Gilson Souto Maior Junior, Pastor
Sênior da Igreja Batista do Estoril.
Bauru - SP. (e-mail: gilsonsmjr@hotmail.com)
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Quando Deus criou a humanidade preparou
uma estrutura para moldar as pessoas numa vida em comunidade. Primeiramente um
homem e uma mulher se unem pelo matrimônio, e dessa união surgem os filhos. Os
pais se relacionam com os filhos através do cuidado, do amor e da disciplina e,
de certo modo, constituem a primeira autoridade que a criança conhece. Do mesmo
modo que ela aprende a amar e respeitar os pais, assim também irá respeitar e
amar a Deus. Por essa razão Deus deixou nos Dez Mandamentos a seguinte instrução:
“Honra teu pai e tua mãe, para que tenhas vida longa na terra que o SENHOR teu
Deus te dá” (Êxodo 20:12).
Por que esse mandamento? Porque os pais
representam a maior influência social na vida da criança.
É no lar que ela
aprende as primeiras noções de respeito à personalidade e aos direitos dos
outros, aprende as leis que são formuladas para o benefício da comunidade. A
consolidação do relacionamento entre pais e filhos fortalece toda estrutura da
sociedade. É justamente por falta deste princípio que o nosso país está nessa
crise social. Um filho que não respeita o pai ou a mãe vai respeitar quem?
Hoje vivemos a decadência da autoridade dos pais, motivada por várias ações,
desde a psicologia moderna até as mídias que incentivam modelos inadequados
através de “astros” e “ídolos” midiáticos. Entretanto, as pesquisas na área da
ciência social mostram que a família natural é aquela em que crianças são
criadas por um pai e uma mãe casados. Todas as outras formas de família
apresentam ligações com elevados índices de crime, nascimentos ilegítimos,
dependência de serviços de assistência social, vício de álcool e drogas, níveis
baixos de educação, renda inferior, menos saúde e uma expectativa de vida
menor. Filhos que nascem fora do casamento sofrem um risco mais elevado de
mortalidade infantil, principalmente no caso de mães adolescentes. Eles
desenvolvem mais lentamente a capacidade de se comunicar e aprender, além de
problemas emocionais e comportamentais e, na adolescência, se envolvem com
crimes (FARGAN, 1994). A ciência social também documenta os efeitos do divórcio
nas crianças (FARGAN, RECTOR, 2000), os quais incluem delinquência juvenil,
abuso infantil, pobreza, envolvimento sexual precoce, índice elevado de
nascimentos fora do casamento e índices elevados de coabitação com “namorados”.
Contudo, o que está sendo costurado nos
governos em todo mundo através da ONU é o que mais preocupa. Embora a ONU
em documento oficial afirme que a família é a célula fundamental da sociedade
(Declaração Universal dos Direitos Humanos, Artigo 16), esse órgão age para
mudar as sociedades através da Convenção dos Direitos da Criança (CDC) e da
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as
Mulheres (CEDAW). No ano de 2000 (Resolução 1325) foi recomendado a cada país o
seguinte: 1) Tornar o aborto um “direito livre”, protegido por leis nacionais e
internacionais, dando às adolescentes acesso irrestrito e tornando a falta de
serviços de aborto um crime em todos os casos; 2) Diminuir a importância do papel
das mães e aumentar o incentivo para que elas trabalhem cada vez mais fora de
casa em vez de ficar no lar para cuidar dos filhos; 3) Diminuir a autoridade
dos pais e ao mesmo tempo aumentar os direitos das crianças.
Seguindo essa orientação, o governo brasileiro
há anos está tentando aprovar leis com o falso conteúdo da ideologia de gênero,
querendo implementar nas escolas públicas aulas de orientação sexual de
conteúdo impróprio e imoral, sob a falsa ideia de ensinar as crianças sobre a
tolerância. Entretanto, a ideia não é tão bonita assim, pois o comitê da CDC
repreendeu o Reino Unido por permitir que os pais retirassem seus filhos das
aulas de educação sexual por causa de conteúdo impróprio e imoral (CDC, 1995).
Por que tanto empenho para que as crianças não percam as aulas de educação
sexual nas escolas? Lynette Burrows, líder pró-família no Reino Unido, alertou
sobre os grupos que estão apoiando a ONU em sua busca de maior liberdade para
as crianças: “Quem mais apoia os ‘direitos das crianças’ são as organizações
homossexuais e de pedófilos, que percebem que o modo mais fácil de obter acesso
às crianças é reivindicando sua liberação, expondo-as assim à conduta
predatória dos que querem lhes fazer mal” (WND, 2001).
Dessa forma a ONU deseja redefinir os
padrões sexuais através do discurso misterioso da teoria de gênero. Essa
redefinição tem dois objetivos: eliminar os estilos de vida masculinos e
femininos tradicionais e promover como normal os estilos de vida diferentes do
masculino/feminino natural. Além disso, a ONU vem exigindo dos países-membros a
questão da orientação sexual, ou seja, está determinada a remover toda
estrutura cultural e legal que protege a paternidade e a maternidade naturais e
a criação de crianças em famílias onde o pai e a mãe são legalmente casados,
recomendando o combate dos papéis sexuais tradicionais e os estereótipos (p.ex.
acabar com O dia dos pais e das mães); definir gênero como simplesmente uma
invenção social, não uma diferença biológica; reescrever os livros escolares e
os currículos de todas as séries escolares para promoverem a nova definição de
gênero; financiar estudos de gênero que promovam atitudes mais tolerantes para
com estilos de vida sexual diferentes; e realizar campanhas públicas para
promover as questões de gênero.
Diante disso pergunto: O Estado
brasileiro quer educar meus filhos, seguindo uma orientação da ONU? Alto lá! Da
educação dos meus filhos cuido eu! Eu sou o responsável e como pai tenho a
obrigação moral, social e principalmente espiritual de dizer aos meus filhos o
que é certo ou errado, o que é imoral e moral, baseado na Sagrada Escritura,
que traz os princípios de Deus para a sociedade e para a humanidade. Disso não
abro mão, pois como diz a Escritura: “Instrua a criança segundo os objetivos que
você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles”
(Provérbios 22:6).
Gostei bastante do artigo, muito bom.
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