Ariôsto Ferreira de Sales, foi o primeiro diretor superintendente da Televisão Borborema e um dos maiores narradores esportivos da Paraíba, em todos os tempos |
Ariôsto, formado em
Ciências Econômicas era natural de Picuí, nascido em 30 de maio de 1937.
Segundo o filho Éolo Sales, veio com os pais, muito jovem residir em Campina
Grande, juntamente com os irmãos, todos nascidos em Soledade.
Foi em Campina Grande,
cidade que aprendeu a amar, onde ele conseguiu tudo. Estudou, trabalhou, casou
e constituiu família. Antes da formatura em nível superior, começou na
comunicação, no rádio, jornal e, posteriormente, na televisão. No rádio um belo
narrador esportivo, apresentador e noticiarista, e na televisão, o primeiro
diretor superintendente, responsável pela organização da primeira equipe da TV
Borborema, a primeira do interior do Norte e Nordeste do Brasil.
Na comunicação, o rádio
foi o primeiro passo. A Rádio Borborema, sua primeira escola, na qual muito
aprendeu e o auxiliou a fazer os estudos superiores. Além de um bom locutor
comercial e apresentador, talvez tenha sido o narrador es
portivo que mais
chamaria a atenção dos ouvintes no rádio campinense, após espelhar-se nas
narrativas de Geraldo Rodrigues e Antônio Menezes, pela Caturité, e pelo grande
Palmeira Guimarães, também, poeta e escritor, que engrandeceu a saudosa
Borborema, como seu primeiro narrador esportivo. Mas, certamente, Ariôsto
Ferreira de Sales, foi, apesar do valor dos primeiros locutores esportivos campinenses,
na década de 50, o que mais despertou a atenção dos campinenses.
Com o amigo Ademar Martins |
Primeiro, porque viveu o
grande momento da mudança do futebol local, com a chegada ao profissionalismo,
do Campinense Clube, numa época em que predominava, apenas, um único clube de
futebol a representar a cidade, o Treze Futebol Clube.
Ariôsto, viveu esse
momento! Ele, também, sendo a novidade na narração esportiva no final da década
de 50, começo dos anos 60, após as presenças, diante dos microfones das
emissoras campinenses, dos nomes já citados.
Ariôsto, brilhou nas
narrativas daqueles momentos importantes de transformações do futebol na
cidade, a partir dali, divididos entre as paixões do famoso Galo (alvinegro) e
de uma Raposa (rubro-negra), hoje, os dois grandes amores de uma cidade. E mais! Ariôsto Sales, fez nascer um outro nome da narração esportiva, a exemplo dele, e de início, um locutor comercial e noticiarista e, como ele, de mansinho, transmitindo um jogo aqui e ali, para depois também se firmar como um espetacular narrador, o saudoso Joselito Pereira de Lucena.
Ariôsto, ao lado do amigo Josusmá Viana, o seu comentarista de muitos anos, durante as jornadas esportivas da Rádio Borborema |
Foi, portanto, o nosso Ariôsto Sales, um também professor e incentivador de outros nomes que surgiram nas transmissões das tardes de domingo do futebol campinense. O próprio Zelito, Antônio Alberto de Queiroz, Ary Ribeiro, Edmilson Antônio (Edmilson Juvenal), Luismar Resende, Josusmá Viana, José Tavares, Evilásio Tenório e o digitador desse texto, entre outros, recebemos a boa influência do grande Ariôsto, de como se tornar um locutor esportivo, um comentarista ou repórter de campo.
Adeus, amigo Ariôsto! Vamos
sentir a sua ausência!