3 de junho de 2018

Adeus, amigo Ariôsto!



O mês de maio se encerra, neste 2018 com uma notícia triste. Morre Artiôsto Ferreira de Sales, um dos maiores nomes da comunicação campinense e paraibana, nos últimos tempos.
Ariôsto Ferreira de Sales, foi o primeiro diretor superintendente
da Televisão Borborema e um dos maiores narradores esportivos
da Paraíba, em todos os tempos

Ariôsto, formado em Ciências Econômicas era natural de Picuí, nascido em 30 de maio de 1937. Segundo o filho Éolo Sales, veio com os pais, muito jovem residir em Campina Grande, juntamente com os irmãos, todos nascidos em Soledade.
Foi em Campina Grande, cidade que aprendeu a amar, onde ele conseguiu tudo. Estudou, trabalhou, casou e constituiu família. Antes da formatura em nível superior, começou na comunicação, no rádio, jornal e, posteriormente, na televisão. No rádio um belo narrador esportivo, apresentador e noticiarista, e na televisão, o primeiro diretor superintendente, responsável pela organização da primeira equipe da TV Borborema, a primeira do interior do Norte e Nordeste do Brasil. 
Com o amigo Luismar Resende,  colega de muitos anos  nos Diários
Associados 
Na comunicação, o rádio foi o primeiro passo. A Rádio Borborema, sua primeira escola, na qual muito aprendeu e o auxiliou a fazer os estudos superiores. Além de um bom locutor comercial e apresentador, talvez tenha sido o narrador es
Com o amigo Ademar Martins
portivo que mais chamaria a atenção dos ouvintes no rádio campinense, após espelhar-se nas narrativas de Geraldo Rodrigues e Antônio Menezes, pela Caturité, e pelo grande Palmeira Guimarães, também, poeta e escritor, que engrandeceu a saudosa Borborema, como seu primeiro narrador esportivo. Mas, certamente, Ariôsto Ferreira de Sales, foi, apesar do valor dos primeiros locutores esportivos campinenses, na década de 50, o que mais despertou a atenção dos campinenses.
Primeiro, porque viveu o grande momento da mudança do futebol local, com a chegada ao profissionalismo, do Campinense Clube, numa época em que predominava, apenas, um único clube de futebol a representar a cidade, o Treze Futebol Clube.
Ariôsto, viveu esse momento! Ele, também, sendo a novidade na narração esportiva no final da década de 50, começo dos anos 60, após as presenças, diante dos microfones das emissoras campinenses, dos nomes já citados.

Ariôsto, brilhou nas narrativas daqueles momentos importantes de transformações do futebol na cidade, a partir dali, divididos entre as paixões do famoso Galo (alvinegro) e de uma Raposa (rubro-negra), hoje, os dois grandes amores de uma cidade. E mais! Ariôsto Sales, fez nascer um outro nome da narração esportiva, a exemplo dele, e de início, um locutor comercial e noticiarista e, como ele, de mansinho, transmitindo um jogo aqui e ali, para depois também se firmar como um espetacular narrador, o saudoso Joselito Pereira de Lucena.




Ariôsto, ao lado do amigo Josusmá Viana, o seu  comentarista de
 muitos anos, durante as jornadas esportivas da Rádio Borborema

Foi, portanto, o nosso Ariôsto Sales, um também professor e incentivador de outros nomes que surgiram nas transmissões das tardes de domingo do futebol campinense. O próprio Zelito, Antônio Alberto de Queiroz, Ary Ribeiro, Edmilson Antônio (Edmilson Juvenal), Luismar Resende, Josusmá Viana, José Tavares, Evilásio Tenório e o digitador desse texto, entre outros, recebemos a boa influência do grande Ariôsto, de como se tornar um locutor esportivo, um comentarista ou repórter de campo.
Adeus, amigo Ariôsto! Vamos sentir a sua ausência!

2 de junho de 2018

DIFUSORA RÁDIO CAJAZEIRAS, A ESCOLA DO RÁDIO NA PARAIBA

Hoje, dia 31 de maio de 2018, é um dia diferente para a radiofonia paraibana. Especialmente para a cidade de Cajazeiras, um dia de festa, um dia para se comemorar! 
É o aniversário de uma das mais importantes emissoras da Paraíba e da região. A Difusora Rádio Cajazeiras, um dos patrimônios da cidade que ensinou a Paraíba a ler, completa 54 anos.


Prédio da atual sede da Difusora Rádio Cajazeiras   
No dia 19 de março de 1964, a emissora cajazeirense iniciava suas atividades em caráter experimental. Isto ocorreu num momento que mais será esquecido pelos brasileiros, pois no dia 31, o presidente João Goulart foi deposto e os militares assumiram o poder da nação brasileira.

Mas, oficialmente, somente no dia 31 de maio, a nossa DRC entraria definitivamente no ar. Ela foi a segunda emissora de rádio do Sertão e a sétima da Paraíba. Foi um sonho que começou em 1938, com as experiências radiofônicas da cidade sendo realizadas através de equipamentos instalados nos postes das principais ruas de Cajazeiras. E tudo teve início pela visão futurista de pessoas bem conhecidas dos cajazeirenses: os irmãos Mozart e Jessé de Sousa Assis, Antônio Carvalho Dutra, José Adegildes e Francisco Bastos. Desses alto-falantes e caixas de som, até a concretização de uma emissora, foram quase quarenta anos.

O primeiro endereço da Difusora Rádio Cajazeiras foi na conhecida Rua Epifânio Sobreira, nº 8, primeiro andar. Um local acanhado, mas bem organizado, com o inteligente aproveitamento dos pequenos espaço oferecidos. Concretizado o sonho, com a chegada definitiva da emissora em 1964, muitos são os nomes responsáveis pelos primeiros momentos da estação, que orgulha Cajazeiras eleva o seu nome.



Rua Epifânio Sobreira, foi o primeiro endereço

Além de Mozart, Adegildes, Jessé, como não lembrar nomes que passaram pelos seus microfones: professor Francelino Soares, Tarcísio Telino, José Gonçalves, Edmilson e Efigênio Feitosa, Antônio Augusto (Pinguim), Chico Cartaxo, Rubens Farias, Zenildo Alcântara e o querido técnico José Pereira (Zezinho). Até um ministro passou pela Difusora. Foi Maílson da Nóbrega, funcionário do Banco do Brasil, que residiu em Cajazeiras.
Ex-ministro, Maílson da Nóbrega foi um dos primeiros
locutores da Difusora
Homenagear a Difusora Rádio Cajazeiras é lembrar nomes inesquecíveis como, Lacy Nogueira, Íracles Pires, Antônio Augusto, Maria José Lima, Pedro Gomes, Pedro Pio, Walter Cartaxo, Lírida Inês, Francecirley Alcantara (primeira operadora de áudio da emissora) e os queridos Vilmar, Jucier e Valmir Lima, egressos de Juazeiro do Norte, no Ceará, vindos para integrar a primeira equipe da emissora.

E foram surgindo outros nomes, com o passar do tempo; Arruda Neto, Emídio Neto, Chagas Nunes, Jota Gomes (Badin), Luiz Amorim (hoje em São Paulo), Alceli Sobreira, Chagas Camilo, Marcos Rodrigues, Ferreira Lima, Hilton Frade, Hugo Ramos, 
Mozart de Assis, Adegildes Bastos e professor Francelino
 Soares, este um dos primeiros locutores da emissora

José Araújo, Eurivo Donato, Antônio Malvino, Sales Fernandes, Spencer Hartman, Nonato Guedes, Antônio Assunção, Gutemberg Cardoso, Marta Mendes, Julimar Dias, Wilson Furtado, João Bosco Branquita, Aragão Filho, Carlos Alencar, Arnaldo Lima, Chagas e Edmundo Amaro, Fábia Carolino, João Tomé Camurça, Rui Nolaço Lemos, Olivan Pereira, Emídio Neto, Horário Bandeira, Geraldo Nascimento, Jota França, Paulo Feitosa Geraldo Batista, Josemar de Aquino, Barbosa da Silva, Jota Júnior, Adjamilton  e Josival Pereira, Otacílio Trajano, Roberto Jiquiri, Iêdo Ferreira, Laurenito Bezerra, Raimundo Sores Francisvo Rolim e Argemiro.Lembro esses nomes, mas não posse deixar de homenagear as discotecárias da época; Jandira Nogueira Vilante, Maria Helenita, Socorro Albuquerque, Elizani Batista e Luzia Seixas. Elas eram as responsáveis e, foram por anos, pela seleção musical da Pioneira.     

Nomes de destaque do rádio paraibano integram a emissora. O grande narrador esportivo e forrozeiro, Tatico, é um deles. No jornalismo Difusora, a competência de Eutim Rodrigues, Jarismar Pereira, Geraldo Nascimento, Elias Junior, Wanderley Marques, Chagas Amaro e Amaury Furtado, além do correspondente Sales Fernandes, dão credibilidade aos fatos do dia a dia destacados na programação.
A Difusora Radio Cajazeiras foi comandada, incialmente, pelo grupo empresarial Carvalho Dutra Comércio S/A (sócios majoritários), com as participações, ainda, dos irmãos Mozart e Jessé de Sousa Assis e Adegildes e Francisco Bastos, como administradores. Esse pessoal dirigiu a emissora, desde sua fundação, até 1986, ano em que o controle acionário foi adquirido pelo Dr. Wilson Braga, então governador da Paraíba e o empresário José Cavalcanti.

Empresário José Cavalcanti, atual presidente
da Difusora Rádio Cajazeiras

No ano de 1999, José Cavalcanti, que contava com apenas 20 por cento do controle de ações, adquiriu o restante das ações ao DR. Wilson. 

Até hoje, quando a emissora completa 54 anos, não apenas ela, mas também a Patamuté FM, têm o controle acionário do Grupo Cavalcanti & Primo, com a direção administrativa sob a responsabilidade da professora Zélia Ribeiro. São seus diretores os empresários José Cavalcanti, Kildare Queiroga Cavalcanti, José Cavalcanti da Silva Filho e Hélio Cavalcanti da Silva.


Com uma potência de 25 kilowats, alcançando boa parte das regiões nordestinas, uma programação musical e jornalística de boa qualidade, além de uma equipe de excelentes profissionais, ao longo dos seus 54 anos, a Difusora Rádio Cajazeiras se constitui um motivo de orgulho para os cajazeirenses e paraibanos.          



Difusora Cajazeiras:  
Imagens através do tempo
Imagens de Gutemberg Cardoso e
Adjamilton Pereira

 





13 de abril de 2018

SER JORNALISTA!


Ser Jornalista!

Gilson Souto Maior 

“Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte’’. A afirmação é de Gabriel Garcia Márquez, escritor, jornalista, editor, ativista e político. Considerado um dos autores mais importantes do século XX. Nasceu em 1927, tendo falecido em 2014.
É, sem dúvida, um ofício incompreensível, até mesmo para alguns que estão no batente, que, esquecidos do que aprenderam nos bancos universitários, ou mesmo na prática, no dia a dia, não entenderam, na verdade, a sua importância. Não apenas de informar, mas, ainda, de formar a opinião pública. Estão fazendo isso?

Gilson Souto Maior, ao lado de uma das primeiras câmeras,
utilizadas pela TV Borborema, em 1964. Ainda em 1970, ele
trabalhou diante dessa câmera valvulada, também utikizada
nos primeiros anos da TV TUPI-SP 
Na revista, no rádio ou televisão, na mídia impressa ou digital, nas assessorias, na publicidade e propaganda, nas múltiplas funções exercidas pelo jornalista, como seria importante vê-lo atuar com imparcialidade, seriedade, respeito ao seu público, ser ético. Para muitos, e, na verdade, hoje, uma maioria, o que vemos? Infelizmente, vemos jornalistas, quando, não amedrontados por quem tem dinheiro e força política, por esses, são comprados, manipulados, usados, corrompidos. Os verdadeiros jornalistas, que não se sujeitam a certos tipos de falcatruas e de recebimentos graciosos de salários, somente para bajular, não têm vez, são descartados.
Lamentavelmente, verdade, atualmente, é coisa feia, em desuso! Hoje, tenho medo desses chamados poderosos, pois a prevalência deles neste momento difícil da vida brasileira, mesmo mentindo para o povo, parece-me, como bem afirma Friedrich Nietzsche, que ‘OS ERROS DE GRANDES “HOMENS” ... são mais fecundos que as verdades de pequenos’. Neste momento, verdadeiramente, sinto-me pequeno.
Mas, quero continuar pequeno, mas quero poder andar de cabeça erguida, com os meus se orgulhando de mim, com os meus amigos, verdadeiros colegas, acreditando nas minhas atitudes e, agindo como diz George Bernard Shaw – ‘A MINHA FORMA DE BRINCAR É DIZER A VERDADE. É A BRINCADEIRA MAIS ENGRAÇADA DO MUNDO’.      
Apesar de tudo, tenho orgulho da minha profissão. Ser jornalista é motivo de orgulho para mim. Somente diria para finalizar aos meus amigos de profissão, uma pequena frase, que eu li e não me lembro, “NUNCA PERCA SEUS VALORES ÉTICOS PARA OBTER VALORES FINANCEIROS. 


12 de abril de 2018

Flávio Barros uma das mais belas vozes do rádio paraibano


Flávio Vieira Barros foi um dos mais importantes nomes da radiofonia paraibana, atuando no rádio e televisão do nosso Estado. No rádio campinense passou por todas emissoras, Caturité, Borborema e Cariri. Nesta, integrou a famosa programação da "Cariri - somente música é um anúncio por intervalo".
Flávio Vieira Barros, na
bancada
da TV PARAÍBA - 1987
Na época, não proliferavam as FM's. A Cariri era um padrão de rádio classe "A", que fazia sucesso no Brasil inteiro. Por exemplo: no Rio de Janeiro, era a Rádio Tamoio (a musicalíssima da Tupi), Tamandaré, em Recife, e outras, espalhadas no território nacional. Mas, voltando a falar sobre Flávio! Trabalhei com ele, em todas as emissoras de rádio de Campina Grande (as AM), além de tê-lo ao lado, na TV Borborema.
Ele tinha uma voz linda! Aliás, ainda deve ter. Flávio Barros, foi ainda, um dos primeiros nomes a desfilar na equipe da segunda emissora de TV campinense, a TV Paraíba, inaugurada em 1987, no mês de janeiro mais precisamente. É bom ressaltar, que ele estava retornando à cidade, depois de uma importante passagem no radiojornalismo internacional.
Atuou, para orgulho nosso, na BBC de Londres, um bom tempo. Professor de inglês, não encontrou dificuldades em chegar às terras britânicas e brilhar diante do microfone da mais destacada emissora de rádio da Europa. Atualmente, aposentado, Flávio Vieira Barros dá aulas de inglês, numa das salas do Departamento de Ciências da Computação, na UFCG, em Campina Grande.
Para mim, é importante poder lembrar esse nome nessas minhas postagens no Facebook, que num futuro, poderão redundar noutro trabalho histórico sobre nomes da radiofonia do meu Estado. Flávio Vieira Barros, foi um grande nome da comunicação, com quem muito aprendi na minha vida profissional.


3 de abril de 2018

Eu, Nelma e os amigos da TV O NORTE

Foi em 1987 a inauguração da TV O NORTE. Como ex-integrante dos Diários Associados, em Campina Grande, e já morando em João Pessoa, fui convidado por Marconi Góes, Diretor Geral na Paraíba, a integrar a primeira equipe da nova emissora de televisão da capital. A segunda, pois a primeira foi a TV Cabo Branco. Trazia a experiência de 15 anos de vídeo, como âncora e editor de telejornal, na TV BORBOREMA, e, de apresentador de comerciais para diversas praças nordestinas, através de agências de publicidade da região.
Gilson Souto Maior
Abelardo Jurema
Passei a dividir as minhas atenções profissionais com a comunicação social da TELPA, contratado que fui em 1982, com a Televisão O Norte. Foi a oportunidade de conhecer novos amigos e rever outros – Abelardo Jurema, o seu jovem superintendente, Weber Luna (comercial), Ório Martins, Hermano Araruna, Humberto Borges, Joakim Shculler, Arnóbio de Sousa, comandados pelo experiente Haroldo Reis, que começou na Marajoara de Belém do Pará e passou pela Tupi-Rio.
Nelma Figueiredo 

Haroldo Reis 
Haroldo veio comandar o Setor de Operações da emissora. Foi quando conheci Maria Reis, Babi Neves, Denise Villar e Heranir Fernandes, editores de texto da melhor qualidade. 


Conheci, também, na inauguração da emissora, Anchieta Filho (hoje em São Paulo, na Nacional) e Sílvio Carlos (apresentadores e editores), a apresentadora Beth Menezes (oriunda do rádio FM), Pedro Ramalho, Jonas Batista, Ana Márcia e Gilson Renato, (repórteres), e, após serem submetidas a testes, já integrando a nossa primeira equipe, Selma Vidal (hoje TV e CBN-Fortaleza), além dela, a nossa querida e jovem NELMA FIGUEIREDO, nascida em Brasília, mas chegando com a família, que retornava para fixar residência na nossa João Pessoa.  



Outros amigos estavam chegando para formar a equipe.  Ivo Marques, hoje no Sistema Correio, mas, com passagem pela Cabo Branco, era outro que se juntava à querida Nelma e demais amigos, para formar uma grande equipe. 
Beth Menezes 

Sílvio Carlos
Tão boa equipe, que em pouco tempo foi desfeita, por conta dos convites. Nelma foi um dos valores a deixar a emissora e respirar novos ares no ambiente da Cabo Branco. Com ela retornou o Heranir, que integrou a primeira equipe da TV do empresário José Carlos. Levaram ainda, Beth Menezes e Ivo Marques. Selma Vidal se mandou para Fortaleza e eu, voltei às atividades na TELPA e no Curso de Comunicação da UEPB. 



O menino Joakim Schuller, em 1987 e
hoje, atua na TV Assembleia-PB 
Nelma, após passagem brilhante pela Cabo Branco, também se destacou nos Sistemas Tambaú e Correio, e, depois, voltou ao Sistema Paraíba (2015), desta feita para fazer o que nunca tinha feito na área de comunicação, RÁDIO.



Heranir Fernandes
Gilson Renato


E apaixonou-se pela radiofonia, comandando com muita competência o CBN João Pessoa, além de fazer cobertura dos fatos políticos para o Sistema. “EU NUNCA PENSEI QUE FOSSE CONQUISTADA TÃO RAPIDAMENTE PELO RÁDIO” – disse-me quando fui entrevistado por ela, na CBN, no lançamento do meu livro sobre a história da televisão.
Anchieta Filho, hoje está na
Rádio Nacional-SP

Tive o prazer de conhece-la de perto e de acompanhar os seus primeiros passos no jornalismo. 

Selma Vidal, hoje na TV e CBN,
em Fortaleza
Prazer maior ainda, foi poder acompanhá-la e ser testemunha do seu crescimento no jornalismo estadual e, mais: ter conhecido uma das pessoas mais dedicadas pelo que fazia, mas, acima de tudo, uma profissional ética. Eu e todos os nomes aqui citados, como também os telespectadores e ouvintes que a acompanharam, vão sentir a sua ausência. Fica a saudade de quem soube ser VERDADEIRAMENTE, JORNALISTA!   

   

17 de março de 2018

Humberto de Campos...O MAIS DISCUTIDO!


Humberto de Campos - Jornalista e Radialista

Humberto de Campos foi um dos mais importantes nomes da radiofonia campinense, até hoje. Para mim, um senhor e perfeito comentarista esportivo do nosso rádio, além de um grande valor, também como comentarista, escrevendo diariamente nas páginas do nosso Diário da Borborema, hoje fora de circulação.


Nasceu na cidade de Cuité, na região do Curimataú paraibano e veio, ainda criança, morar em Campina Grande. Faleceu em 22 de outubro de 2006. Sempre afirmava ser um apaixonado por Campina Grande. E, por esse amor dedicado à cidade, a qual defendia com muito ardor, como jornalista atuante, veio a receber o título de cidadão campinense, no dia 07 de agosto de 1981. O interessante: o autor da propositura para a outorga do título, foi o seu colega de trabalho, jornalista/comentarista esportivo e advogado, na época vereador, Ari Ribeiro.

Humberto um bom goleiro

Sempre foi muito ligado aos esportes em Campina, tendo sido atleta de futebol de salão, e futebol de campo. Viveu no futebol, como ele fazia questão de afirmar, momentos agradáveis jogando pelo Central da Prata e Estudantes, times tradicionais do amadorismo campinense. Mas, para quem não acredita, foi goleiro de um dos bons times de futebol de salão do Treze Futebol Clube. 

Humberto, quando jovem, como goleiro de futsal do Treze


Humberto de Campos, jornalista, radialista e advogado, foi professor do curso de Comunicação Social da UEPB e do quadro de Assessores Jurídicos da antiga CELB – Companhia de Eletricidade da Borborema.
Além de um bom analista esportivo, Humberto de Campos ainda se destacou como um excelente crítico cinematográfico. Na Rádio Borborema, comandou durante muitos anos o programa “Falando de Cinema”, uma das maiores audiências do rádio campinense. Comentava sobre cinema com muita segurança e conhecimento. Os seus comentários, sobre cinema ou futebol, eram capazes de chamar a atenção para o que dizia, de tal forma, ao ponto de fazer levar aos estádios um bom público, caso ele afirmasse ser a partida merecedora para tal, ou de fazer lotar as poltronas das salas de exibição, fosse o filme uma boa pedida. A sua palavra tinha crédito, até mesmo dos apaixonados trezeanos, que não gostavam quando ele apontava os defeitos do Galo durante um jogo, por entender que ele era suspeito, por ser raposeiro, um grande torcedor do Campinense. Reclamavam, mas, aceitavam nas suas palavras! 
Quem viveu os bons momentos da radiofonia campinense, jamais vai esquecer o Humberto de Campos, das grandes jornadas esportivas à frente dos microfones da Borborema, Tabajara ou Caturité; das suas observações fortes e verdadeiras, sobre um jogo qualquer e sobre os erros ou acertos de dirigentes de clubes e da Federação. No seu espaço, “Jogo Duro”, no rádio ou jornal – Diário da Borborema ou Jornal da Paraíba - e nos dias de jogos, a cidade parava, o torcedor ficava atento para ouvi-lo, pois sabia que eram posições corretas, palavras bem colocadas e sábias, verdadeiras e sem a pretensão de agradar a ninguém. Humberto, foi assim! Um homem da palavra fácil, às vezes contundente, mas, verdadeira!
Trabalhar com ele foi um prazer imenso, e, com ele, formar equipes esportivas das mais respeitadas, nas emissoras por onde passamos. Com ele, a Paraíba esportiva conheceu e ouviu, na Borborema, Caturité e Tabajara, nomes extraordinários, como, Joselito Lucena, Ari Ribeiro, Edmilson Antônio, Alberto de Queiroz, Eudes Toscano, Levy e Clelio Soares, Flauberto Elias, Almeida Rodrigues, Francisco de Assis Nascimento (Olé, hoje grande jurista), Edivaldo Gouveia, Ernany Norat, João de Sousa, Ivan Bezerra, entre outros. 
Nomes, que tinham um carinho enorme pelo querido e saudoso Humberto de Campos, um nome que jamais será esquecido. Um amigo de muito valor!



Humberto, ao lado dos amigos da equipe de futebol da ACEC - Associação Campinense de Cronistas Esportivos, Levy Soares, Edmilson Antônio e Clélio Soares
  



7 de março de 2018

JORNAL DO BRASIL VOLTA A CIRCULAR NO RIO E TEM EDIÇÃO ESGOTADA EM POUCAS HORAS



A edição de 25 de fevereiro do Jornal do Brasil, que marcou a volta da publicação às bancas após um hiato de oito anos, já pode ser considerada item de colecionador. Tudo porque ontem, por volta das 11h da manhã, o jornal já havia desaparecido das bancas do Rio de Janeiro e Niterói.

Segundo informações publicadas no site do JB, às 10h, cerca de 90% da edição já havida sido vendida. Uma hora depois, era impossível encontrar um exemplar do jornal.
A edição especial, com quatro cadernos, trouxe depoimentos de antigos jornalistas, de personalidades e autoridades, relembrou artigos, reportagens e fotografias históricas e premiadas do JB, e apresentou a nova equipe de editores e colunistas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina um dos artigos.
A capa do Jornal do Brasil também fez sucesso na internet e nas redes sociais. Com a imagem do Cristo Redentor assinada por Ziraldo, o jornal estampava em sua primeira página um artigo sobre a sua volta às bancas, a situação econômica do Rio e também a crise de violência que a cidade enfrenta.
A primeira edição que marcou a volta do Jornal do Brasil está disponível no formato digital e pode ser acessada..


Do Portal Imprensa


4 de março de 2018

Anchieta Filho...meu amigo dos tempos da TV O NORTE



Anchieta Filho, 30 anos de Jovem Pan
Anchieta Filho, meu conterrâneo de Campina Grande, nascido em março de 1966, aliás, o mesmo mês em que eu nasci, foi um dos mais inteligentes colegas com quem trabalhei. Nos conhecemos na TV o Norte, em João Pessoa, na época pertencente aos Diários Associados, hoje TV Manaíra, do Sistema Opinião de Comunicação. Ele irmão de José Nêumanne Pinto, consagrado jornalista brasileiro, com quem tive oportunidade de trabalhar na Rádio Caturité. Eu começ
ando a carreira, na emissora da Diocese de Campina (comecei, aos 17 anos, em 1965). Anchieta, ainda não havia nascido.

Mas, o Zé, já estava lá, menino assim como eu. Eu apresentador da rádio e Nêumanne, com a turma do Cine Clube de Campina Grande, apresentando todos os sábados, quando Aldo Porto, não podia apresentar, o ‘Sétima Arte’, um programa de cinema líder de audiência. Ao nosso lado, Luiz Custódio, Bráulio Tavares, e os irmãos gêmeos Rômulo e Romero Azevedo, filhos de Dona Wanda.

José Nêumanne Pinto
Fiz esse arrodeio, somente para organizar os meus pensamentos e poder lembrar o irmão mais velho do Anchieta.  Danado é que, somente muitos anos depois, fui conhecer o filho caçula de seu Anchieta Pinto, um sertanejo dos bons, que residiu em Campina Grande e trouxe ao mundo dois seres maravilhosos, que seriam, como são, meus amigos, Nêumanne e Anchieta.
A minha amizade com Anchieta começou mais precisamente nos anos 80. O escutei nas Rádios Arapuan AM e FM, quando dos seus primeiros passos, ou como queiram, as suas primeiras falas, por sinal com uma voz já bonita e bem colocada, desde novinho. Depois, foi a vez de escutá-lo na rádio do Governo, a velha Tabajara, a primeira da Paraíba. É foi na velha TABA, a qual eu seria presidente, no governo Burity II, entre 1987/1889, onde Anchieta teve sua carteira assinada pela primeira vez. Não encontrei com ele por lá, mas, na TV O Norte.


Nela trabalhamos juntos, eu apresentando o jornal O Norte, todas as noites, ao lado de Anchieta, Beth Menezes e Sílvio Carlos (o velho Bico), além de outros nomes que eu desejo acrescentar, como: Babí Neves, Heranir Fernandes, Denise Vilar, Maria Reis, Haroldo Reis, Jonas Batista, Ana Márcia, Nelma Figueiredo, Gilson Renato, Pedro Ramalho, Selma Vidal, Ivo Marques e Abelardo Jurema. 


Formamos uma bela equipe. Anchieta, diariamente, apresentava também o jornal da manhã, a primeira edição do Norte na TV. Anchieta, não me falou, mas, tenho a impressão de sua passagem pela Rádio Sanhauá. Ele vai me confirmar ou não, quando nos encontrarmos.
Eu e Beth Menezes, trabalhamos com Anchieta na primeira equipe da
TV O NORTE, hoje TV MANAÍRA
Um bom apresentador, mas, também, um belo redator, com um texto maravilhoso. É assim o Anchieta!  Eu tive o prazer de fazer a leitura de muitas matérias dos bem elaborados 
textos do amigo querido, cujo valor, foi também reconhecido pelos amigos de São Paulo, inicialmente da Jovem Pan. Exatamente! Isso aqui se tornou pequeno para ele, que se mandou para São Paulo.  
Apontado, pelo mano Nêumanne, ele foi presença durante quase trinta anos nessa que é uma das mais importantes emissoras de São Paulo e do Brasil. Chegou por lá e abafou! Aprovado nos testes, Anchieta se destacou na Rádio Jovem Pan, onde trabalhou entre 1990 e 2015, se não me falha a memória.
Começou como repórter, de trânsito na cidade, de estradas, aeroporto, até alcançar a posição de chefe de redação do famoso Jornal da Manhã, onde pode acompanhar as mais importantes transformações ocorridas no rádio e no jornalismo do nosso país. Foi uma voz marcante no informativo, todas as manhãs. O escutava todos os dias, através da Correio AM, 1.230 Khz, afiliada da Jovem PAN, anos atrás, quando eu integrava a equipe local de esportes, transmitindo futebol com o querido João Camurça.   
No “Jornal da Manhã (segunda a sexta, da 06:00 às 09:00h), esse conterrâneo bom de microfone, estava lá! Ao seu lado, grandes expoentes do jornalismo radiofônico nacional:  Denise Campos de Toledo, Oliveira Andrade, Joseval Peixoto, Franco Neto e Fernando Zamith, Milton Jung, Roberto Muller, Leonardo Muller, Antônio Freitas e José Luiz Menegalli. Nomes brilhantes, mas, para nós, paraibanos não tão importantes como o nosso Anchieta, um paraibano que saiu daqui para vencer em São Paulo, como fez o seu irmão Zé Nêumanne! Sinto um orgulho danado desse menino de Campina!  
O querido paraibano Anchieta Filho, por sua competência, ganhou vários prêmios, entre eles, o de melhor repórter de rádio em São Paulo, num trabalho organizado pelo Sindicato dos Jornalistas, em 1994 e o troféu Keiko Ogura, prêmio criado pela artista plástica Mari Kanae. Segundo Anchieta, o prêmio era concedido com o objetivo de premiar os radialistas de maior confiabilidade da população de São Paulo. Foi ainda vencedor do Prêmio Febraban de Jornalismo, com uma série de reportagens sobre os reflexos do real na economia brasileira. Um jornalista de conhecimento amplo, de uma visão geral das coisas do dia a dia. Um jornalista de verdade!
Anchieta Filho, uma voz paraibana, hoje tão identificada com o povo paulista, se constitui um motivo de orgulho para nós paraibanos. Foram quase 30 anos brilhando na PAN, no Sistema Brasileiro de Televisão, e, nos últimos meses, no time de âncoras da programação conjunta das rádios Nacional de Brasília (AM 980 Khz) e Nacional do Rio de Janeiro (AM 1.130 Khz). Anchieta Filho, natural de Campina Grande, é um paraibano SIM SENHOR! Um nome de destaque no cenário jornalístico do Brasil, para orgulho de todos nós!


17 de fevereiro de 2018

Eudes Moacir Toscano


O conheci em Campina Grande. Eu jovem, muito jovem, começando a carreira, e, ele também. Eudes começou sua trajetória em sua terra querida, Santa Rita. Naquele 11 de junho de 1960, ao lado de amigos como, Manoel Apolinário, Reginaldo, Aldo Ferreira e Antônio Veloso, aconteceu a sua primeira incursão como narrador, através de uma emissora local. Eudes narrou o clássico - e era clássico mesmo - pois os times jogavam bola, Usina São João e Onze Esporte Clube, no Batatão, como era conhecido o Estádio Flávio Ribeiro. Não lembro muito bem, mas, ele me falou, certa vez, que a transmissão foi pela Rádio Difusora, que terminou saindo do ar. A emissora, a exemplo de tantas outras que apareceram repentinamente na Terra dos Canaviais, por problemas de ordem legal junto ao órgão competente, o DENTEL, teve vida curta.  
Eudes Toscano, hoje
Não foi o caso do amigo Eudes, no que se refere à sua profissão. A sua vida profissional, foi longa, aliás é longa, continua firme e forte com o amigo Toscano sendo uma referência para todos nós, como bom profissional e como homem. É bom lembrar, que Eudes Toscano, antes disso, tentou o futebol profissional. Fez teste no Treze, e, foi aprovado, mas, alguns pormenores, fizeram com que não tivéssemos nos gramados, como grande atacante, o menino que brilhou na várzea, envergando as  camisas das principais equipes de Santa Rita.  

Mas, volto à Campina, quando nos conhecemos. A nossa primeira conversa, os nossos primeiros contatos profissionais, foram na Rádio Caturité, cujos estúdios estavam instalados na Peregrino de Carvalho, 331, segundo andar. Isso, nos últimos anos da década de 60. 

Nessa época, o diretor superintendente era o saudoso e querido José Stênio Lopes, que conheceu Eudes dos tempos do SENAI, centro de ensino profissionalizante, cuja solidez em termos ensino, hoje, deve-se muito ao profícuo trabalho desse grande cearense e também jornalista. O professor Stênio era fã do amigo Eudes, a quem ele chamava o menino de Santa Rita.
O jovem Eudes Toscano, durante a solenidade da inauguração das novas
instalações da Rádio Arapuan, quando adquirida pela família Ribeiro.
Na foto, pode-se anotar as imagens de Renato Ribeiro, Eudes (ao centro),
Metuzael Dias (comunicador) e o Diretor da Emissora, Otinaldo Lourenço 



Eudes Toscano chegou e conquistou os colegas da "Mais Querida" e o ouvintes. Era sangue novo, que chegava para formar uma das mais competentes equipes de esportes do rádio campinense e paraibano. 
Ao lado de Eudes, Edmilson Antônio (na época Juvenal), Ary Ribeiro, Magidiel Lopes, Alberto de Queiroz, Arlindo Nóbrega, Batista Wanderley, Chico Alemão, entre outros, formamos uma bela equipe. O velho Ivan Thomaz, ainda transmitiu algumas partidas nessa equipe.


Mas, Eudes seguiria outros caminhos. Deixou a Caturité, passou pela Arapuan, na famosa equipe de Otinaldo Lourenço e José Octávio de Arruda Mello, e, por fim a Rádio Tabajara. 
Eudes Toscano e os amigos Marcus Aurélio e Laerson de
Almeida

Nesta, quase todos conheceram conhecem sua história, na companhia de grandes nomes: Ivan Bezerra, Ivan Thomaz, Marcus Aurélio, Laerson de Almeida, Geraldo Cavalcanti, Wandal Dionísio, Ernany Norat, Maciano Soares, Wertton Soares, Hermes Taurino Lulinha Rodrigues, Lourimar Neto, Marcondes Brito, José Maria Fontinelli, e outros. 

Foram jornadas inesquecíveis, desse "Velho Capitão", em eventos marcantes para qualquer profissional; Copas América e do Nordeste, Copas do Mundo, entre elas a da Itália, em 1990, campeonatos nacionais, com destaque para a partida entre Flamengo e Botafogo, no dia 06 de março de 1980, no Maracanã, com o inesquecível resultado de 2 tentos a um para o nosso representante. Eudes, foi a voz marcante na narração desse jogo que ficará eternamente na lembrança dos paraibanos. Foram dois gritos de gols, que ecoarão para sempre em nossos ouvidos.

Por tudo isso, como não reverenciarmos esse radialista e jornalista paraibano, responsável por importantes momentos das narrações esportivas em nosso Estado? Como esquecer esse narrador de um jeito próprio de gritar o gol? Um narrador, que sempre vibrou nos momentos precisos do discurso narrativo, transmitindo o jogo e dando beleza ao espetáculo, sabendo que ao pé do rádio, ouvido colado, o torcedor não é apenas de uma só equipe. Poucos locutores esportivos entendem isso. Por entender esse pormenor, importante para quem transmite com isenção, Eudes, sempre foi um narrador de todas as torcidas, narrando e vibrando, igualmente, para onde for a bola. Para ele, o importante, sempre foi uma bonita narração. 

Eu tenho o prazer de privar de sua amizade e poder dizer, que começamos, praticamente, num mesmo período, onde se fazer rádio de qualidade, era uma obrigação.