dívidas rurais a agricultores adimplentes em
2011 quanto a empréstimos com recursos dos Fundos de Financiamento do Nordeste
e do Norte. . O débito
seria prorrogado por 20 anos, com cinco anos de carência e taxa de juros de 3%
ao ano.
A MP
promoveria também a individualização de descontos na renegociação quando o
produtor rural tivesse mais de um empréstimo no valor de até R$ 35 mil cada.
Também determinava o perdão de dívidas de até R$ 15 mil de produtores rurais da
área de atuação da Sudene, desde que o valor inicial tenha sido até R$ 50 mil.
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