23 de novembro de 2014

Estudantes da Universidade Estadual participam do Projeto Rondon no interior do Maranhão

Oito acadêmicos e dois professores do Câmpus I da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) irão participar, nos próximos meses de janeiro e fevereiro, do Projeto Rondon 2015. Os estudantes do 2º, 5º e 7º período dos cursos de Enfermagem, Odontologia, Serviço Social, Educação Física, Direito, Pedagogia, Biologia e Comunicação Social vão viver a experiência de passar 15 dias realizando ações nas diversas áreas do conhecimento, em uma comunidade carente na cidade de Mata Roma, no interior do Maranhão.
A equipe de estudantes selecionada pela UEPB vai integrar a chamada “Operação Jenipapo”, que funcionará em parceria com o Centro Universitário de Votuporanga (Unifev), de São Paulo. Mais de 15 municípios do Maranhão foram contemplados com a edição 2015 do projeto Rondon. Os estudantes partem de Campina Grande no dia 16 de janeiro e retornam à Paraíba no dia 2 de fevereiro. Em Mata Roma, eles vão encontrar uma realidade diferente de sua rotina e precisarão usar os conhecimentos adquiridos em sala de aula para tentar melhorar a qualidade de vida da população.
A professora Eliane Nogueira, do Departamento de Enfermagem e que chefiará a delegação, já fez uma visita de conhecimento à cidade maranhense, conversou com lideranças da cidade, radiografou os principais problemas que afetam a população e repassou as informações para os estudantes. Segundo ela, Mata Roma é uma cidade de 15 mil habitantes, que dispõe de uma boa estrutura, mas como todos pequenos municípios brasileiros precisa de melhorias em algumas áreas onde o serviço público ainda não alcançou.
A inclusão da UEPB nessa nova edição do Projeto Rondon foi resultado de uma proposta encaminhada pela Pró-Reitoria de Extensão para a Coordenação Nacional do projeto, procurando atender as exigências do Governo Federal. A proposta elaborada pela professora Eliane Nogueira priorizou o desenvolvimento de ações transformadoras e divulgadoras para melhorar a vida da população.
rond3Na cidade maranhense, eles vão realizar uma série de ações em oito áreas sendo que Saúde e Social serão o carro-chefe. Os alunos realizarão cursos e palestras em escolas públicas, associações de moradores e em outros espaços públicos. Na comunidade, os estudantes também terão contato com crianças, jovens, adolescentes e idosos que necessitam de ajuda para melhorar a qualidade de vida.
Integram a delegação, os acadêmicos Marileuda Araújo Costa, do curso de Serviço Social; Clordana Aquino, do curso de Comunicação Social; Rebeca Soares, de Odontologia; Francisco Pereira, de Educação Física; Vanderlânia Sousa, de Pedagogia; Raenilson Araújo, de Enfermagem; Pablo José, de Biologia; e Alission Rodrigues, do curso de Direito. Eles serão acompanhados pelas professoras Eliane Nogueira, do curso de Enfermagem, e Rilva Sueli, do curso de Odontologia.
O grupo vai ficar hospedado em uma escola municipal da cidade. “A população está de braços abertos para nos receber”, destacou professora Eliane. Segundo ela, os estudantes foram selecionados pela coordenação de cada curso, considerando o perfil de cada um. Nesse sentido, foram selecionados os acadêmicos que demonstraram disposição para se adaptar a um ambiente fora do conforto de sua casa.
O Pró-Reitor de Extensão, professor José Pereira, disse que os estudantes terão a oportunidade de usar um pouco dos ensinamentos da Universidade para ajudar a intervir na realidade da cidade maranhense. Pereira afirmou que a missão do grupo será importante e que a experiência será marcante para os selecionados. “O Projeto Rondon está com uma nova roupagem e com característica de ir nas comunidades carentes para gerar ações multiplicadores. A UEPB vai dar uma contribuição naquilo que a Instituição é forte. Muitas universidades mandaram propostas e a UEPB foi a única escolhida. Será uma ação que dará projeção a UEPB no cenário nacional”, comentou.
O Projeto Rondon é um programa do Governo Federal, promovido pelo Ministério da Defesa, e objetiva viabilizar a participação de estudantes universitários nos processos de desenvolvimento local sustentável e de fortalecimento da cidadania. Ou seja, o acadêmico deve repassar o conhecimento adquirido na universidade para a comunidade local.
Entre alguns dos objetivos estão integrar o universitário ao processo de desenvolvimento nacional, por meio de ações participativas sobre a realidade do país; estimular a produção de projetos coletivos locais, em parceria com as comunidades assistidas; e contribuir para a melhoria das condições de vida e bem-estar da população do município, por meio de ações que tragam efeitos duradouros para a economia, saúde, educação e meio ambiente.
Expectativa
A expectativa dos oito estudantes da UEPB selecionados para participar da próxima edição do Projeto Rondon é grande. Esta será a primeira experiência a ser feita pelos acadêmicos fora do ambiente de sala de aula. O grupo está na fase de planejamento das ações que serão desenvolvidas em Mata Roma, adaptada a realidade local. “Vamos tentar estimular pessoas que são lideranças na comunidade, como professores, agentes de saúde e representantes de associações, para difundirem nossas ações. Eles vão atuar como agentes multiplicadores de informações” revelou Vandernânia Sousa.
Um dos objetivos do grupo será transmitir conhecimentos e procurar plantar na comunidade sementes de esperança e de vida. “O nosso principal objetivo é tentar propagar o conhecimento que já adquirimos na universidade, para aquelas pessoas que vão ficar lá” reforçou Clordana Aquino, estudante de Comunicação Social, que além de divulgar todas as ações do grupo, ficou responsável pela apresentação da UEPB e da cultura de Campina Grande à cidade maranhense. Para isso, levará na bagagem um vasto material composto principalmente por fotografias mostrando as belezas da Rainha da Borborema.
O estudante Francisco Pereira, disse que a experiência servirá para agregar valores e estabelecer um intercâmbio cultural entre vários acadêmicos. Rebeca Soares, do curso de Odontologia, ressaltou que a missão permitirá aos alunos colocar em prática os ensinamentos teóricos, procurando principalmente desenvolver ações humanizadas. O caráter interdisciplinar da experiência também está sendo levado em conta pelos acadêmicos.

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