Humberto de Campos - Jornalista e Radialista |
Humberto de Campos foi um dos mais importantes nomes da
radiofonia campinense, até hoje. Para mim, um senhor e perfeito comentarista
esportivo do nosso rádio, além de um grande valor, também como comentarista,
escrevendo diariamente nas páginas do nosso Diário da Borborema, hoje fora de
circulação.
Nasceu na cidade de Cuité, na região do Curimataú paraibano e veio, ainda
criança, morar em Campina Grande. Faleceu em 22 de outubro de 2006. Sempre
afirmava ser um apaixonado por Campina Grande. E, por esse amor dedicado à
cidade, a qual defendia com muito ardor, como jornalista atuante, veio a
receber o título de cidadão campinense, no dia 07 de agosto de 1981. O
interessante: o autor da propositura para a outorga do título, foi o seu colega
de trabalho, jornalista/comentarista esportivo e advogado, na época vereador,
Ari Ribeiro.
Humberto um bom goleiro |
Sempre foi muito ligado aos esportes em Campina, tendo sido atleta de futebol
de salão, e futebol de campo. Viveu no futebol, como ele fazia questão de
afirmar, momentos agradáveis jogando pelo Central da Prata e Estudantes, times
tradicionais do amadorismo campinense. Mas, para quem não acredita, foi goleiro
de um dos bons times de futebol de salão do Treze Futebol Clube.
Humberto, quando jovem, como goleiro de futsal do Treze |
Humberto de Campos, jornalista, radialista e advogado, foi professor do curso de Comunicação Social da UEPB e do quadro de Assessores Jurídicos da antiga CELB – Companhia de Eletricidade da Borborema.
Além de um bom analista esportivo, Humberto de Campos ainda se destacou como um
excelente crítico cinematográfico. Na Rádio Borborema, comandou durante muitos
anos o programa “Falando de Cinema”, uma das maiores audiências do rádio
campinense. Comentava sobre cinema com muita segurança e conhecimento. Os seus
comentários, sobre cinema ou futebol, eram capazes de chamar a atenção para o
que dizia, de tal forma, ao ponto de fazer levar aos estádios um bom público,
caso ele afirmasse ser a partida merecedora para tal, ou de fazer lotar as
poltronas das salas de exibição, fosse o filme uma boa pedida. A sua palavra
tinha crédito, até mesmo dos apaixonados trezeanos, que não gostavam quando ele
apontava os defeitos do Galo durante um jogo, por entender que ele era
suspeito, por ser raposeiro, um grande torcedor do Campinense. Reclamavam, mas,
aceitavam nas suas palavras!
Quem viveu os bons momentos da radiofonia campinense, jamais vai esquecer o
Humberto de Campos, das grandes jornadas esportivas à frente dos microfones da
Borborema, Tabajara ou Caturité; das suas observações fortes e verdadeiras,
sobre um jogo qualquer e sobre os erros ou acertos de dirigentes de clubes e da
Federação. No seu espaço, “Jogo Duro”, no rádio ou jornal – Diário da Borborema
ou Jornal da Paraíba - e nos dias de jogos, a cidade parava, o torcedor ficava
atento para ouvi-lo, pois sabia que eram posições corretas, palavras bem
colocadas e sábias, verdadeiras e sem a pretensão de agradar a ninguém.
Humberto, foi assim! Um homem da palavra fácil, às vezes contundente, mas,
verdadeira!
Trabalhar com ele foi um prazer imenso, e, com ele, formar equipes esportivas
das mais respeitadas, nas emissoras por onde passamos. Com ele, a Paraíba
esportiva conheceu e ouviu, na Borborema, Caturité e Tabajara, nomes
extraordinários, como, Joselito Lucena, Ari Ribeiro, Edmilson Antônio, Alberto
de Queiroz, Eudes Toscano, Levy e Clelio Soares, Flauberto Elias, Almeida
Rodrigues, Francisco de Assis Nascimento (Olé, hoje grande jurista), Edivaldo
Gouveia, Ernany Norat, João de Sousa, Ivan Bezerra, entre outros.
Nomes, que tinham um carinho enorme pelo querido e saudoso Humberto de Campos,
um nome que jamais será esquecido. Um amigo de muito valor!
Humberto, ao lado dos amigos da equipe de futebol da ACEC - Associação Campinense de Cronistas Esportivos, Levy Soares, Edmilson Antônio e Clélio Soares
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