Ser
Jornalista!
Gilson Souto Maior
“Ninguém que não tenha
nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num
ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia,
como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não
se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte’’. A afirmação é de
Gabriel Garcia Márquez, escritor, jornalista,
editor, ativista e político. Considerado um dos autores mais importantes do
século XX. Nasceu em 1927,
tendo falecido em 2014.
É,
sem dúvida, um ofício incompreensível, até mesmo para alguns que estão no
batente, que, esquecidos do que aprenderam nos bancos universitários, ou mesmo
na prática, no dia a dia, não entenderam, na verdade, a sua importância. Não
apenas de informar, mas, ainda, de formar a opinião pública. Estão fazendo
isso?
Na
revista, no rádio ou televisão, na mídia impressa ou digital, nas assessorias,
na publicidade e propaganda, nas múltiplas funções exercidas pelo jornalista,
como seria importante vê-lo atuar com imparcialidade, seriedade, respeito ao
seu público, ser ético. Para muitos, e, na verdade, hoje, uma maioria, o que
vemos? Infelizmente, vemos jornalistas, quando, não amedrontados por quem tem
dinheiro e força política, por esses, são comprados, manipulados, usados,
corrompidos. Os verdadeiros jornalistas, que não se sujeitam a certos tipos de
falcatruas e de recebimentos graciosos de salários, somente para bajular, não
têm vez, são descartados.
Lamentavelmente,
verdade, atualmente, é coisa feia, em desuso! Hoje, tenho medo desses chamados
poderosos, pois a prevalência deles neste momento difícil da vida brasileira,
mesmo mentindo para o povo, parece-me, como bem afirma Friedrich Nietzsche, que
‘OS ERROS DE GRANDES “HOMENS” ... são mais fecundos que as verdades de
pequenos’. Neste momento, verdadeiramente, sinto-me pequeno.
Mas,
quero continuar pequeno, mas quero poder andar de cabeça erguida, com os meus
se orgulhando de mim, com os meus amigos, verdadeiros colegas, acreditando nas
minhas atitudes e, agindo como diz George Bernard Shaw – ‘A MINHA FORMA DE
BRINCAR É DIZER A VERDADE. É A BRINCADEIRA MAIS ENGRAÇADA DO MUNDO’.
Apesar
de tudo, tenho orgulho da minha profissão. Ser jornalista é motivo de orgulho
para mim. Somente diria para finalizar aos meus amigos de profissão, uma
pequena frase, que eu li e não me lembro, “NUNCA PERCA SEUS VALORES ÉTICOS PARA
OBTER VALORES FINANCEIROS.